— Obvio que não! Você sabe que ele nunca se apaixonaria, ele deve falar isso para a maioria das meninas — Falei.
— Aí que você se engana. Bruno nunca falou isso na vida.
— Ah... Não?
— Não.
— Fatinha, ele está apaixonado por você — Decretou.
— Não exagere!
— E você por ele!
— Pare! É a mesma coisa quando eu digo que você está apaixonada por Gil, você nega.
— Então somos duas apaixonadas.
— O que? Você está...? Ah, mas eu sabia!
— Não! Foi maneira de dizer, eu... Não, eu não estou apaixonada.
— Está sim!
— Se eu estou você também está.
— Não vale — Ri.

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O resto da semana se passou, e eu e Bruno já estávamos com as passagens do avião. Era quinta feira à noite, eu estava arrumando as minhas malas.
— Pegou calcinhas, filha? Da última vez você esqueceu... — Gritou minha mãe da cozinha, fazendo ele e Kevin rirem.
Tentei esconder meu rosto com uma mão.
— Peguei, mãe... — Revirei os olhos.
O vôo saia amanhã à tarde, minhas malas estavam prontas, Bruno ainda não tinha começado a fazer as dele.
Desci para a sala e o vi vendo televisão.
— Suas malas? — Perguntei.
— Amanhã eu faço...
— Mamãe, como você pode ter ele como exemplo de responsabilidade? — Brinquei fazendo-os rir.
— runo, vá lá fazer — Disse Kevin.
— Ok... — Deu-se por vencido.

Deitei-me em minha cama, na tentativa de dormir. Eu estava muito ansiosa. Amanhã, eu iria rever meu pai, Malu, e muitos dos meus amigos de lá. Adormeci imersa em meus pensamentos.
Acordei nove e meia. Após o almoço, Kevin levaria Bruno e eu para o aeroporto e logo depois seguiria para o trabalho.
A manhã passara-se rápida demais. Quando vi, já estava almoçando.
— Está animada, filha? — Perguntou minha mãe cortando seu pedaço de carne.
— Muito — Respondi sorrindo.
— Não se esqueça de ligar para mim assim que chegar lá, ok?
— Sim, mamãe...
— Bruno, lembre e cuide bem dela, tudo bem?
Fiz aquele mesmo sinal de sempre com os braços indicando “O que?”
— Pode deixar, Senhora Annie.
— Malu terá uma surpresa para você quando você chegar lá... — Falou olhando novamente para mim e sorrindo.
Qual seria a tal surpresa?

Tirei a mesa do almoço e fui pegar minhas malas. As de Bruno já estavam no carro. Preparei-me psicologicamente para ficar três horas sozinha com ele. Bom, sozinha não, pois teria todos os outros passageiros no avião, mas mesmo assim seria estranho.
Chegamos ao aeroporto bem na hora.
— Última chamada para o vôo 251. Destino: Arizona — Pudemos ouvir a voz dos autos falantes.
Apresentamos nossas passagens, e entramos no avião. Um homem com o uniforme da companhia aérea levou as nossas bagagens até o lugar especifico.
Sentei-me no assento e logo Bruno sentou-se também.

Puxei algum assunto sobre a faculdade, perguntei sobre como era.
— Tem uma ala para cada curso, em cada ala tem o número de salas respectivas para cada fase. Por exemplo, Jornalismo tem quatro fases, então, tem quatro salas. Uma para cada uma, entendeu?
— Sim.
— E depois tem a ala dos refeitórios, e a dos dormitórios — A faculdade era uma espécie de colégio interno, os alunos dormem lá. A diferença é que você tem a liberdade de sair do Campus para ir ao Shopping e etc.
— E como são os quartos?
— Tem o lado dos homens, e o das mulheres. Cada dormitório dormem de três a quatro pessoas, independente de que fase está ou de que curso faz.
— Poxa, que legal! E os quartos são bons?
— Sim. Ah, e na ala dos dormitórios, tem uma sala enorme, com televisão, computadores, sofás, e uma mini lanchonete.
— E tem a ala de esporte? Com a piscina, quadras, vestiários, essas coisas?
— Tem sim. Não sabia que você se interessava por esportes...
— Ah, e eu não me interesso mesmo — Ri — Só estava curiosa. Qualquer um pode usar as quadras e a piscina ou só quem cursa Educação Física?
— Qualquer um, desde que não esteja em horário de aula.
— Ah...
A partir daí o assunto acabou. Bruno encostou sua cabeça no banco e dormiu. Eu fiquei pensando no que faria quando chegasse lá.

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— Bruno, acorde, já chegamos — Disse balançando levemente seu braço e sorrindo.
Assim que saímos do avião, avistei meu pai. Larguei minhas malas no chão e saí correndo na direção dele. Malu estava ao seu lado.
— Que saudades! — Disse abraçando-o.
— E de mim, não está? — Ela riu e abriu os braços.
— De você? Hm, deixe-me pensar... — Brinquei — Claro que estou! — Abracei-a.
Bruno cumprimentou os dois, e logo fomos para o carro de meu pai. Fui conversando com Malu até chegarmos lá, enquanto meu pai e ele conversavam sobre algum tipo de esporte. Eu achava que iria ser desconfortável para eles, mas foi muito pelo o contrário! Eles se deram bem, parece que torciam pro mesmo time de Futebol