Desci novamente para pegar água,Gil já chegara. Eles estavam sentados no sofá, rindo de alguma coisa. Meu olhar cruzou com o de Bruno, mas eu desviei rapidamente para o chão e fui para a cozinha.
Pude ouvir Gil fazendo graça de alguma coisa e os dois riram novamente.
Sentei-me com meu copo de água no sofá que estava vazio, e virei-me para a televisão. Ouvi Gil dizer algum tipo de piada e comecei a rir também. Ele sempre tivera bom humor, adorava fazer os outros rirem. Ele sempre botava-me para cima quando eu estava triste antigamente.

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Ficamos rindo das piadinhas dele até a mamãe chegar, então retirei-me da sala e fui falar com ela.
— Mãe, posso falar com você?
— Rapidinho que eu já vou sair... O que era?
— Por que Gil não vai comigo para o Arizona?
— Isso é uma piada? Você acabou de conhecê-lo, Maria de Fatima.. — Erh, não exatamente. Mas eu nunca diria isso a ela. Se ela souber que com 14 eu já “namorava”, acho que aí sim que ela não me deixaria ir viajar — Por que você não quer aceitar ir com Bruno?
— Porque... Ah, eu já falei para você! Vai ser desagradável para meu pai! E aposto que ele não gostaria de ir.
— Então trate de convencê-lo, porque sem ele você não vai.
— Ok... — Abaixei a cabeça e saí.

Voltei para a sala, Gil estava no telefone; pude ouvir uma parte da conversa.
— Tudo bem, Ju, daqui a pouco eu vou. Beijo...
Fiz uma cara muito confusa, ele viu e riu. Assim que desligou, sentou-se no outro sofá. Eu pulei no lugar ao lado dele e comecei a rir.
— Eu falei! Eu falei que você estava gostando dela! Foi quando você foi levá-la para casa, não é? Vocês se beijaram! Ah, eu sabia! — Eu estava ajoelhada no sofá, cutucando ele. Eu sei, eu parecia uma criança, mas eu estava tão feliz. Ele riu.
— Não fale besteira, fatinha! Eu só vou acompanhá-la, porque está de noite, e é perigoso ela andar sozinha.
Olhei para ele e revirei os olhos.
— Você não me engana! E ela também gosta de você — Suspirei — Que lindos!
— Ela gosta de mim? — Perguntou assustado.
— Não está meio na cara, não? — bruno falou.
— Não! Vocês estão exagerando...
— Então como você me explica o fato de vocês começarem se odiando, ela beijando você e você correspondendo, você fazendo questão de levá-la para casa, e agora isso? — Disse arqueando as sobrancelhas.
— Ah... Tchau, fatinha, ela está me esperando — Disse levantando-se.
Eu ri.
— Vai lá, vai! — Deitei-me no sofá.
— Tchau — Disse.
— Tchau! — Eu e Bruno dissemos juntos.
Logo após ele sair, mamãe desceu as escadas com várias sacolas nas mãos. Bruno correu para ajudá-la e abriu a porta para ela.
— Obrigada! — Exclamou — Você deveria aprender gentileza com ele, fatinha! — Disse olhando para mim. Ela estava brincando, não é?
Abri os braços com as palmas das mãos para cima, como se estivesse dizendo “O que?”. Bruno riu.

E agora, mais uma vez, sozinha com ele! Mas que beleza! Não olhei-o e fui correndo para a cozinha pensar no que faria para a janta. Com certeza Gil jantaria fora, então, só eu e Bruno comeríamos. Não tinha sobrado nada do almoço e eu não era muito boa para cozinhar.
Olhei no freezer, em busca de algo congelado... Nada. Olhei nos armários, em busca de algo instantâneo... Nada. Botei a mão na testa. Virei para o lado e vi que tinha pão, olhei na geladeira e tinha presunto, queijo e molhos. Vamos jantar Sanduíche hoje, ótimo!
Comecei a preparar e botei nos pratos. Taylor ao entrar pela cozinha estranhou o prato principal.
— Sanduíche? — Riu.
— Ei, foi o melhor que eu pude fazer!
— A lasanha daquele dia estava boa...
— Claro, era só botar no microondas que estava pronta!
Ele riu.

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A janta foi totalmente desagradável. Novamente, o silêncio habitava entre nós. Eu comia olhando apenas para o prato, ele parecia estar mais confortável, olhava para todos os lados.
Comecei a lavar a louça e ele subiu para o seu quarto. Obrigada por me ajudar, Bruno! Pelo visto ele só era gentil com a minha mãe.
Eram 21h, e eu estava sem nada para fazer quando resolvi fazer uma faxina na sala. É, eu sei que a maioria de pessoas na minha idade odiavam fazer aquilo, mas eu adorava! Principalmente porque eu sempre ligava o som e intercalava entre cantar, dançar e limpar, é claro.
Botei o CD no som, e peguei a vassoura. Tirei todos os tapetes e comecei a varrer. A primeira música era I Do Not Hook Up, da Kelly Clarkson, eu adorava. Às vezes usava o cabo da vassoura como microfone, outras como guitarra.