Contei toda a história para ele. De vez em quando ele arregalava os olhos, outras os reviravam. Quando acabei, o carro já estava estacionado na frente da minha casa.
— Obrigada por me trazer até aqui — Disse sorrindo. Claro que eu não estava feliz, meus “melhores amigos” mudaram como da água pro vinho nessa festa. E eu nunca imaginara que precisaria de Dinho para me levar para casa, ou desabafar. Não que eu não gostasse dele. É só que... Eu e ele não tínhamos muito assunto, não éramos de conversar. Mas hoje foi diferente.
— Não há de quê.
— Antes de eu entrar e me deparar com Bruno e alguma piranha no sofá, posso lhe fazer uma pergunta?
Ele riu e balançou a cabeça positivamente.
— Na verdade, não é bem uma pergunta... É mais uma observação.
— Diga — Ele falou sorrindo.
— Bom. Eu percebi que você foi o único que não mudou nessa festa, então, acho que você é a única pessoa que ainda posso confiar... O que houve com eles lá naquela festa? Parecia que... Meu mundo tinha desabado. Eu sempre gostei de Joe...
— Eu sempre imaginei vocês como um casal.
— Eu também! E hoje, ele estava... Diferente! Assim como a Lia. Ela era a minha única amiga aqui, mas o que ela me disse hoje me fez ver que ela não era minha amiga... O que me leva a conclusão de quê: eu não tenho amigos, certo? Ei, espere, você está tão confuso quanto eu?

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