Make You Feel My Love
Capítulo único
Feliciano encarava as questões da prova de matemática. Não estava dificuldade para resolver os problemas, muito pelo contrário, Ludwig o havia explicado a matéria antes de o professor entrar na sala. Bom, essa era parte de seu problema. O alemão ao seu lado respondendo tudo rapidamente estava tirando a concentração! Seus óculos o deixavam ainda mais bonito! Como não havia percebido isso antes? Balançou a cabeça para espantar os pensamentos sobre sua paixão platônica e se concentrar na prova. Se reprovasse teria que aguentar outro puxão de orelha de Ludwig, e mesmo que este ficasse ainda mais bonito quando irritado, preferia não ouvir sermões. Resolveu as questões rapidamente e após entregar a prova foi liberado para o almoço.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Finalmente... – Murmurou para o nada assim que saiu da sala de provas. Colocou seu sorriso costumeiro e rumou para a cantina onde havia deixado sua pasta feita em casa. Encontrou com seu irmão no caminho.
- Aaah, Fratello! – Feliciano disse ainda com seu sorriso.
- Oh, irmãozinho idiota. – Arregalou levemente os olhos. – Achei que você ia demorar mais com sua prova.
- Ah, que maldade! – Feliciano se fingiu de ofendido.
Lovino deu de ombros e começou a andar. Feliciano o seguiu entre suspiros.
- O que tem de errado com você hoje? – Lovino perguntou.
- Como assim? – Feliciano se fez de desentendido.
- Você... Se lembra de ontem, né?
- O que acha? – Soltou outro suspiro derrotado.
Os dois avistaram um banco no pátio do colégio e se sentaram para conversar mais calmamente.
- Porque não desiste?
- Você desistiu do Antônio? – Feliciano perguntou e Lovino corou enquanto tentava pensar em alguma coisa pra dizer. – Viu? – E deu um sorriso doce.
- Ma-Mas mesmo assim... – Lovino corou mais ainda e na ponta de seu fio de cabelo revoltada estava se formando um coração meio torto. – Aquele bastardo das batatas não merece meu irmãozinho!
Foi a vez de Feliciano corar.
- Fra-Fratello! Fale mais baixo!
- O que estão conversando? – Luciano, um brasileiro amigo dos italianos apareceu de repente assustando os dois.
- Não se preocupem, nós ouvimos tudo. – Francis se apromixou com um sorriso e se sentou do lado de Lovino que puxou Luciano para se sentar entre os dois. – E quem seria o par ideal para seu irmão então Lovino?
- Qualquer um menos aquele saco de músculos e você, francês estúpido! – Lovino afirmou coma voz trêmula.
- Desse jeito me ofende. – Francis se fez de ofendido. – Antonio, deveria dar umas lições nesse Tsundere, não acha? – Completou com um sorriso malicioso.
- Ah Francis, mas meu Lovi é tão fofo! – Antonio surgiu de detrás do banco e abraçou Lovino.
- Sa-Saia de cima de mim, idiota! – Lovino tirou desajeitadamente os braços do espanhol de perto dele enquanto tentava evitar corar.
- Vee Antônio-nii-san! – Feliciano exclamou com seu sorriso inocente e os olhos abertos.
- Você! – Luciano disse quase que queimando Antônio com o olhar. Os dois sempre brigavam por contas de suas nacionalidades.
Antonio deu uma risada amarela e disse:
- Eu acho que vi o Gilbert por ali, vou conferir as respostas da prova com ele. – E aproveitou a chance pra ir embora correndo.
- Não sei como pode ter dado sua virgindade pra esse cara Lovino. – O Francês fez uma expressão dramática que logo foi substituída apor um sorriso pervertido. – Deveria ter dado pra mim.
- Ca-Cale a boca, seu bastardo! – Retrucou o italiano em um misto de raiva e vergonha. – Não devo satisfações a você!
- Fa-Falando nisso... – Luciano corou e abaixou o olhar enquanto batia as pontas dos dedos no banco. – Co-Como foi a primeira vez de vocês?
- Foi uma coisa normal. – Francis deu de ombros. – Preciso mesmo explicar isso...? Porque posso mostrar melhor do que explicar. – Deu uma piscadinha e deu uma rosa vermelha que fora tirada de sua mochila para o brasileiro.
- Por favor, fique longe de mim. – Os outros três disseram em uníssono fazendo um sinal de cruz com os dedos.
- Mas é verdade Luci, não tem nada demais. – Feliciano deu de ombros.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Concordo com os dois. – Lovino afirmou tentando desfocar do assunto.
- Mas porque a curiosidade repentina Luciano? – Francis perguntou.
- Não é nada, sério. – Ele continuava corado e com o olhar abaixado.
- Tem certeza que não querem que eu mostre? – Francis perguntou novamente.
- TEMOS CERTEZA! – Os três responderam novamente.
- Ok, ok, crianças. – Deu de ombros. – Mas algum de vocês já tentou uma posição nova? Tipo... – Pareceu pensar por um tempo. – 69?
- QUE TIPO DE PERGUNTA É ESSA? – Luciano gritou acusadoramente.
- Uma pergunta normal, oras. Você me pergunta como foi minha primeira vez e eu não posso perguntar sobre as posições que vocês usam?
- Ma-Mas mesmo assim... – Não adianta, estava sem argumentos.
- Estamos em um país democrata e eu não estou obrigando ninguém a responder... A menos... - Deu um sorriso malicioso. - Que já tenho feito isso Lu-Lu.
- Não seja estúpido, eu nunca faria uma coisa pervertida como isso! - Ele cruzou os braços como se aquilo fosse firmar o que ele disse. - E nem os dois italianos aqui, certo? - Perguntou para os dois que estavam quase ultrapassando um tomate de tanto que coraram.
- É-É claro que não! - Lovino concordou após um momento de silencio. - Pelo menos eu..
- Eu também não, mas... - Feliciano estava tamborilando os dedos uns nos outros.
- Mas? - Francis perguntou incentivando. Estava gostando de constranger os outros.
- E-Eu já pensei nisso com... O Ludwig... - Confessou o italiano.
- SABIA QUE AQUELE BASTARDO DAS BATATAS HAVIA CORROMPIDO MEU IRMÃO! - Gritou convicto de sua resolução.
- Ah, Lovino, você disse que não tinha feito, mas aquele dia que o Antônio chegou tão feliz na escola que nem brigou comigo, foi por causa di...
- Continuem, continuem. - Francis falou animado. Internamente já estava implorando para que pipocas caíssem do céu, para que pudesse apreciar a cena da melhor maneira possível.
Os três se olharam, depois olharam pro francês que ficou confuso.
- Você está aproveitando isso, né? - Os três perguntaram.
- Eu? - fingiu-se de desentendido. - Vocês que estão barracando, eu estou apenas observando oras - deu ombros novamente.
- Kesesesese. - Uma risada escandalosa foi ouvida de dentro da escola. - Ouvindo a conversa alheia Lutz?
- Gilbert? - Francis perguntou confuso, mas logo começou a rir. - Lutz? Aquele cara estava ali o tempo todo?
Feliciano sentiu sua face começar a arder. Ludwig havia escutado tudo! Até a confissão dos seus sonhos vergonhosos!
- Oh agora as coisas começam a esquentar... - Francis murmurou para si mesmo. - Pipocas, porque não caem do céu? - olhou para cima na esperança de que isso acontecesse.
- Minha pipoca! Carajo! - Alguém gritou do telhado e pipocas começaram a cair em cima de todo mundo que estava lá.
- Puta que pariu, se eu pedir dinheiro será que funciona? – Francis perguntou de olhos arregalados.
- Vai lá, se admita irmãozinho! - Gilbert disse empurrando Ludwig para a porta.
- A-Admitir o que? – Ludwig perguntou corando. – Eu estava procurando uma moeda que caiu perto da porta!
- Desde quando estava ouvindo? - Lovino e Luciano haviam se levantado e agora emanavam uma aura digna de Ivan Brangiski na direção do alemão.
- Ouvindo o que? Já disse que perdi uma moeda!
- Nem minha vó cai nessa! – Francis disse comendo as pipocas que havia conseguido pegar enquanto ainda caíam.
- Lu-Ludwig, você ouviu tudo? – Gaguejou Feliciano.
O alemão corou e desviou o olhar para seus sapatos.
- Gilbert, o Roderich não estava procurando a gente? – Ele ignorou a pergunta do italiano embora seus gestos tenham o entregado. – Vamos lá?
Então puxou o albino para o corredor das salas dos clubes.
Feliciano deu um sorriso e olhou pro nada. Era isso, agora não tinha nem mais a amizade de seu amor.
X-X-X
Quando entraram na sala do clube de música, ao qual Gilbert e Roderich pertenciam, o alemão largou a mão de seu irmão e andou calmamente, porém um pouco ofegante, para a mesa onde já havia um austríaco calmamente tomando chá.
- Estão atrasados. – Ele disse enquanto fitava os dois revezadamente como se pedisse uma explicação.
O alemão albino se sentou enquanto dava sua risada esquisita.
- Meu irmãozinho estava ouvindo a conversa alheia.
O austríaco, Roderich, arqueou uma sobrancelha na direção de Ludwig que apenas deu de ombros.
- Imagino que a conversa era de Feliciano. – Ele disse. – Qual era o assunto?
Ludwig corou e tentou desviar do assunto.
- Uma xícara de chá, por favor. – Ele pediu e Roderich lhe serviu um pouco do chá de camomila que havia acabado de fazer.
- Então, o assunto? – Gilbert disse. – Vamos lá irmãozinho, também quero saber.
- Estava procurando por Feliciano quando ouvi a voz dele vindo de fora da escola então fui até lá. Quando cheguei Luciano perguntou sobre a primeira vez de cada um... – Ele corou um pouco. Estava constrangido por ter ouvido esta conversa. – E todos responderam que foi normal, quando Francis perguntou sobre... 69... E Feliciano contou que... Havia tido sonhos comigo... – Ia abaixando sua voz cada vez mais como se ainda ponderasse em contar tudo, mesmo já tendo feito isso.
- Ludwig Beilschmidt, seu tarado! – Os outros dois disseram em tom acusador.
- Eles que estavam conversando sobre isso, eu só escutei! – O alemão devolveu.
- Por isso mesmo, porque não foi embora ou interrompeu? – Roderich perguntou.
- Porque eu fiquei curioso!
- Ficar curioso com a primeira vez dos outros é uma coisa muito feia, irmãozinho. – Gilbert balançou a cabeça de um lado pro outro como que desaprovando. – Eu devia ter te criado direito.
Ludwig revirou os olhos.
- Mas de qualquer forma... – Roderich ajeitou os óculos e deu um sorriso suspeito. – Feliciano entrou em detalhes do sonho?
- Não, e... COMO VOCÊ TEM CORAGEM DE ME CHAMAR DE TARADO?
- Você é tarado, eu só estou querendo saber mais sobre meu OTP. – Deu de ombros e serviu chá para Gilbert que começou a rir.
- Eu convivo com um bando de estranhos. – Reclamou Ludwig.
X-X-X
Luciano e Feliciano estavam andando pelos corredores da escola em direção a cantina. Como a conversa fora interrompida, todos foram almoçar, mas apenas os almoços dos dois estavam na cantina já que Feliciano precisaria esquentar sua macarronada e Luciano iria comprar algo.
- Que pena que paramos de conversar, até que estava um clima bom. – Luciano comentou distraidamente. – O que vai fazer? Se... Perder a amizade dele?
- Não sei... – Murmurou desapontadamente para o brasileiro. – Sabe, a amizade era o que me conformava daquilo tudo. Que talvez pudesse fazê-lo me amar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Olhe pelo lado bom, tem gente com situação pior. – Começou a chutar uma latinha de coca-cola que encontrou no chão. – Como eu e o Martín por exemplo.
- Ué, mas vocês não se odeiam? – Perguntou confuso.
- Na verdade estamos saindo, mas... – Suspirou. – Ele insiste em continuarmos assim na escola.
- Machuca?
- Muito. – Chutou a latinha para Feliciano como se dissesse que era a vez dele de falar.
- Sabe, você se lembra da festa do Alfred, ontem? – O brasileiro negou com a cabeça. – Viu? Eu me lembro.
- O que aconteceu? – Luciano perguntou curioso. – Só me lembro dos vinte primeiros minutos, depois o Alfred me deu alguma coisa, fiquei doidão e não me lembro de mais nada.
- O Ludwig ficou com o Kiku. – Feliciano passou a latinha pra Luciano. – Eles estavam bêbados e não se lembram, mas... Eu não havia bebido, então...
- Você viu tudo?
- Sim... – Colocou a mão sobre o lugar de seu peito onde ficava o coração. – Doeu. Ainda dói.
Luciano concordou coma cabeça. Sabia bem como era se sentir traído.
- Vamos mudar de assunto, vamos falar de coisas felizes! – Falou o brasileiro agora com um sorriso. – Por exemplo... Não quer me ajudar a melhorar meu macarrão qualquer dia?
- Claro! Vai ser divertido! – O italiano devolveu o sorriso.
Logo eles estavam apenas rindo de coisas idiotas que viam pelo caminho. Como por exemplo, Alfred sendo estrangulado pelo cachecol de Ivan. Quando chegaram à cantina estavam com um sorriso de orelha a orelha e tentando não rir do preço do hambúrguer (R$6,9) encontraram com Lovino que estava com o cabelo bagunçado e com as roupas amassadas.
- Oh meu Deus Lovino, você fez sexo ou foi um furacão que passou em cima de você? – Luciano perguntou rindo da situação do italiano.
- Cale a boca! – Exclamou Lovino corando. De fato ele havia encontrado com Antônio no telhado, mas não havia acontecido nada... Eles não passaram das preliminares.
- Fratello, vai me traumatizar desse jeito! – Feliciano ia fingir que estava realmente traumatizado, mas acabou rindo.
- Dois idiotas. – Balançou a cabeça de um lado para o outro.
Luciano acabou comprando o hambúrguer de preço e aparência suspeita e Feliciano pegou sua macarronada. Foram os três se sentar em uma mesa que estava do lado de fora da escola perto do banco onde eles estavam antes.
- Não vai almoçar hoje Fratello? – Perguntou Feliciano.
- Já almocei no telhado. – Deu de ombros.
Luciano deu um sorriso malicioso para Lovino que ignorou.
- Hey Feliciano! – Martín gritou um pouco longe, mas logo alcançou o trio. – Preciso te contar uma coisa. – Deu um sorriso travesso.
X-X-X
- Porque quer que façamos isso Francis? – Perguntou o argentino desconfiado.
- Oras, beneficiará nós três. – Sorriu o francês. Ele havia comprado três pacotes de pipoca na cantina apenas para passar a vontade.
- Como o fato de eu conseguir namorar o Feliciano e ele conseguir assumir que ama o Luciano irá te beneficiar? – Perguntou Ludwig confuso.
- Oras agora eu tenho pipoca pra ver o barraco! – Ele riu. – Beneficiará até Roderich se for ver.
Apontou para o austríaco que estava sentado no mesmo lugar que antes tomando chá enquanto lia um doujinshi de Ludwig com Feliciano que Kiku havia feito.
- Alguém disse meu nome? – Ele perguntou.
- Veja bem, você conseguiria uma ótima filmagem com a confissão desses dois, concorda? – Francis perguntou para Roderich que logo pegou uma câmera de dentro da sua mochila e disse:
- Quando começo a filmar?
O francês riu novamente e lançou um olhar cúmplice para Gilbert que tomou a deixa da conversa.
- Vai lá Lutz! Seja homem e se confesse! – Deu sua incrível risada escandalosa. – Até aquele pequeno mestre está curioso.
- Não estou curioso, só quero mais filmagens. – Roderich deu de ombros e olhou para o teto como se estivesse se lembrando das filmagens anteriores. Logo depois voltou para o doujinshi.
- Viu? E você Martín, se quiser “fazer” logo com o Luciano recomendo que use os ciúmes como tática, porque eu já estou de olho, viu? – Francis piscou para Martín.
- Che. Tire os olhos do Luciano francês pervertido! Ele é meu!
- Não parece, vocês mal se falam no colégio e quando fazem isso brigam. – Francis percebeu que Martín havia abaixado a cabeça. – Toquei bem na ferida, viu?
- Isso não é da sua conta! – O argentino levantou o rosto. – E ok, eu colaboro com esse plano estúpido.
- Já que o Martín concorda eu faço isso... Mesmo que não tenha gostado muito da ideia. E nem goste de você... – Ludwig disse.
- Yey! Então vamos botar o plano em ação. – Francis saiu da sala do clube de música saltitando enquanto comia pipoca.
X-X-X
Quando Feliciano se aproximou o tanto que Martín havia pedido para contar a tal notícia, o argentino o segurou pela ponta do queixo e o deu um beijo. Bem nesta hora Ludwig saiu da escola e viu a cena. Luciano chocado, mas tentando não demonstrar, Feliciano surpreso, Lovino mexendo desinteressadamente em sua mochila e Martín beijando Feliciano.
“Estranho” ele pensou. “Mas vou seguir com o plano.”.
- O que pensa que está fazendo? – Perguntou chegando mais perto e dando um soco na cara do argentino que o fez cair no chão e se separar de Feliciano.
- O que você pensa que está fazendo seu filho da puta? – Martín perguntou massageando a parte da face que lhe fora atingida.
- O que você merece! – Respondeu chutando a perna do que ainda estava no chão.
- Para com isso, cacete! – Se levantou, mas claro, antes deu uma ótima rasteirinha em Ludwig que caiu duro no chão. – Invertemos, não? – Colocou o pé em cima da cabeça dele com um sorriso.
Ludwig segurou o pé de Martín que caiu ao seu lado. O alemão subiu em cima dele e no final os dois acabaram rolando no chão enquanto se batiam. Os três da mesa estavam tão chocados com tudo que acabara de acontecer que nem perceberam Francis se aproximando.
- Querem pipoca? – Perguntou. Era seu ultimo pacote. – Fica melhor pra assistir.
- Briga! Briga! Briga! – Um grupo de pessoas estava se juntando em volta deles.
- O que está acontecendo aqui? – A diretora gritou, todos calaram a boca e os dois no chão pararam de rolar. – Senhor Ludwig, senhor Martín, quero ver vocês na minha sala daqui meia hora. Sem atrasos. – Estreitos os olhos e saiu.
Os dois se levantaram, arrumaram as roupas e depois que o grupo se dispersou e só sobraram os seis (Feliciano, Romano, Ludwig, Francis, Luciano e Martín) que estavam em um silêncio profundo.
- Chega. – Lovino se levantou. – Vou ver se encontro lógica por aí. – Foi embora pisando duro.
Os dois que estavam brigando lançaram um olhar cúmplice, porém discreto um para o outro.
- Vem aqui, brasileiro estúpido. – Martín foi em direção a Luciano, pegou seu pulso e o puxou para algum lugar mais a direita.
- E você Feliciano... – Ludwig olhou friamente par ao italiano que começou a tremer um pouco. – Vem comigo. – Começou a andar para dentro da escola sendo seguido rapidamente por Feliciano.
- Ai, como é lindo o amor. – Francis se sentou onde antes estava Feliciano e continuou comendo sua pipoca.
X-X-X
- Ludwig, porque você me trouxe pra sala do clube? – Perguntou o italiano confuso. Ludwig havia o levado para a sala do clube de jornalismo.
- E-Eu tenho uma coisa pra te dizer... – Ele estava corado. Francis disse que ele deveria fazer isso antes de perder a coragem, e reconhecia o fato de que o francês era o resultado de todos os estereótipos da França juntos, e sabia que lá as pessoas sabem sobre o amor.
- Na verdade... – O interrompeu. – Eu também tenho.
- Q-Quer falar ao mesmo tempo?
- Claro. – Feliciano sorriu.
- No três? – Feliciano assentiu então Ludwig começou: - 1...
- 2... – Seu fio de cabelo revoltado começou a entortar um pouco, sinal de que estava nervoso.
- 3... – Completou o alemão engolindo seco.
-... – Um silêncio constrangedor foi tomando conta da sala.
- V-vamos tentar de novo? – Sugeriu Feliciano.
- Cla-Claro... No três de novo?
- Aham, eu começo. – Sorriu. – 1...
- 2...
- 3...
- Eu te amo! – Gritaram as três palavras ao mesmo tempo, ambos sentindo as faces esquentarem e os olhos ficando arregalados.
- O que... Você disse? – Perguntou Ludwig se perguntando se teria escutado mesmo a voz de Feliciano, ou fosse coisa da sua cabeça.
- Que eu... Te amo... – Respondeu sentindo o fio de seu cabelo torto se transformar em um coração lentamente.
Os dois coraram mais ainda, até Ludwig se aproximar mais de Feliciano que percebeu de repente o quanto era realmente pequeno perto do alemão. Mais do que pensava que era. Ludwig segurou delicadamente a ponta do queixo do outro com cuidado e o fez lhe encarar.
- Posso...? – Perguntou um pouco incerto.
Como resposta Feliciano enlaçou seus braços no pescoço do alemão e rapidamente o puxou para um beijo.
- Nos amamos. Não precisa perguntar se pode beijar a pessoas que ama. – Feliciano respondeu sorrindo.
No final, os dois não voltaram mais para as aulas, ficaram o dia inteiro se beijando na sala do clube e aproveitando que agora sabiam: Ambos se amavam.
There's only 1 thing 2 do 3 words 4 you.
I love you.
(I love you)
Só existe uma coisa para fazer, três palavras para você.
Eu amo você.
(eu amo você)
- Lud! – O italiano estava sentado no colo de Ludwig que estava sentado no chão e apoiado em uma parede. – Ti amo!
- Ich liebe dich auch. – Respondeu o alemão sorrindo.
There's only 1 way 2 say those 3 words
And that's what I'll do.
I love you.
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Só existe uma maneira de dizer aquelas três palavras
E é o que eu vou fazer.
Eu amo você.
(eu amo você)
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