Sombras Ao Vento

Capítulo 27 – Movimentando o cavalo



A morena se encontrava submersa em pensamentos no meio da sala de sua mansão. Ainda pela manhã Shikamaru havia chego e comunicado o dia em que Naruto teria que aparecer na mídia alertando que seu contato havia sido bem específico e por isso a ordem deveria ser cumprida a risca. Naruto franziu o cenho incomodado dizendo que tinha certeza de que Obito facilitou sua fuga e que por algum motivo ele precisava descobrir a identidade de Hinata o que o deixou incomodado e o fez lançar um olhar preocupado para morena. Quando todos chegaram, a sala foi preenchida novamente pelo burburinho com todos querendo dar a sua opinião sobre o desenvolvimento do caso e se o plano de Naruto deveria ou não sofrer alterações.

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Hinata encontrava-se alheia as discussões, conclusões e teorias de seus parentes e amigos. A frase de sua mãe não saia de sua cabeça, porém não fazia sentido. De alguma forma essa frase responderia as perguntas feitas em sua mente, poderia deixar mais perto de resolverem o enigma.

Kyuubi. O elo está no Kyuubi” A voz de sua mãe se repetia em sua mente insistentemente. Era como se ela dissesse algo vital e realmente parecia vital tal era a intensidade da sua voz, porém ela não sabia o que era.

Kyuubi? O que é isso?

Hinata esquadrinhou a sala como se procurasse a resposta de suas duvidas pedindo internamente a Kami-sama que lhe desse a luz do entendimento, foi quando enxergou a foto que havia tirado durante sua lua de mel nas Ilhas gregas. Ela estava abraçada com Naruto em frente ao Iate “Kurama”, ela sorriu olhando para seu filho em seus braços. Ele era tão lindo, tão parecido com o pai. Por um momento ela deixou sua imaginação voar e viu seu filho correndo pela proa do luxuoso Iate e logo se lembrou de seu filme favorito. Era como se seu pequeno Namikase tomasse o lugar de Kushina correndo pelo Kyuubi… Ela sorriu encantada.

Kyuubi

Kyuubi

Num rompante a Hyuuga pegou o porta retrato firmemente encarando intensamente e desesperadamente. Trouxe a foto para mais perto do rosto para constatar melhor. Parecia o mesmo barco. Novamente o filme era o essencial no caso de Kushina. Porque? Ela não entendia, mas tinha que questionar o marido.

—Naruto-kun…—Chamou com a urgência impregnando na voz. A sala se colocou num silêncio preocupado e curioso. A morena sentiu todos os olhares em si, mas não se intimidou.

Com o filho nos braços e o porta retrato firmemente nas mãos ela questionou com o medo transbordando dos orbes perolados.

—O Kurama… Me diga… Ele é o Kyuubi…?—Perguntou apertando ainda mais o porta retrato nas mãos brancas e delicadas formando nós nos dedos.

Kyuubi…?—O loiro não entendeu a morena. A confusão era explicita nas feições masculinas e belas do homem questionado.

Um arquejo foi o necessário para desviar a atenção da morena do loiro para a ruiva com olhos confusos e longínquos. Era como se ela estivesse perdida nas lembranças.

—Hai… Hinata-chan! Foi eu quem comprei e reformei aquele Iate depois que as filmagens nele acabaram. Eu tinha gostado tanto dele e Tobi também, no início eu tinha comprado pra ele de presente, já que eu deixaria minha carreira e ele tinha sido tão leal pra mim, mas eu não havia passado para o nome dele ainda e logo depois veio o ‘acidente’ e eu viajei para a Itália. Por que a pergunta? —Era a ruiva quem falava.

De repente todas as peças se encaixavam. A mensagem de sua mãe fazia finalmente sentido. O kyuubi pertencera a Tobi. Pertencera a Kushina e pertence a Naruto! E Obito sabia disso, estava no dossiê que ele tinha sobre o loiro. Era disso que ele estava atrás, mas por quê? Não era mais fácil simplesmente roubar o Iate? A descoberta das resposta só colocou mais perguntas na sua mente. Mas agora não era hora para se interrogar, pelo menos não com todos aqueles olhares curiosos a fitando em busca de explicações.

Mas e agora… Por que Tobi a queria? O que ela tinha haver com o caso. Será que era apenas pelo mistério que pairava sobre ela?

A morena deixou essas perguntas de lado para responder a duvida explicita nos olhos de todos da sala perante a pergunta.

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—Na fita que minha mãe deixou, no final da gravação tinha mais um coisa. —Ela suspirou explicando cansada. Os olhares ficaram ainda mais interrogativos e curiosos. — Somente a voz dela. Ela dizia: “ Kyuubi… O elo está no Kyuubi!” Eu não havia entendido até olhar para a foto que tirei com o Naruto-kun na frente do Kurama durante nossa lua de mel e acabei me lembrando de uma cena do seu filme Kushina. Eu ainda não entendo, mas tudo parece ter relação com esse filme. E outra, se o elo estava no barco esse tempo todo, por que Obito não foi até lá sendo que ele sabia durante todo esse tempo, visto que esse é o motivo para ele está atrás do Naruto-kun? E por que ele não usou Naruto quando teve a oportunidade já que ele o tinha? —A morena explicava e jogava aos outros suas dúvidas como se esperasse que eles tivessem a resposta.

Ou talvez realmente tivessem.

Todos se entreolharam uns aturdidos, outros preocupados e… hesitante?

—Kushina-san… O que houve? —A morena questionava curiosa. Ele deveria saber de alguma coisa que resolvesse o mistério.

—No final das gravações do meu filme, eu descobri um cofre no deque inferior do Iate. Parece-me ser a única coisa que nos conecta no caso se for colocado dessa forma. Dentro desse cofre tinha uma caixa negra com um estranho emblema em cima. —Começou a ruiva com um olhar vago como se estivesse se lembrando de algo fundamental.



Flash back on

“A ruiva andava distraidamente sobre o deque inferior perto da casa de máquinas. Seu recente investimento estava quase todo reformado, havia comentado vagamente com seu querido empresário Tobi que ela havia de dar a ele aquele iate em agradecimento por todos os anos juntos e pelo tempo que ele a aturara. Eles tinham um laço de amizade impressionante e extraordinário. Era inegável a qualquer um o quanto eles eram próximos. Ele viera com ela naquele lugar várias vezes, algumas vezes sozinhos e algumas vezes ele viera com alguns colegas de negócios como Orochimaru, seu diretor pela segunda vez consecutiva e Nagato, um ruivo que parecia ser muito amargurado e triste que também trabalhava com ela no momento. Vinham outros de seus amigos também, mas a ruiva não os conhecia.

Ela ainda observava cada parte do navio quando entrou numa área que não havia sido reformada, mas ela gostaria de conhecer cada canto do lindo Iate. De repente algo lhe chamou a sua atenção.

Havia algo naquela parede. A ruiva se aproximou ainda mais no intuito de descobrir o que era. Um cofre!

Ela se apressou para tentar abrir e depois de alguns minutos finalmente conseguiu. Dentro dele havia uma caixa. Não… Parecia mais um pedaço de madeira ornamentado, não havia abertura, não havia rosca, não havia nada que indicasse que aquilo poderia ser aberto de alguma forma. A ruiva balançou aquele objeto e… era oco? Espera… Tem alguma coisa dentro.

Ela não pode conter sua curiosidade e logo ia abrir, mas um barulho de passos a fez se sobressaltar. Olhando em volta ela nada viu, mas para não arriscar guardou a caixa de volta no cofre e o fechou indo rapidamente para o outro lado do deque como se estivesse estado lá todo aquele tempo, mal havia chegado ao lugar pode ouvir seu nome ser chamado e apressada seguiu em direção do barulho de passos e da voz chamando seu nome.”

Flash back off



—Era Tobi quem me chamava e acho que ele desconfiou que eu havia descoberto a misteriosa caixa, pois me analisava intensamente. Naquele dia eu nada disse sobre aquilo nem demonstrei nada. De alguma forma eu sabia que não deveria comentar. Logo que terminei a reforma peguei aquela caixa e tentei abrir, mas não consegui fazê-lo sem estragar. Troquei o cofre por um de comando de voz já que era mais seguro e quando Naruto fez dezoito anos eu coloquei o Iate no nome dele em forma de presente. E o cofre passou para as mãos dele. Nunca tirei aquela caixa de lá! —Kushina falava como se estivesse a confessar um crime. Sua postura era como a de alguém que se rende e se culpa pelo que falava ou pelo fato de estar a falar. Ela parecia coagida por todos aqueles olhares como se estivesse na frente de um juiz no tribunal.

Todos da sala pareciam estar montando o quebra-cabeças quase como se já pudessem notar qual o desenho que se formaria no final. O desenho que só saberiam qual é quando terminassem de montar. Um mínimo sorriso de orgulho mergulhava na face deles.

Naruto prendeu a respiração ao compreender tudo.

—O cofre… A chave…! Hinata…! Nagato…! —Naruto falava em choque lançando as constatações ao vento sem a menor coerência. Todos o olharam sem compreender enquanto o loiro sentava-se no sofá pondo os pensamentos em ordem.

Seus olhos se mantinham arregalados enquanto ele com as mãos tremendo retirava algo de seu pescoço.

Kushina e o restante dos ocupantes da sala o encarava sem compreender.

Naruto finalmente conseguiu tirar o colar do pescoço. Um colar com um símbolo estranho como pingente. Uma nuvem pintada em vermelho. “O colar de Pain!” Hinata lembrava aturdida enquanto continuava sem entender.

—Okaasan, me diga o símbolo da caixa era esse aqui? —Naruto perguntou inquieto e ansioso. Se fosse a ruiva confirmasse todas as perguntas seriam respondidas e seria o final daquele quebra-cabeças angustiante.

Kushina encarou o colar horrorizava enquanto se aproximava do seu filho e tocava no pingente delicadamente em choque.

—É o mesmo… — Sussurrou fora de si.

—Nagato me disse que essa era a chave. Não me disse do que, mas que essa era a chave pra mim. Acontece que ele disse que a minha esposa era a chave para Tobi. Agora faz sentido porque a chave do cofre é a voz de Hinata dizendo o seu nome! —O loiro explicou com o olhar perdido enquanto suas mãos apertavam o colar com força.

E a sala explodiu em burburinhos. Uma coisa era certa. Aquela confusão ia além do dinheiro de Kushina e aquela caixa revelaria a verdade por traz de tudo.