Dois dias depois os Cullen resolveram sair para caçar, era normal deixarem Isabella para trás, nunca iam muito longe e a menina era inteligente o suficiente para saber as vantagens de ficar em casa sozinha.

Com duas TVs ligadas, ouvia um canal de musicas em uma e assistia a um programa de Cookies em outra. Até que a campainha tocar, o que era estranho. Quem era o ser apertando o botão da entrada?

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Descendo da cadeira foi abrir a porta e deu de cara com quatro pessoas a olhando como se fosse um E.T. Duas loiras e um casal de morenos.

— Oi? – sussurrou sem saber o que fazer.

— Aqui por acaso é a casa dos Cullens? – a de cabelos pretos perguntou.

— É?

— Conhece Carlisle? – o homem perguntou.

— Meu pai?

— Seu pai? – a de cabelos lisos questionou.

— É? - sua cara era de confusão.

Ela olhou para a outra loira que perguntou se podiam entrar. A menina deixou, não era qualquer pessoa que chegava assim e pedia para adentrar em sua casa, deviam ser conhecidos. E estavam muito surpresos. O que uma criança bagunçada, cheirando a doce e açúcar, vestida de Bob Esponja e calçando pantufas de ovelhas fazia na casa de sete vampiros?

— Quem são vocês? – murmurou limpando a boca.

— Somos os Denali. Me chamo Carmen e este é meu marido, Eleazar. – sorriu.

— Ah sim, minha irmã me falou algo sobre isso uma vez.

— Você seria...?

— Isabella.

— Belo nome.

— Meu apelido é Bella. – sorriu torto.

— Que legal. – sorriu de lado.

— Eu sou Kate e esta é minha irmã Irina.

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— Então, quantos anos têm? – Carmen perguntou se sentando no sofá com um boneco do Finn no colo.

— Vou fazer oito daqui a alguns dias.

— E desde quando conhece Carlisle e Esme? – Eleazar indagou.

— Desde sempre? – Bella ergueu as sobrancelhas.

— E onde eles estão? – Irina murmurou.

— Saíram para não sei onde. - deu de ombros.

— E você está fazendo a maior bagunça na cozinha? – Kate riu.

Bella mostrou língua.

— Preciso me alimentar, sabe? Quando não se tem adultos em casa é hora da baderna.

O telefone começou a tocar e Bella quase tropeçou quando correu para atendê-lo. Do outro lado os Denali escutavam tudo perfeitamente.

— Alôu?

— Isabella! – Esme começou. – O que foi que te disse sobre abrir a porta para estranhos?

Bella franziu a sobrancelha.

— Mas eles conhecem vocês.

— Por acaso a senhorita conhece eles?

— Não...

— Então isso não é desculpa.

Carmen podia imaginar o rosto da amiga nesse momento e entendeu o porquê da preocupação dela... Mas não conseguia imaginar o motivo de criar uma humana em sua casa sabendo das consequências.

Os Cullen estavam em um alvoroço dentro dos dois carros. Edward dirigia feito um louco com o pé no acelerador e Rosalie era outra que não ficava para trás. Jasper tentava acalmá-los enquanto pedia para Alice explicar mais uma vez que Isabella não estava em perigo e Emmett não sabia fazer nada a não ser gritar “Acelera! Acelera!”.

Carlisle estava quieto enquanto pensava em como iria se explicar para Eleazar e sua família, não sabia se aceitariam isso bem ou criariam algum problema e Esme estava inquieta com o celular na mão, se segurando para não quebrá-lo.

— Suba para seu quarto! – ordenou quando viu que estavam perto de casa.

— Por quê? Eu quase nunca faço isso e Alice disse...

— Estou mandando! – falou quando viraram na última curva. – E não corra na escada! – disse antes de desligar.

— Como se eu fosse cair! – Bella murmurava baixinho.

— Acho melhor obedecê-la. – Irina aconselhou.

— Não é como se estivesse desobedecendo... Minha mãe disse para eu subir, mas não disse quando.

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— Ela está chegando. – avisou.

E Bella correu para a escada exatamente como foi lhe mandado não fazer, gostava das broncas que a mãe dava no Emmett, mas nunca era bom o olhar triste dela quando não fazia o que queria. Esme suspirou nervosa quando viu os passos apresados. Edward entrou que nem flash na sala e Isabella estava em seus braços poucos segundos depois.

— O que eu falei?

— Não é como se eu fosse cair! – tomou folego tentando não rir.

Edward, lendo os pensamentos que a mais velha tinha, se apresou em ir para seu quarto. Quando se tratava de Bella, gostava dele mesmo cuidar de sua segurança, assim não teria chances de erros acontecerem.

O clima na sala de estar ficou tenso, tudo no silêncio cortado por um coração que batia regularmente e que era a causa daquilo.

— Carlisle. – Eleazar começou.

— Olá amigo.

— O que aquilo significa? – foi direto.

— Onde estar Thanya, Eleazar?

— Chegará amanhã, de noite – Respondeu.

— Contarei tudo quando ela estiver aqui, assim todos ficam sabendo de uma vez. – Respondeu Carlisle.

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— Muito bem… - Eleazar começou. - O que tem a dizer, meu amigo?

O vampiro suspirou fundo. Não havia como escapar, a família Denali estava ali e Alice não tinha visto a visita que iriam fazer, isso tudo por que decidiram de última hora. E Thanya já havia chegado, ficando tão ou mais surpresa quando percebeu o coração da menina batendo no andar de cima. Claro, quis ir em direção ao quarto para ver Edward, porém Rosalie não permitiu.

— É a minha filha lá em cima.

— É uma humana. Uma criança! - Irina se exaltou.

— Eu entendo o que estão sentindo agora. - Carlisle murmurou. - Ela era apenas um bebê quando eu a achei dentro de uma cesta perto do hospital em que trabalhava.

— Podia tê-la dado a um Orfanato. - Thanya disse.

— Ela é inocente. - Rosalie falou. - Não sabe de nada, não existe motivo para isso.

— Existe sim. - Kate apontou para o andar de cima. - O quadro que vocês tem pendurado na Biblioteca é um motivo. Muito bom, aliás.

— Alice não viu problemas. - revidou.

— O futuro sempre muda….

— Kate. - Alice a chamou. - Não vamos ter problemas com os Volturi. Apenas se você e sua família resolverem nos deletar.

— Ela é uma criança. - Carmen se pronunciou. - Não merece o que vai acontecer só por que vocês quebraram a regra.

—Mas não quebramos. - Rosalie teimou. - Ela é humana.

— Exatamente. - Eleazar balançou a cabeça. - Uma criança vivendo em uma casa cheia de vampiros! Me surpreende você, Jasper, concordar com isso.

— Alice não viu problemas. - o loiro repetiu.

—Não estamos pedindo que entendam ou que apoiem. - Esme murmurou, sentado com as mãos cruzadas. - Queremos apenas que guardem isso. Carmen, Irina, Thanya, Kate… É uma criança. - disse, com a voz entristecida. - Um bebê, o nosso bebê. Bebê que nunca poderemos gerar… E ela estava ali, aquele embrulho minusculo e frágil...

— Sim, nós fomos egoístas… - Rosalie fez um muchucho. - Quem não seria egoísta no nosso lugar? Não é segredo que eu sempre quis ser mãe. Não é segredo que eu faria qualquer coisa por isso. Então… Não podem nos culpar por isso…

— Não é como se fossemos falar. - Carmen disse, suave. - Mesmo de Clãs diferentes, somos uma família certo? E família protege quem é da família.

— E o futuro, meus amigos… - Eleazar comentou. - O futuro sempre muda… Sempre. E se tem algo de que eu sei é que se uma coisa tem a possibilidade de dar errado, ela vai dar. E da pior maneira.

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Muito bem turma. - a professora anunciou. - Aula encerrada.

E houve correria em direção a porta da sala. Todos querendo sair o mais rápido possível e fazendo o maior barulho. Isabella estava no meio da muvuca e quando finalmente se viu solta da multidão, foi empurrada em direção ao chão.

— Ai! - esclamou.

— Foi mal. - uma voz riu dela.

— Você. - olhou feio para ele, se levantando. - Você é cego?

— Eu disse foi mal.

Ela cruzou os braços, emburrada.

— Você sujou a minha roupa!

— Não sujei não!

— Sujou sim e minhas irmãs não vão gostar disso.

— Suas irmãs são chatas!

— Não são não. - apontou o dedo para o menino. - Aposto que nem tem irmãos.

— Tenho sim. Tenho duas irmãs! - fez o sinal de dois com os dedos.

— E qual o nome delas?

— Rebecca e Raquel.

— As minhas são Alice e Rosalie. E elas gostam quando eu não caiam no chão.

— As minhas gostam de surfar.

— Elas surfam? - perguntou, impressionada.

— Sim. Elas vão lá no fundão. - riu. - O meu pai não me deixa ir lá, mas quando eu crescer, eu vou.

— Tipo nos filmes?

— Melhor que isso!

— E em La Push tem praia mesmo?

— Tem, com um mar bem grandão.

— Eu nunca fui em uma praia… - ela murmurou, suspirando.

— Não?

— Não…

— Nossa, isso é triste… Se quiser, você pode ir em La Push.

— Eu posso? - sorriu.

— Claro. Ai você vê o mar. O meu pai toma conta de você, ele é bem responsável.

— O meu também, ele é medico.

— Eu não gosto de médicos.

— Por que?

Ele deu de ombros. Quando notaram já estavam na saída, perto do portão principal onde vários país chegavam com seus carros para pegar seus filhos.

— Eu vou indo… - o menino murmurou. - Meu pai disse que ia me esperar do lado de fora hoje.

— Tudo bem. Vou ficar aqui.

— Xau.

E quando ele estava a uma boa distancia, se virou e correu até ela.

— Ei!

— Que foi?

— Qual é o seu nome mesmo?

— O meu nome? - ela sorriu. - É isabella.

— Isabella é um nome grande! - riu.

— Não é não! E o seu?

— O meu é Jacob.

— Jacob é um nome curto.

— Não é não! - balançou a cabeça. - Agora tenho que correr.

— Xau Jacob!

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