No dia seguinte,logo pela manhã,Annabeth voltara para suas atividades.

Ela resolvera esquecer o assunto de seu acidente por algum tempo,enquanto os campistas de Atena pensavam numa forma de finalmente botar Richard e Patty contra a parede.

O pouco tempo que ficara sem se preocupar com a situação a deixara mais confortável.Ela se sentia melhor desde a noite passada que contara aos seus irmãos sobre suas investigações.

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O treino de escalada fora um progresso,ela conseguia escalar trocando os pés em posições nada fáceis.Aquilo realmente a deixara feliz.

Enquanto caminhava pela extensa área do ‘artes e ofícios’ acompanhada por algumas garotas do chalé seis,Annabeth notara uma movimentação estranha dentro da área de artesanato.As garotas entraram,curiosas.

Ao entrar,elas encontraram uma bagunça inimaginável.As prateleiras de artigos já prontos despencara deixando cacos de porcelana e barro por todos os lados do assoalho,as paredes manchadas de tinta e as longas mesas cobertas por cera de moldar e argila.

-O que aconteceu?- o queixo de uma das garotas caiu.

-Estamos...ai!Eles que começaram!-arquejou uma campista do chalé onze,apontando freneticamente entre gargalhadas para os irmãos.

Os longos cabelos negros da garota agora eram um emaranhado de linho e tinta verde,que cobria a parede há suas costas e toda sua blusa do acampamento.

O garoto em sua frente abriu um pote de tinta azul e,descaradamente jogou no rosto da garota.

-Se você não fosse tão irritante....

-Se você não fosse tão irritante...

-Você pegou minhas miçangas!

-Elas eram minhas!

-Já chega- ordenou Annabeth- Alguém vai limpar isso aqui,antes que senhor D. fique sabendo...

Os garotos se entreolharam

-Já voltou a eu posto de vice?

Annabeth assentiu

-Já estava sentindo falta.Afinal,vocês ainda insistem em transformar o acampamento em um fundurcio

Os campistas riram

-Vamos chamar algumas ninfas para nos ajudar- comentou a garota

-Seja como for- disse Annabeth enquanto atravessava a soleira da porta- É melhor que seja logo.

As garotas continuaram,ambas discutiam sobre a ideia de nomear seguranças no acampamento para garantir que a baderna generalizada não tome conta dele.

-Ainda acho que o chalé de Atena devia fazer o favor- concluiu uma delas

-Nosso chalé é o único que se salva...

-Não.O chalé de Hermes é o único que apronta por aqui.Temos que colocar vigias no chalé onze.

Era quase onze horas,e a aula de reconhecimento de área logo começaria e sua irmã Sofia não gostava de atraso.Hoje a aula seria sobre o rio de canoagem,então as garotas se apressaram,correram alguns metros até alcançar a bela ponte suspensa.

No instante em que chegaram,vários outros campistas se uniram a elas.

-Muito bom- elogiou Sofia- bem na hora.

-Vamos começar a aula- continuou- a aula de hoje será sobre reconhecimento de áreas hídricas.Traduzindo: Rios e Lagos.-Sofia tossiu,limpando a garganta.Ela apontou para o comprimento do rio- Hoje vamos percorrer toda a margem do rio até desembocar no oceano.Vocês verão como a vegetação é mais verde e o solo é reconhecivelmente mais fértil.Vamos começar.

Os campistas se dividiram em grupos,os quais teriam que anotar tudo o que virem e julgarem ser incomum em outras vegetações.

Então eles começaram;desceram a ponte em direção ao inicio da margem.Seus cadernos abertos em folhas limpas e canetas já posicionadas para escrever.Eles contornaram todo o riacho,onde as folhas verdes e cobertas pelo orvalho da manhã cintilava ao brilho do sol fraco,que logo estaria queimando suas cabeças.

A vegetação era completamente viva.Embora não houvessem arvores ao redor do rio,a terra era molhada e pastosa,como se cada nutriente nela estivesse vivo.Aos contornos do rio,entre as pedras,pequenos ramos de mato e plantinhas menores cresciam,aproveitando a umidade.

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-E aqui podemos ver a fertilidade realmente exposta- aprontou Sofia- Como no rio Nilo,os antigos preferiam plantar ao redor do rio,onde a terra é mais fértil e boa para plantio.

Ao longo do rio a vegetação invasora começou a invasão: algumas plantas entravam no rio pelas margens e se esticavam até chagar ao fundo,que consequentemente retinha algumas sujeiras e folhas secas.

-Aqui acontece o que chamamos de “Retenção de inapropriados”-apresentou Sofia- A vegetação que invade o rio se junta as pedras e acaba capturando tudo o que cruza seu caminho.Vocês e seu grupo terão que encontrar alguns nutrientes que ficaram retidos no rio e limpá-lo.As ninfas d´água agradecem.

Então eles continuaram;o grupo de Annabeth percorreu uma grande aérea.Seu caderno de anotações estava cheio,e eles já tinham retirado bastante coisa do rio.

-Perfeito- disse Sofia de repente- hora do reconhecimento.Vocês terão que fazer uma pesquisa detalhada sobre organismos desconhecidos do rio.Podem começar.

O grupo de Annabeth começou na frente.Eles já haviam recolhido várias amostras de coisas que ficavam presas nas plantas,e recolhiam as latas de refrigerante que encontravam presas nas pedras.

-Isso e horrível!- diziam algumas das garotas- Esse pobre rio está virando um esgoto!Essas latas...

-Alguém tem que colocar uma placa de “proibido jogar lixo” neste lugar

-E seria bom se...-uma das garotas que acompanhava o grupo olhou feio para uma das plantas invasoras.Ela contraiu a testa e as sobrancelhas com expressão de desgosto.-...Que cheiro é esse?

O resto do grupo se virou na direção que ela olhava.Eles se aproximaram sobre o ramo de plantas que entrava no rio.

-O que é isso?- perguntou um deles

Havia uma massa braça amarelada entranhada nas longas folhas verdes.Havia também alguma coisa mais grossa e sólida sobre a massa.Ela cheirava muito mal,como se estivesse podre.

-Que diabos...

Os olhos de Annabeth se arregalaram.Ela sabia exatamente o que era aquilo.Imediatamente a noite em que ela e Percy jogaram os ovos pela ponte voltou em forma e flashback em sua mente.

-Hum- pigarreou Sofia- Alguém vai ter que recolher para examinar...

-Não vou colocar as mãos nisso!-gemeu uma garota do chalé quatro

Sofia olhou feio para a garota- Ninguém vai colocar a mão em nada.Seria muito imprudente...Vamos recolher isso com cuidado para não desfazer a massa.Vamos estudar isso nas próximas aulas...

Todos assentiram.Gratos por não ter que sujar as mãos com a massa amarela flutuante.

Enquanto voltavam pelo caminho ladrilhados até os chalés,uma mão tocou os ombros de Annabeth por trás.Ela se virou e viu,então,uma pequena garota,a qual não conhecia.

-Ah..desculpe-gaguejou a garota-me mandaram entregar isso a garota bonita líder do chalé seis- disse ela com uma voz fina e doce- você é a ela?

A garota trazia nas mãos um envelope de papel marrom com uma figurinha na aba.

-Sim,sou eu- Confirmou Annabeth- Isto é para mim?-ela apontou para o envelope nas mãos da garota.

-Sim.-ela entregou e saiu correndo

Annabeth fitou o envelope com atenção,então,voltou-se para o caminho de ladrilhos.

Ao chegar em seu chalé,ela correu para seu quarto,onde ela conseguira abrir o envelope sem perturbação.

Ela o abriu com cuidado,dentro havia uma carta de folha branca,e suas palavras eram escritas com recortes de jornal e revistas.

Nele dizia:

PRAIA DOS FOGOS,CRUZAMENTO COM O ESTREITO DE LONG SLAND.

19 HORAS.SEM ATRASO.

Ela não sabia o que significava,mas uma certeza Annabeth tinha: Ela estaria lá na hora marcada.