Ghosthand

Capítulo 10 - Operação Market Garden


Preston saiu às pressas da sala do comandante Winters, o sargento carregava em seus braços uma pequena pasta e em passos rápidos caminhava para o alojamento de seu grupo, o sorriso era inegável, seu coração batia em excitação e a ansiedade transparecia em seus olhos, abrindo abruptamente a porta improvisada o sargento gritou:

- De pé moças! Temos trabalho a fazer!

Mickey ainda sonolento, depois de um longo bocejo perguntou:

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- Hei sargento! O que aconteceu, vamos saltar sobre Berlim por acaso?

- Ainda não, mas posso assegurar que também será uma boa missão.

Os soldados se levantaram e em poucos minutos estavam todos atentos a figura do sargento que lentamente lhes explicava os detalhes, que lhes cabiam invariavelmente, da operação do dia seguinte. Segue o pouco que aqueles homens ouviram.

Operação Market – Garden: a 101º airborne em conjunto com pára-quedistas da 82º, algumas divisões inglesas canadenses e polonesas saltaria sobre a Holanda, a chamada faze “Market” constituía em assegurar uma serie de pontes ao longo dos canais do Reno para que o segundo exercito inglês avançasse de Eindhoven até Arnhen.

A companhia Fox, tinha como missão assegurar a ponte sobre o canal Guilhermina para que os britânicos pudessem passar.

Após a breve explicação do sargento os olhos dos soldados pareciam brilhar, desde que Hux havia sido ferido todos estavam com certa sede de vingança, Casper abraçou seu Springfield e esboçou um sorriso que de certa forma era macabro e feliz ao mesmo tempo.

Os soldados então festejaram, as canecas tilintaram brindando e canções foram entoadas naquela noite, pois na manhã do dia seguinte as águias iriam voar mais uma vez.

Era ainda madrugada quando os soldados levantaram-se e se prepararam para saltar, olharam-se por alguns segundos enquanto Nichols rezava e pareciam todos rezar em silêncio, Maggot carregava o pesado rádio de Hux, que agora não era apenas um rádio era o próprio Huxley que os acompanhava, Tank e Mickey checavam os cartuchos da metralhadora, Pink contava suas granadas e seus explosivos e Cricket abraçado a sua BAR. Tinha uma expressão de pânico em seus olhos e nem as risadas de Casper pareciam descontrair o covarde soldado. Casper ria, sim, ria e ruidosamente, mas seu riso tinha sede de sangue, era como a canção que anuncia o massacre, a inocência sumira completamente daquele garoto.

O clima era tenso, Preston alinhou seus homens e ajudou cada um a subir no avião, às dez horas daquele domingo a maior ofensiva aérea da segunda guerra mundial teve inicio. Homens de varias nações livres voavam em direção ao Reno, a ultima grande barreira ao avanço aliado sobre a Alemanha nazista.

A aparente calma nos olhos de todos disfarçava o desconforto da aeronave, estavam todos de volta ao Big Lady e isso trazia lembranças do salto sobre a Normandia, felizmente agora era dia e não iriam se espalhar pelo campo, algumas horas depois a luz verde acendeu e os pára-quedistas perfilaram-se iniciando a contagem, um a um foram saltando e ao final o sargento dando um breve até logo aos pilotos deixou a aeronave.

O céu azul dos países baixos encheu-se de pequenas “nuvens” brancas que desciam lentamente os homens aterrissavam e logo se agrupavam, não foi diferente com a companhia fox, porém:

- Sargento, onde caímos dessa vez? Não há nenhuma ponte por aqui.

- Cale-se Cricket preciso pensar, Maggot pegue logo esse mapa e venha comigo!

- Sim Senhor!

Logo o soldado e o sargento se afastaram por alguns instantes do resto do grupo, Preston agitava os braços nervoso e voltou falando em alto e bom som:

- Pilotos malditos. Não sabem onde jogam a gente, quando sairmos daqui juro que vou bater naqueles dois até que nem as mães deles os reconheçam. Muito bem, vamos andando moças estamos a algumas horas do nosso objetivo! Movam-se!

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Os soldados marcharam pelos campos holandeses, até que Pink deu fez um sinal e todos se abaixaram, o sargento atento a estrada viu um pequeno transporte alemão com alguns soldados, seria difícil carregar todos naquele carro, mas era melhor alternativa do que andar a pé e Preston disse:

- Casper, Nichols, quero os dois prontos pra atirar ao meu sinal, o resto de vocês esperem que os Krauts estejam parados e acabem com o que sobrar, Tank poupe a munição da metralhadora.

Os soldados consentiram com a cabeça e um pequeno diálogo em voz baixa ocorreu entre os dois atiradores:

-Casper você pega o motorista que eu fico com o passageiro

- Claro Nichols, se você quiser posso matar os dois facilmente.

- Não duvido que possa rapaz, mas um deles falando seria muito útil.

O sargento esperou o momento certo e deu o sinal para que Casper e Nichols agissem, dois tiros foram ouvidos o carro saiu da estrada parando alguns metros depois, os soldados foram checar os corpos, o motorista invariavelmente morto, a mão de Casper era cruel, já o passageiro ainda respirava, baleado no ombro fora nocauteado por Timmy assim que este chegou próximo ao carro e gritou;

- Sargento temos um problema!

- Fale logo o que é!

- Melhor o senhor mesmo ver.

Preston chegou mais perto do carro e pode observar aquilo que tanto alarmara o médico, preso ao uniforme dos dois ocupantes do carro um símbolo de aço estava preso, SS.