69 Tons De Edward.
Capítulo 16
Pingos.
Era apenas isso que sentia enquanto corria.
Respirei fundo para pegar ar e continuei correndo.
Joguei meu corpo sobre a enorme porta da boate e senti um tapa frio em meu rosto.
Respirei fundo como nunca antes.
Era como se meu corpo precisasse daquilo.
Lágrimas brotavam em meu rosto mas não consegui deixá-las livres para passear por meu rosto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Eu era mais forte do que isso.
Uma garota forte não chora. E muito menos da esse ataque, mas, infelizmente, foi mais forte do que eu.
- Estupida. - Bati minha mão em minha testa em reprovação.
Todo aquele teatro de "não-gosto-de-você-Edward" não valeu de nada.
Porque em menos de um minuto eu não aguentei e fugi.
Fugi porque tive medo de enfrentar o casal que agora estava na minha frente.
- Bella. - Fixei meu olhar em algum outro lugar sem ser no Edward. - Isabella. - A Barbie falou alguma coisa mas não consegui ouvi-la. - Olhe para mim. - Um carro passou e com o vento levantou um pouco minha blusa. - Olhe para mim quando estou falando com você, Isabella.
Meu olhar caiu diretamente nele.
Fiz o máximo para não piscar.
Sei que minhas lágrimas iriam me entregar.
Seu olhar era de preocupação e raiva.
- Agora. - Ele falava pausadamente. - Você. Vai. Entrar. E. Me. Contar. O que. Aconteceu.
Meu olhar foi para longe dele e mordi meu lábio.
- Na... Nada.
Sua mão cercou meu queixo e senti seu olhar queimando o meu.
Engoli a seco.
Eu estava com medo de Edward Cullen.
- Você esta surda ? - A loura falava ao telefone e não ligou a minima para meu rosto vermelho de dor.
- Edward. - Sua mão apertou mais meu queixo. Ele queria me machucar. Ele estava ali ainda para me punir. - Pa... Para.
Ele segurou em meu pulso com a outra mão e me levou até o beco ao lado da boate.
Tanya gritou para ele mas ele não respondeu.
E ela não veio atrás.
O beco estava escuro e cheirava a urina e álcool.
Ele jogou meu corpo na parede e com o impacto acabei caindo ao lado de várias latas de lixos prateadas.
- Você não sabe o quão ridícula é. - Ele caminhava até o local onde eu estava no chão.
A seus olhos eu era apenas um inseto. Um inseto que ele poderia brincar e depois matar fácil.
Me encolhia cada vez que Edward se aproximava.
Passei meus braços por meu joelho e senti lágrimas queimando meu rosto.
- Edward. - Minha voz saiu desesperada. - Por favor.
Sua risada foi irônica.
- O que foi, Bellinha ? - Ele ajoelhou a minha frente. - Esta com medo ? De mim ? - Seu indicador passeou por meu rosto.
- Você vai me matar. - Eu não conseguia encará-lo. Olhava para o chão sujo apenas.
- Se eu matá-la... - Ele segurou nos dois lados de meu pescoço e ergui meu olhar.
Sabia que iria morrer.
E se era para morrer, morreria olhando meu assassino.
Seus lábios se contorceram em um sorriso e ele continuou :
- Como eu vou conseguir sobreviver ? - Sua voz saiu calma para a situação.
Um calafrio percorreu meu corpo.
Mesmo assim, ele se importa, meu Deus.
- Então você não vai... - Ele me calou com seus lábios sobre os meus. Não retribui. Quero dizer... Eu ainda estava com medo. Não posso, simplesmente, beijá-lo.
- Me beije. - Ele ainda estava de olhos fechados mas agora seu rosto se encontrava na curva de meu pescoço.
Ele apenas sentia meu cheiro.
- Edward ! - A Barbie de preto apareceu no início ou fim do beco, depende do lugar em que você se encontra já que o beco não tinha um final. - Cadê você ?
- Estou aqui, querida. - A decepção invadiu meu ser novamente e simplesmente o afastei.
- Estamos atrasados. - Meus olhos faiscaram e juro que controlei para não ir até ela e arrancar todo o silicone dos seios dela.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Estou indo, amor.
Ah, legal.
Edward chamando alguém de amor... E esse alguém não sou eu.
Mais feliz do que eu ? Não existe.
Mordi meu lábio.
- Vá, Edward ! - Murmurei.
A verdade é que eu não queria dizer isso e não queria ter que observar o meu Edward me encarando com seu olhar mais "desculpa-bebê" e ir até a Barbie.
Respirei fundo e esperei até as sombras do casal desaparecer para sair do beco.
Mordi meu lábio e deslizei minhas mãos até o bolso traseiro de meu jeans.
- Hei. - Uma voz conhecida chamou. Virei para trás e me deparei com seus maravilhosos olhos chocolates me encarando. - Bella !
Um sorriso sem explicação brotou em meus lábios quando murmurei seu nome :
- Jake !
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