Cartas Do Passado
Olhos nos olhos
(Alguns dias depois).
Elizabeth permanecera em Londres até que arrumasse um novo emprego e, devido à novela de Wickham, levaria algum tempo até que conseguisse.
Não que estivesse triste por se livrar daquele porco inútil e estúpido. Estava tão feliz que poderia gritar! E ainda havia Fitzwilliam...
Ah, Fitzwilliam! Era um cavalheiro completo e, por todos os mares da Terra, como não percebera aquilo antes?
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Darcy estava mais solto, porém a moça ainda sentia que havia uma certa reserva por parte dele. Não o culpava, claro, mas não parava de pensar em como rachar aquela fina fronteira entre eles.
Parece que este era um caso da frase: "o tempo cura tudo".
Depois do expediente, encontram-se naquele dia e foram andar na grande roda gigante da cidade. Elizabeth estava completamente maravilhada com aquele "monstro"! E ficou ainda mais feliz quando Fitzwilliam prometeu mostrar a ela a Abbey Road.
Caminharam pelas ruas, onde Lizzie comprou um chapéu de turista, e tomaram um sorvete. O passeio estava maravilhoso e, embora não houvessem se tocado nenhuma vez (como Elizabeth morria pelo toque de Fitzwilliam!), a moça não tinha do que reclamar. Não se divertira como naquele dia em longos dez anos.
Seu celular recém-adquirido tocou. Era Jane:
- Lizzie, querida, você está ocupada? Tenho uma novidade maravilhosa para você!
- Pode falar, Jane! - Respondeu, pedindo um minuto para Will.
- Eu e Charles estamos juntos! Namorando! Apaixonados! Como nos velhos tempos...
Elizabeth começou a pular de alegria.
- Não acredito! Que maravilha, meus parabéns! - e mal pôde perceber que Darcy corava, já que os londrinos são muito reservados.
As duas trocaram mais dois gritinhos e desligaram. Elizabeth não pôde se conter, já que parte do sucesso se devia a ele: pulou em cima de Fitzwilliam e o abraçou muito apertado.
- Obrigada, Will, obrigada! - e o olhou nos olhos.
O mundo em volta dos dois desapareceu. Elizabeth ficou subitamente consciente das mãos do rapaz sobre sua cintura, dos olhos profundos e de que a boca dele estava a centímetros da dela.
Retirou o chapéu de sua cabeça e colocou na do rapaz, deslizando sua mão no rosto do Darcy, acariciando-o. Não soube muito bem o que fora, mas logo os lábios de Fitzwilliam estavam esmagados sobre os seus.
Os dois soltaram um suspiro de felicidade e mal perceberam os passantes que os aplaudiam. O mundo era somente deles.
Quando o beijo acabou, ambos estavam arfantes e levemente envergonhados.
- Se eu soubesse que seria assim, Will, - disse Elizabeth, audaciosa. - beijaria você todos os dias desde que o conheci. - E deu-lhe um selinho.
Darcy ficou roxo de vergonha; seu sorriso, porém, expressou toda a felicidade que sentia.
Mal podia acreditar. Ele e Elizabeth!
Abraçou-a novamente, deu-lhe um beijo na testa e, de mãos dadas, terminou de mostrar as partes mais bonitas de Londres.
A narradora que vos fala ousa dizer que Elizabeth não prestou muita atenção no passeio, já que seus olhos não se desgrudavam de Fitzwilliam.
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