A New Someone

Capítulo 48 - Abyss.


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“Eu me sentia como se estivesse em um precipício, sem ninguém para me segurar. Ninguém que se importasse ou que percebesse.” – Titanic


~Flash Back~


Seus passos eram rápidos e – de certa forma – apreensivos.


Sabia que devia explicar a Rogue o porquê do que havia feito, sabia que poderia haver uma discussão, mas – ainda sim – rezava para que o moreno acreditasse em suas palavras.


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Por deus, não queria imaginar-se longe dele.


Suspirou, apertando mais os nekos em seus braços.


Desde que concluíra a batalha Rogue andava lhe dando olhares nada... Convidativos.


Mordeu os lábios ao notar que estava apenas a algumas passadas do moreno, este que se escorava em na pilastra de sustentação daquela área.


Engoliu em seco antes de tomar fôlego e continuar o percurso.


Parou frente ao namorado encarando-o com certo receio, não era para menos, afinal havia beijado outro em sua frente... E na frente de um estádio lotado, mas claro que não fora um beijo de amor. Com certeza não.


– Rogue-kun... – murmurou vendo-o fita-la intensamente.


Era um olhar analítico e quase ameaçador, com uma pitada extrema de ciúmes e possessividade.


Claro que ainda havia mais, mas Lucy sabia que se olhasse muito fundo naquelas orbes carmim padeceria entre lágrimas de arrependimento frente a ele.


E não, ela não queria chorar. A última coisa que precisava agora era chorar.


– Frosch, Lector. – os pequenos tremeram nos braços da “mãe” ao ouvirem aquele tom de voz vindo do Cheney. – Poderiam ir para junto do time, preciso ter uma conversa seria com a Lucy.


Não fora um pedido, fora uma ordem.


Uma ordem dura e convicta.


E não demorou mais do que segundos para tal ordem ser atendida.


Os pequenos voaram para longe. O pesar entre eles chegava a ser palpável.


E assim o silencio pairou.


Lucy encarava o chão, como se o mesmo fosse uma das mais belas paisagens a ser contempladas. Rogue – por sua vez – fitava, no auge de sua paciência, a Heartphilia pelo qual se apaixonara e que – algum dia – certamente o faria cometer um assassinado mediante suas loucuras.


– Então? – fora uma indagação seca. E apesar de tudo a loira ainda permitia-se manter em silencio.


O tremeluzir das chaves em seu molho lhe indicava que seus espíritos – desde os mais novos até os mais antigos - sentiam sua inquietação e seu medo. Mas a chave que mais chamara sua atenção fora a de Dante.


Dentre todos, aquele era o espírito que mais se sentia na necessidade de proteger a loira, ainda mais de prováveis decepções.


– Vamos Lucy eu quero uma explicação para aquilo! – novamente a voz do Cheney ecoara fazendo-a encolher-se.


O moreno já perdera toda e qualquer paciência que lhe havia restado enquanto aproximava-se, em passos pesados e afoitos, em direção a única garota capaz de lhe arrancar de seu estado de paz interior.


Agarrou-a pelos ombros, obrigando-a a olhá-lo nos olhos.


– Me desculpe... – murmurou-a com um suspiro cansado. – Eu realmente sinto muito Ro...


– Sente muito?! – indagou-o irônico. – Você me traiu droga!


Franziu o cenho por alguns segundos, ele se quer lhe dera tempo de continuar o que ia dizer.


– Rogue. – fora a vez de ele tremer mediante o tom usado, mas não fora o suficiente para fazê-lo recuar. Pisara em terreno perigos e agora não tinha volta.


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Abriu a boca para continuar com seu pequeno – não tão pequeno – discurso, mas antes que qualquer palavra pudesse ser dita pelo jovem Dragão, a loira tomou seus lábios em um beijo que o pegou totalmente desprevenido.


Rendido ao sabor dos lábios da loira... Do toque... Do prazer de tê-la em seus braços. O Cheney permitiu-se agarrá-la e a prensar contra a pilastra que a pouco estava escorado.


Foram beijos e mordidas.


Eram poucos os segundos em que o ar lhe traia, mas não demorava muito para que tornassem a se afogar nos beijos novamente.


E diante da pouca sanidade que ainda lhe restava, Rogue se afastou, suspirando desgostoso diante da forma como se entregara a ela.


Ainda prensando-a contra a parede o moreno abaixou a cabeça, apoiando-a sobre o ombro desnudo da maga.


Estava frustrado consigo próprio. Inconformado por seus instintos draconianos falarem mais alto sempre que Lucy – e seus lábios doces e macios – estavam envolvidos.


– Rogue... – sussurrou-a em seu ouvido. O moreno tremera mediante o tom suave de sua voz. Era quase sedutor... Quase malicioso... Quase o tirando a pouca sanidade... Quase o levando a fazer uma loucura. – Eu realmente peço desculpas pelo que aconteceu, mas, por favor, acredite em mim. – fora um misero murmúrio simples. Mas ainda que este carregasse pesar, tais palavras marcaram a mente do jovem Dragão. Nos olhos avelanados ele viu arrependimento. – Eu não lhe trai.


– Não foi o que eu vi... – resmungou baixo tornando a desviar o olhar da face alva da Heartphilia. Mais um pouco e novamente ele cederia ao encanto sombrio da mesma..


E assim a maga suspirou.


– Veneno...


– Como?


– Foi um veneno. – comunicou-a. – Aquele beijo aconteceu para que eu pudesse envenenar o Mizuki. – e assim permitiu-se fechar os olhos enquanto sentia o olhar do moreno sobre si. – Me desculpe caso o irritei... – continuou abrindo os olhos para encarar as orbes rubras do Cheney. – Sinto mesmo por isso, mas eu não podia deixá-lo passar impune depois do que fez com os espíritos estelares. Perdoa-me, por favor... – e as últimas palavras fora um murmúrio choroso, quase sofrido.


As lágrimas teimavam em querer mostrarem-se, mas Lucy as negava a todo custo. Não podia chorar. Prometeu a Rogue que não o faria... Prometeu...


Mas fora impossível impedir que a única lágrima cristalina escorresse por sua face de anjo.


Gentilmente o mago das sombras permitiu-se secar a primeira – de tal vez muitas – lágrima que escorria.


– E-Eu... – sequer houve tempo para que sua voz ecoasse quando, calmamente, o Cheney tornou a unir seus lábios aos da loira.


Isso fora o bastante para que as lagrimas escorressem uma após a outra.


– Eu entendo Lu... – murmurou-o após separar suas bocas. Fechando os olhos o moreno colou sua testa na da Heartphilia. Um suspiro sôfrego atravessou seus lábios. – Só... Não faça de novo, ok?


~Fim Flash Back~


...


– Você parece apreensiva, Fullbuster. – pronunciou o albino com um leve sorriso de canto. Era quase cômico saber que seu rival possuía uma irmã.


A morena limitou-se a um dar de ombros.


– Não pense que por ser irmã do Gray irei pegar leve com você. – afirmou, logo partindo para cima da adversária. – Ice Make: Lance!


Yuuki desviou graciosamente do ataque, mas nada fizera em resposta.


Novamente o albino avançou contra si.


Ice Make: Water Serpent! – desta vez não fora apenas uma serpente, mas sim varias. Mais atrás de si vinha Lyon com um par de espadas de gelo em mãos.


A Fullbuster engoliu em seco notando ser um pouco complicado escapar daquilo. Teria de atacar. Algo rápido e simples. E que não machucasse muito seu amado.


Respirou fundo abrindo os braços e fechando os olhos.


– Arte secreta da caçadora de deuses... – as serpentes próximas desfizeram-se apenas com o entoar de tais palavras. O albino via-se de olhos arregalados, ainda mais quando pequenos flocos de neve negra que formaram-se flutuando ao redor da maga. – Zettai Rei!


Os pequenos cristais escuros ao redor da maga uniram-se formando uma camada espessa de gelo negro ao redor de si. Sem aviso prévio a mesma camada de expandiu mandando o Vastia contra uma das diversas paredes que cercavam a arena, isso antes de desfazer-se no ar.


Os gritos da platéia foram de pura euforia.


– Uma God Slayer!? – gritou Chapatiola, contagiado pela adrenalina dos espectadores. – Yuuki Fullbuster é uma God Slayer de Gelo?


A morena suspirou frustrada. Nunca acertavam a seu respeito.


– God Slayer de Água e Gelo, na verdade... – murmurou com olhar vago.


– Não importa! Vencê-la-ei! – concluiu o albino erguendo-se.


A garota deu de ombros mais uma vez.


Yuuki apenas manteve-se parada observando a aproximação do Vastia. Seria um golpe certeiro – e talvez definitivo -, isso se ele não houvesse parado a centímetros de si.


– Por que não se defende? – indagou-o com certa irritação. Queria vencer, mas o queria de forma limpa e justa.


A jovem limitou-se a desviar o olhar. Ele estava perto demais de si.


– Não posso... – fora tudo o que respondera.


– Por quê? – indagou-o, tendo apenas o silencio como resposta. – Vamos me diga! – desta vez sua voz soara mais alto.


– Yuuki. – gritara Minerva de seu lugar entre os magos da Sabertooth. Fora apenas uma troca de olhares, mas isso bastou para que a jovem Fullbuster entendesse.


– Eu não quero... Machucar-te... – murmurou ao fim.


– Por...


– Eu te admirei por tanto tempo. – continuou vagamente, mantendo o olhar fixo no chão. – Quando criança, logo após perder minha família, depois de Ur ter me posto o mais distante de qualquer salvação que me restasse. Eu consegui encontrar minha luz. – confidenciou-a tristemente. – Foi você Lyon. Foi quando eu lhe vi treinando magia de Gelo com a Ur, que eu decidi. Eu me tornaria forte, para um dia ficar próxima da pessoa que amo.


O mago albino recuou um passo, caindo sentado logo após isso. Havia sido informação demais para si.


– Encontrei Haku o Deus de Gelo, e Himari a Deusa de Água e esposa de Haku – continuou. – Eles me treinaram, e quando fiz doze anos, ambos me abandonaram. – havia lágrimas nos olhos escuros da moça. – Por cinco anos lhe procurei, até o encontrar em Galuna. Você não estava sozinho. Yuka, Tobi e Sherry estavam com você. Eu vi. Mas mentiram para ti naquele tempo... – ela o encarou. – Eu mesma poderia ter quebrado o gelo que prendia Deliora, na verdade fui eu quem o enfraqueceu para ti. E eu o fiz, não apenas para te ajudar. – Admitiu. - Eu odeio a Ur com todas as minhas forças e naquela época o que eu mais queria era que qualquer resquício dela desaparecesse.


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– V-Você... – gaguejou-o de olhos arregalados. Era notável os olhos marejados do albino.


Gray mantinha-se paralisado perante aquela declaração. Era surreal demais para si. Esteve tão perto, e ao mesmo tempo tão longe, de sua única família.


Como não notara ou sentira a presença da irmã? Como?


A maga apenas aproximou-se, e se ajoelhou frente ao Vastia.


– Não tenho o direito de ficar ao seu lado, perto de você, ou mesmo te amar... – sussurrou-a. – Mas não posso evitar esse sentimento. – e assim pôs uma das mãos sobre o coração. - Por isso peço perdão pelo que farei agora...


E antes que qualquer palavra pudesse ser dita a jovem Yuuki Fullbuster aproximou sua face do albino, e gentilmente o beijou.


– Sei que me odeia pelo que fiz, compreendo bem. Você amava sua mestra assim como meu irmão ama. – informou com um sorriso, apesar de que podia-se ver uma lágrimas solitária e fria escorrer por sua face. – Espero que seja feliz com a pessoa que você ama Lyon. – murmurou antes de erguer-se. – Eu desisto dessa batalha. – dito isso partiu em direção a área dos Tigres deixando um atônito Lyon Vastia para trás.


Após alguns minutos o albino também se retirou, o mesmo ainda estava em choque por tudo que lhe fora dito.


– B-Bem... Vamos continuar. – anunciou Chapatiola.


– Pobre Yuuki-chan... – lamentou a princesa secando os olhos com um lenço oferecido pelo ex-membro do conselho.


– Próxima luta será das Sereias Arania Web e Beth Vanderwood, contra ninguém menos que os Imperadores Dragões, Sting Eucliffe e Rogue Cheney!


As moças tremeram.


De tantos magos ali contra quem lutarem, tinham de pegar logo eles?


Em pouco tempo os quatro se encontravam ao centro da arena.


E não fora menos que esse tempo para a partida começar, e ter um fim.


Sting e Rogue haviam ganhado sem se quer precisar se esforçar. Não que as sereias fossem fracas, apenas estavam longe de ter uma resistência – ou capacidade mágica – que conseguisse confrontar verdadeiramente a dos Dragões Gêmeos.


No meio tempo em que a luta se desenrolava, uma jovem peculiar fizera uma visita aos Hunters.


Possuía uma proposta única para os mesmos, proposta essa que não poderia ser negada... Nem que quisessem.


– Penúltima luta do dia será Caçadores contra Fadas! – anunciou Chapatiola em um de seus surtos de adrenalina.


– Yasumi Yamamoto e Yusuke Harumaki, Gajeel Redfox e Lisanna Strauss. Por favor, os quatro se posicionem ao centro do estádio. – pediu o mascote.


– Vai Lis! Não perca cabeça de lata! – gritou Natsu de seu local junto ao time. O restante da Fairy Tail apenas gritava incentivos para ambos os magos.


Todos exceto pela pequena Marvel que não se encontrava no local, o que preocupava sua gata, Charles - esta que já havia notado a mudança na personalidade e em algumas ações da jovem maga -, e por Gray que ainda se encontrava atônito perante o que ouvira há pouco.


A dupla de caçadores aproximou-se calmamente.


A maga, esta sendo dona de cabelos esverdeados curtos – na altura do queixo – e olhos dourados como ouro, sorria de forma gentil. Diferente do companheiro que aparentava está alheio a tudo e quase todos.


Logo ao se aproximarem ambas as duplas se analisarem, isso antes do jovem Harumaki se pronunciar a respeito da maga take-over menor.


– Você é feia. – fora tudo o que dissera. Mas apesar de tudo arrancara risos da platéia, da companheira e um som baixo de Gajeel, som que se mostrava uma risada bem incomum e introvertida.


A albina fechou a cara, inflando as bochechas de forma um tanto infantil, enquanto cruzava os braços.


– Você é que tem um gosto ruim para garotas – pronunciou-a.


– Não, eu não tenho. – comunicou erguendo o braço e apontando para a albina do time Meia Lua. – Aquela albina ali, certamente, não é feia. Teimo em dizer que é uma Deusa diante de tamanha beleza e poder.


– Porra Mira, ganhou o gatinho ruivo! – gritou uma voz, que presumia-se ser de Minerva.


Logo o rapaz corou enquanto os risos não cessavam.


– Viu, você que é feia mesmo... Vovó. – riu a esverdeada. – E ainda é uma tabúa!


O Redfox não conteve a gargalhada depois daquele comentário.


– Eu vou acabar com você! – rosnou a Strauss.


– Estou esperando... – comentou ironicamente a maga de olhos dourados sorrindo.


– Comecem! – anunciou o mascote desaparecendo do centro da arena.


Lisanna avançou primeiramente assumindo sua forma “tigresa”. Antes mesmo de alcançar a dupla seu corpo parou no ar enquanto a esverdeada apontava o dedo para si.


– Vamos cantar... – comentou Yasumi alegremente. – A dona aranha subiu pela parede... – e assim moveu a mão para a esquerda. Brutalmente o corpo da maga albina chocou-se contra uma das paredes do estádio desfazendo o take-over. - ...veio a chuva forte... – novamente o corpo da maga flutuava, desta vez de uma altura considerável. - ...e a derrubou. – em um aceno Lisanna chocou-se com brutalidade contra o chão, ficando semi-inconsciente no processo. – Ué ela não ia “acabar” comigo? – indagou a moça, inocentemente, ao ver que sua adversária já estava inconsciente, ou no caminho para tal, enquanto o sangue se empoçava abaixo de si.


Logo suspirou e se afastou.


– Amiga estranha a sua. – comentou o Redfox para o Harumaki, ambos apenas assistiam a luta.


– Não viu foi nada... – lamentou o ruivo. – Vamos lutar...


Sequer teve tempo de falar quando um ataque já era direcionado a si.


Tetsuryuno Hoko! – o ataque seguiu em direção ao ruivo e, por pouco mais que alguns centímetros, não o acerta devido ao tropeço que o jovem teve para desviar.


– Arte negra do Imperador dos Relâmpagos... – começou após recuperar-se, logo seguindo em passos rápidos em direção ao moreno, este que também avançava contra si.


Tetsuryuu Ken! – o braço do moreno apenas esticou-se como uma espada ganhando uma coloração metálica enquanto este avançava.


Arashi no Fuku! – e de súbito Yusuke parou, puxando o ar com força e soltando sua magia de tal forma que aparentava bastante ser um rugido de Dragão, claro que de proporções menores, e mais controlado.


Com facilidade Gajeel desviou do ataque e em segundos atacava o Harumaki pelas costas.


Fora um corte rápido na diagonal, mas o corpo do ruivo desfizera-se em água em segundos.


– Tsc. – retrucou o Dragon Slayer.


– Estilo Demoníaco... Choshinsei! – se quer houve tempo para pensar. Em um segundo o ruivo caia contra o moreno, e no momento seguinte labaredas invadiram a arena e brilharam nos céus.


Em meio ao fogo era possível avistar apenas o brilho esverdeado dos olhos de Yusuke.


Taifu no Me! – murmurou o mago ruivo, o que não passou despercebido pelo Dragon Slayer, apesar de que era um tanto tarde para qualquer investida.


Todo o fogo havia sido atraído para o redor do mago de cabelos negros. Aos céus um olho de furacão se mostrou e logo as chamas que rodeavam Gajeel tornaram-se mais intensas, tão intensas que a visão e o olfato sensíveis do Dragon Slayer estavam sendo perigosamente prejudicados.


– D-Drog-ga... – resmungou apoiando-se sobre um dos joelhos.


Nem mesmo a sombra estava funcionando. Fora quando ele percebeu, não havia apenas fogo em sua volta. Havia o ressoar suave e baixo da estática entre as chamas... E o chão abaixo de si... Estava molhado.


Keimusho no Mizu! – ao soar de tais palavras vindas do Harumaki, toda a água que antes, escorrera molhando o chão abaixo do Redfox, logo prendeu o moreno em uma bolha esta que era cercada por um anel de fogo e por raios que eletrificavam o liquido quase torturando o Dragão de Ferro.


– Pare! – ouviu-se um grito choroso na platéia.


O ruivo apenas limitou-se a observar a azulada fitando, entre lágrimas, a si próprio. Desviou o olhar para a Heartphilia que assistia a tudo.


Era uma pergunta muda ali, e a loira entendeu rapidamente isso, respondendo ao ato com um sorriso travesso e cruel.


Novamente o olhar do ruivo foi-se para o moreno contorcendo-se devido à falta de ar e aos choques.


Mais um pouco e Gajeel cairia inconsciente.


– Arte suprema do Deus do Trovão... – sussurrou fechando os olhos, a inexpressão dominava completamente sua face fria. Trovão era o ponto fraco para ele, afinal metal atrai aquele elemento tão fácil quando um imã atrai outro. – Zeusu no Ikari!


E de súbito um forte e ressoante trovão encobriu – e cortou – todos os sons do estádio. Mais alto que este fora apenas o grito dolorido e agonizante de Gajeel, seguido ao de Levy.


Em passos lentos e preguiçosos o Harumaki seguiu para o lado de sua companheira.


O silencio compreendedor manteve-se entre eles, mas logo fora cortado pelo ecoar de passos rápidos em direção aos mesmos.


Quando o ruivo virara-se fora apenas a tempo de ver Natsu e Gray indo contra si, mais atrás podia-se ver Erza rangendo os dentes e seguindo em passos pesados em direção aos rapazes. Por fim Lisanna e Gajeel estavam a ser atendidos pelos paramédicos.


Antes mesmo que a dupla alcançasse Yusuke e Yasumi uma calda grande e pesada entreviu a passagem destes.


A grande serpente bloqueou a súbita investida do rosado, tal como destruiu completamente o terreno em que Gray se encontrava, apenas com a calda. O moreno apenas se salvara por que pulara no ultimo segundo.


– Saia da minha frente! – gritou Natsu.


A criatura de escamas esverdeadas apenas manteve o olhar fixo no rosado enquanto sua língua bifurcada escapava de sua boa vez ou outra.


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Karyuno Hoko! – sem pensar duas vezes o Dragneel soltou seu rugido contra o animal, mas antes mesmo de atingir a criatura este fora cortado e as chamas desapareceram.


– Basta! – a voz de Lucy soou alta. – Volte para seu lugar Dragneel à luta acabou.


– Lu...


– Vá antes que sejam desclassificados por suas idiotices! – mandou.


– Você não é da nossa equipe para mandar em nós. – retorquiu Gray.


A loira sorriu de forma cruel.


– Quer fazer companhia para o Mizuki-kun na enfermaria, Fullbuster? – indagou-a.


– Você fez de prop...


– Fiz. – comunicou friamente. – E faria novamente sem pensar duas ou três vezes – continuou. – E farei pior aos dois se não irem para seus lugares nesse mesmo instante. – concluiu acenando para que a serpente de água desaparecesse.


Os Fairy’s tremeram ante o tom daquelas palavras, nem mesmo Erza Scarlet soava tão assustadora.


– Algum problema? – indagou a dita Scarlet.


– Sim. – afirmou a Heartphilia sem medo. – Cuide para que esses ai não se descontrolem, na próxima não me conterei em pará-los da pior e mais dolorosa forma – anunciou finalmente, antes de dar as costas e acenar brevemente, em nenhum momento viu-se temor por estar diante da poderosa titânia.


Ouviu-se alguns murmúrios por todo o estádio enquanto esperava-se ser anunciado quem disputaria a luta final.


Dez minutos após ser anunciado os vencedores da partida anterior – Yusuke Harumaki e Yasumi Yamamoto – o mascote, Mato, proclamara os participantes da partida final.


– A última luta será Sabertooth versus Fairy Tail! – a platéia foi ao delírio, afinal lutas entre fadas e tigres sempre são emocionantes. – Natsu Dragneel... – o rosado comemorou em seu lugar por poder, enfim, lutar. – contra Minerva Orland.


Ao ouvir tal anuncio a loira apenas riu levemente.


– Será patético demais – comentou, mais para si do que para a albina ao seu lado.


Mira riu.


– Até imagino Lu-nee. – murmurou. – Mi-chan vai dar um show... – antes que a albina pudesse dar continuidade a suas palavras a doce voz da Marvel interrompeu-a.


– Lucy-chan eu posso ficar aqui? – indagou a azulada com olhinhos brilhando.


A loira riu.


– Claro que sim Wendy – e logo após passou a mão pelos cabelos da azulada antes de voltar-se para a batalha.


Já a azulada jogou-se sobre o loiro – Sting – que prontamente a pegara e colocara sobre os ombros a fim de ter uma visão melhor da luta.


Mais ao canto, encostado a parede, Rogue observava atento a namorada.


Mudanças estavam acontecendo, ele notara. Mas não era apenas isso que o preocupava. Ainda lembrava-se do pesadelo que tivera.


As lembranças da dor e do medo ainda estavam nele, na verdade era como se fluíssem dele por algo... Talvez fosse Lucy...


Balançou a cabeça.


Não. Se fosse Lucy ela certamente teria o contado sobre algo assim... Certo?


Esperava que sim.


Suspirou, logo passando a mão pelos cabelos.


– Rogue-kun. – chamou, docemente, a loira. Sua loira. – Algum problema? – indagou-a quando já estava próxima o suficiente dele.


Este limitara-se a negar.


– Está tudo bem... – murmurara fazendo-a pender a cabeça para o lado enquanto analisava as palavras. – Serio Lu. – informou puxando-a pela cintura.


Então a loira permitiu-se dar um largo sorriso para o namorado antes de envolver os braços pelo pescoço do mesmo e beijá-lo com vontade.