A New Someone

Capítulo 47 - Choice.


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“Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das conseqüências.” – Pablo Neruda


– Então Lu? – indagou Minerva.


– Então o que Mi-chan? – indagou a loira distraída.


A morena bateu a mão na própria testa.


Aparentemente a maga não ouvira uma palavra. E era verdade, ela estava mais ocupada pensando em uma forma de explicar ao Cheney – este que lhe mandava olhares nada convidativos – o porquê exatamente beijou aquele mago.


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A loira pôs-se de pé assim chamando a atenção dos presentes.


– Pessoal preciso resolver algo urgente. – comentou inicialmente. – Me encontro com vocês na arena. – assim voltou-se para o namorado. – Pode me esperar fora do estádio?


Rogue limitou-se a um aceno antes de ver a maga sorrir.


– Passarei no alojamento e pegarei Lector e Frosch para irem comigo. – informou casualmente antes de retirar-se, definitivamente, do restaurante.


Aos poucos todos voltaram para seus diálogos ou, no caso de Rogue, para os devaneios internos.


Palavras vagavam livremente. Sorrisos eram a prova da alegria entre os magos, apesar de que tal felicidade mascarava intenções obscuras.


Principalmente de certa maga de olhos esmeraldados.


...


A ruiva caminhava de um lado para outro.


Diabos, aquela não era a Lucy Heartphilia que ela conhecia.


Trincou o maxilar antes de soltar um suspiro penoso.


Estava cansada de tudo isso.


Lembrou-se de que – quando seu olhar encontrou-se com o da loira – viu ali dor... E algo mais. Mas suas ações contradiziam totalmente o que os olhos expressavam.


Todo sofrimento que ela mostrou através das telas no show aquela manha... Não... Sozinha a loira não poderia estar transformando um sentimento em outro...


Mordeu o lábio.


Havia uma peça no quebra cabeça que não estava se encaixando, e pior, bagunçava todas as outras peças.


...


– Sting-kun, ainda temos vinte minutos antes de voltarmos para a arena... – começou a azulada puxando a mão do loiro. – Vamos passear. – e apesar de ser um pedido, soou mais como uma ordem, enquanto arrastava o Eucliffe para longe dos companheiros.


– É impressão minha ou a pirralha ta dando ordens pro Sting? – indagou Minerva de olhos arregalados, arrancando alguns risinhos dos poucos magos que ainda se encontravam frente ao restaurante.


– N-Não... Não é impressão s-sua... – gaguejou Jasmin entre risos. Realmente, era algo hilário de se presenciar.


...


Respirou fundo retirando o molho de chaves – este que antes pertencia ao mago da Lamia Scale – do bolso da calça.


– Mostrem-se espíritos! – ordenou logo pode-se ver o brilho das chaves antes de todos os ex espíritos do Mizuki se mostrarem.


Os primeiros a se mostrarem foram a Rainha, Cassiopeia; o Herói, Perseu; e os três comensais – desarmados.


Mais atrás dos mesmos podia-se contemplar a beleza surreal de uma jovem de cabelos longos e lilases trajando um vestido de seda branca, em seus pulsos e envolvendo seu corpo encontravam-se correntes, está era Andrômeda, a Princesa.


Junto a ela estava um jovem de trajando uma armadura dourada – e ao sol era quase como se esta pegasse fogo – este curvou-se cordialmente para Lucy antes de sorrir-lhe. O mesmo possuía cabelos vermelhos de pontas douradas e olhos que contrastavam em um rubro acastanhado contra a pele bronzeada. Aquele era Phoenix, ou apenas Fênix.


Atrás de Andrômeda podia-se ver uma figura encolhida. Este possuía pequenas orelhas alaranjadas sobre a cabeça e observava – corado – a loira mais a frente. Este era ninguém menos que Leonard, o Leão menor... E irmão mais novo de Loki.


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Vendo o olhar da criança sobre si a loira apenas sorriu para ele fazendo o mesmo esconder-se por trás da mulher de cabelos lilases.


Baixando o olhar a Heartphilia deparou-se com um “plue” parecido com o seu, ou melhor, parecido com como o seu era antes de transformar-se em um espírito negro.


Era pequeno, todo preto rajado de branco e sorria pedindo estendendo os bracinhos pedindo colo. Era o Canis Major, ou Cão Maior, Rufus.


Por fim, após por o pequeno espírito nos braços, Lucy pode ver uma figura mais afastada das outras.


Era serio e emanava uma áurea de arrogância e teimosia.


Tinha cabelos negros longos onde se destacavam diversos enfeites metálicos. Trajava uma túnica feita de seda e ouro. Seus olhos eram negros, tal como os cabelos. E sua face era marcada por um olhar de pura arrogância.


Em seu pulso esquerdo havia um bracelete em forma de cabeça de leão.


– Ora, quem diria que até você sucumbiria... – comentou a loira de sobrancelha erguida.


– Tsc, cale-se humana. – resmungou, fazendo a Heartphilia rir. Aquele era ninguém menos que Rá um dos mais lendários espíritos celestiais, o Deus do Sol e o Comandante do Signo de Leão.


Novamente Lucy permitiu-se suspirar antes de voltar o olhar para o restante dos espíritos recém chamados.


– Então...? – começou-a. – Vocês estão livres. – disse por fim depositando o pequeno “Rufus” no chão.


– Como... Assim? – indagou o pequeno comensal de cabelos alaranjados.


– Livres ué... Não era isso que queriam, liberdade? – indagou a loira pendendo a cabeça para o lado. – Ai está, são livres para escolher o dono que quiserem.


– Mas... E se quisermos ficar com a Lucy-sama...? – indagou novamente o comensal fazendo a Heartphilia arregalar os olhos. – Nós... Poderíamos...?


E assim a loira sorriu.


– Mas é claro que sim. Só tem um problema... – voltou a suspirar. – Minha magia... Bom ela não afetaria vocês... – apontou para os comensais. – Mas o restante mudaria...


– Eu não me importo. – Sorriu Phoenix.


– Eu sempre quis uma mestra linda. – sorriu Andrômeda batendo palmas. – Com certeza eu fico.


– Eu posso chamar... Lucy-sama de... One-sama? – indagou o pequeno leão voltando a observar, com seus brilhantes olhos de safira, a loira.


– Claro que sim. – riu-a.


– Ficaria honrado de servir tão bela dama. – anunciou Perseu.


– Espero que possamos ser grandes amigas Lu-chan! – comunicou Cassiopeia com um largo e radiante sorriso.


A seus pés o Cão Major voltou a pedir colo, aquilo mostrando que ele realmente queria ficar com a Heartphilia.


– Hydra e Hydrus também querem ficar – pronunciou um dos comensais com um sorriso.


– Então só falta... – começou Andrômeda, já sendo interrompida.


– Me recuso! – afirmou Rá.


– Isso já era esperado de você... – comentou o comensal de cabelos acinzentados.


– Sendo assim... – a loira seguiu em direção ao Deus que lhe olhava de forma especulativa. – Aqui... – e assim entregou a chave transparente, feita de puro Diamante, para o espírito.


Este, mesmo que hesitante, tomou posse de sua chave novamente.


– Espero que um dia possamos ser amigos. – sorriu a maga tendo o olhar assustado do Deus sobre si.


Quem diabos em sua sã consciência negaria a chave de um dos espíritos mais poderosos do mundo – talvez do universo – mesmo tendo posse da mesma por direito...?


E antes que o espírito pudesse pronunciar algo a loira já voltava para os novos amigos que ganhara, estes que já estavam a se enturmar com Dante – e alguns poucos outros espíritos que vieram por conta própria.


“- Espero que um dia possamos ser amigos.”


As palavras tornaram a ecoar mais e mais pela mente da poderosa divindade. Observando o sorriso sincero da Heartphilia junto aos dos nekos próximos, e do restante dos espíritos também. Rá permitiu-se um sorriso - um sorriso triste devo acrescentar.


Dando as costas o Deus distanciou-se daquela possível “festa”.


– Se você sobreviver ao seu futuro... – murmurou-o. – Se sobreviver, certamente, poderemos ser amigos... Lucy Heartphilia.


...


– Estou te mimando demais... – resmungou o loiro saindo da doceria com uma sacola de balas, jujubas, e outras guloseimas açucaradas.


Riu logo após o próprio comentário. Wendy era como uma filha para si, mesmo que fosse novo demais para ter filhos.


– Você também gosta de doces. – murmurou a azulada com um sorriso.


Caminharam por alguns minutos antes de sentarem-se sobre um banco abaixo de um salgueiro que havia afastado do parque.


– Wendy... – chamou o Dragon Slayer após alguns minutos de silencio devorando os doces. A azulada voltou-se, com a cara melada, para o loiro. – Você está menos tímida... – comentou analisando a expressão da menina. – Aconteceu algo recentemente?


O olhar da azulada acabou tornando-se distante. Não havia aquele semblante alegre e até um pouco temeroso.


– Eu... Perguntei ao mestre sobre... A Lucy... – começou.


Era notável as lágrimas que formavam-se em seus pequenos olhinhos de mel.


– Como alguém pode ter feito aquilo com ela? Ela sempre foi tão gentil e receptiva com todo mundo. Amava a todos, sem exceções... E eles... Eles ainda tiveram coragem de pisar sobre os sentimentos dela. – sussurrou, quase que em amargura. – Principalmente aquele Dragneel. – rosnou ao fim. – Eu não quero... Não quero sofrer também. Eu tenho medo de algo acontecer e eles me deixarem de lado, como se estivesse tudo bem.


O loiro limitara-se a soltar um suspiro cansado.


Aquela garota era jovem demais para pensar aquelas coisas, mas de certa forma era melhor assim, pois logo cedo abria seus olhos para como o mundo poderia ser.


– Não se preocupe com isso Wendy – murmurou o Eucliffe. – Eu prometi que te ajudaria com sua magia, não é mesmo? – sorriu-o. – Ficarei ao seu lado, assim como a Lucy, Rogue, Rufus, Orga, Minerva... E muitos outros tigres.


– Sting-kun... – chamou-a após minutos de silencio devorando as guloseimas. – Eu... – e então mordeu o lábio melado de chocolate antes de abrir um sorriso largo e decidido.


O loiro observou-a.


Podia ver um brilho incomum em seu olhar. Seu sorriso era resplandecente como o sol – senão mais que o mesmo. Creio que se a garota ali presente não fosse apenas uma menininha de treze ou quatorze anos, Sting Eucliffe conseqüentemente teria se apaixonado por aquele belo sorriso.


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– Eu quero me tornar uma tigresa!


...


– E estamos de volta com as ultimas batalhas do dia! – anunciou Chapatiola ao microfone.


– Estou tão emocionada. – confidenciou a princesa. – Minha priminha realmente mostrou-se incrível e lindamente poderosa! Quase como uma deusa reencarnada! – suspirou em admiração.


– Creio que seja apenas um pouco de excitação de sua parte alteza – murmurou Yazima. – Mas não nego que Lucy-san está, realmente, poderosa e ainda mais bela.


– Bom agora ocorreram três partidas, sendo a primeira luta um contra um, duas lutas duplas e a ultima será disputada pelas equipes que ficaram em quinto e sexto lugar no Music Disput! – berrou o locutor.


Logo fora a deixa para Mato se pronunciar.


– Por favor, apresentem-se na arena Lyon Vastia, pela Lamia Scale e Yuuki Fullbuster, pela Sabertooth. – pediu o mascote.


A morena arregalou os olhos.


Logo de cara ela, e ainda por cima contra ele.


– Boa sorte para mim... – sussurrou antes de por o pé no primeiro degrau da escada.


– Hey, não se preocupe ok? – pediu a outra morena, Minerva. – Se não conseguir fazer isso... Entenderemos perfeitamente.


A Fullbuster acenou em afirmação, mas ainda sim queria tentar ir contra seu amado mago de gelo.


Respirou fundo antes de descer os degraus e seguir para o centro da arena, onde seu oponente já se encontrava.


Receosa, parou frente ao albino.


Em segundos a partida fora iniciada.


Fitaram-se por alguns segundos, mas logo o contato visual fora quebrado pela morena – está já semi-despida.


Onde é que fora se meter?