Dangerous

Dangerous

Pelo jeito que ela entrou,
Eu tinha certeza absoluta
Que havia algo diferente nessa garota
O jeito que ela mexia seus cabelos, seu rosto, suas
curvas
Uma deusa em movimento...

Enquanto ela adentrava a sala
Eu podia sentir a aura de sua presença
Todas as cabeças se voltaram sentindo paixão e
luxúria

A garota era persuasiva
Nessa garota eu não podia confiar
A garota era má
A garota era perigosa

(Trecho de “Dangerous”, do MJ)

Laura Palmer estava em apuros e Harold Smith sabia disso. Ia ficando mais evidente não só a cada história que a linda garota loura contava sobre a sua vida, mas também em seus belos olhos claros. Ele queria salva-la, mas não podia. Ninguém podia. Nem ela mesma.

Ah, mas que histórias ela lhe contava! Ele podia quase vivenciá-las.

Ele fechou a porta assim que Laura saiu e ficou ouvindo os passos dela ao longe, distanciando-se, pisando suavemente nas folhas caídas ao chão.

Às vezes ela deixava-o nervoso, mas mesmo assim Harold jamais tentou faze-la ir embora. Ela dizia que ele era esperto. E talvez por isso, por enquanto ele estivesse seguro.

Laura era tão linda quanto perigosa. Ainda encostado na porta, ouviu o piado distante de uma coruja, como que confirmando sua teoria e tentou não tremer.

Afinal, assim como Laura, as corujas não são o que parecem ser.

Fim.