Quatorze de Fevereiro. Dia dos namorados, e ela estava sentada num banco qualquer na praça da vila do Acampamento, brincando com um cartão pelos dedos e revendo os fatos: Sentada num banco de praça, não pela praça, mas por quem a lembrava, e não pelo cartão, mas por quem ela planejara entregar, e revendo os fatos. Não apenas por rever, mas para encontrar o que fizera de errado.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Um ano atrás, ela estaria naquela mesma praça, no mesmo horário, esperando pelo namorado louro que lhe traria um buquê de tantas flores coloridas. Talvez chocolates, também.
Ela riria e diria a ele que não era necessário, então ele sorriria para ela e diria que a amava acima de tudo.
E foi o que aconteceu. Não com ela, mas com a bela filha do amor que destrinchava sua auto-estima. Não que ela se importasse com isso.
Mas se importava com o fato de vê-lo lá.
No mesmo lugar.
Com outra garota.
Trazendo tantas outras flores coloridas que outrora fora suas. Mas que agora já não eram mais.
E pelo primeiro ano, a garota passou a implicar com a data.
E talvez houvesse algum motivo implícito nisso.
E restava a ela encontrar alguém para entregar um cartão.
Porque apenas ela parecia estar sozinha.
Mas não estava.
Uma lágrima caiu.
Talvez fosse só a chuva.
XXX
Ele caminhava sozinho pelo Acampamento, procurando alguém para quem pudesse entregar tantas quantas flores coloridas e chocolates como todos faziam,
Mas ele não tinha.
Ou pelo menos achava que não.
Como sempre.
Porque afinal, quem se importava com o sétimo da roda. Exceto ela.
Mas ela já tinha quem lhe entregasse tantas e quantas flores.
E se sentiu cansado.
Porque apenas ele parecia estar sozinho.
Mas não estava.
Porque ele sabia que mais alguém estaria de coração partido.
E ela sabia onde encontrar.
E talvez ela aceitasse receber as flores e chocolates.
XXX
Eles já tinham ido embora.
Ela continuava lá.
Brincando com o cartão, esperando a chuva passar e revendo os fatos.
E talvez com a mínima esperança de receber as tais flores.
Mas ela não se importava mais.
Porque ele viria.
Pelo menos era o que ela pensava.
Porque depois de tempos com cantadas baratas e recusas para sair, ele prometeu que estaria lá.
XXX
Então ele foi.
Porque sabia que ela o esperaria.
Porque outrora prometera que estaria lá.
Mesmo com as recusas para sair.
Mesmo com qualquer objeção e xingamento.
Porque ela era mais que isso.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!E ela sempre completaria seu coração.
Porque apenas um coração partido completa o outro.
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