Livro 4: Ar

A Batalha por Republic City - Parte 6


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MAYUMI E ZUKO - EXÉRCITO DO FOGO

A jovem havia acabado de se vestir e se olhava no espelho. As roupas de comandante do fogo, aquela espécie de armadura com um tecido vermelho transpassado, lhe caira bem e olhando de longe, até que realmente ela se parecia com uma. Para o look estar completamente pronto faltava-lhe apenas o tradicional rabo-de-cavalo. Ela pegou o pente e um laço de fita vermelho e começou a prender as madeixas castanhas que caiam por sobre seus ombros. Assim que terminou, se olhou novamente no espelho e percebeu que definitivamente, agora ela era a comandante Mayumi.

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– Você está linda. – falou Zuko da porta. Ele vestia as roupas do senhor do fogo e em sua cabeça reluzia a coroa por causa das chamas da lareira.

– Eu não vou conseguir. – falou ela e o ar pareceu lhe faltar, provavelmente porque ela estava tendo um ataque de pânico. Zuko se aproximou e lhe pôs contra o seu peito.

– Eu sei que você vai. – Ele lhe beijou a testa. – Você é a mulher mais corajosa que eu conheci e a mais determinada também. Será fácil para você.

– Porque você fez isso? – perguntou ela e olhou para Zuko. – Ou melhor, porque eu aceitei esse absurdo?

– Primeiro, você aceitou porque eu não lhe dei outra escolha e segundo, eu lhe nomeei comandante porque você é a pessoa certa para isso Umi. Você é a diferença que esse exército precisava e por isso, vai ter sabedoria para lidar com ele. Como o seu próprio elemento sugere, você faz parte do povo da mudança e eu quero que você mude os meus soldados. – Ele passou a mão no rosto da jovem. – Na realidade, eu preciso que você faça isso.

– Se eu não conseguir, promete que não vai ficar chateado comigo?

– Preste atenção, você vai conseguir e no mais, eu jamais ficaria chateado com você. – Ele enxugou algumas lágrimas dela e lhe beijou o rosto. – Só promete para mim que vai dar tudo de si.

– Eu prometo. – respondeu ela e sorriu.

– Então vamos indo, eles já esperam por você. – falando isso, Zuko puxou Mayumi para fora do quarto e seguiram em direção a praça da coroação, a qual, já estava repleta de soldado usando seus capacetes vermelhos e mascaras brancas que lhe cobriam completamente a face. Alguns homens vestiam as mesmas roupas que Mayumi e permaneciam sem capacete, assim como a mulher. Assim que eles viram o senhor do fogo, ficaram em posição de sentido. – Vai em frente.

Mayumi respirou profundamente e caminhou até o centro da plataforma que fora montada. Os homens a olhavam curiosos e alguns até chegavam a comentar sobre a beleza dela.

– Boa tarde á todos. – ela olhou os homens curiosos. – Eu me chamo Mayumi, comandante Mayumi e serei a líder de vocês durante essa empreitada. – O burburinho surgiu imediatamente. Embora já existissem mulheres comandantes na marinha do fogo, nunca existiu uma no exercito e eles ainda não estavam acostumados com isso. – Assumi esse posto a mando do senhor do fogo Zuko, já que o mesmo encontra-se impossibilitado, devido a um grave ferimento. – Todos os soldados olharam Zuko que estava com o braço na tipoia. – Antes que eu fale sobre o que se trata essa reunião, eu quero deixar as coisas bem claras entre nós, para que possamos começar esse relacionamento ciente de quem somos. – ela respirou fundo. – Eu acredito que o que teremos a partir daqui seja sim um relacionamento, pelo fato de expressarmos mutuamente segurança e confiança. - Mayumi desceu da plataforma e começou a caminhar na frente dos soldados que imediatamente ficaram imóveis novamente. – Não me vejam apenas como uma mulher igual a qualquer outra da nação do fogo, porque não sou. Sou filha do General Lok, que muitos de vocês chegaram a conhecer e também, sou dominadora de água. – Assim que Mayumi disse isso, pôde se ouvir reclamações e indignações. – E isso não me faz ser menos cidadã do fogo, nasci aqui e vivi por muito tempo nesse lugar, que posso chamar de casa. – ela olhou a todos. – Então, estou disposta a ouvir vocês, alguma pergunta? - Um homem usando as mesma roupas que Mayumi se aproximou, fez uma reverência ao senhor do fogo e depois parou de frente para ela.

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– Desculpa, comandante. – falou ele, dando ênfase na última palavra. – Eu comando as tropas do sul e sendo sincero com a senhora e pedindo desculpas ao senhor do fogo, eu não acho que a comandante, sendo uma mulher e ainda por cima dobradora de água, vá conseguir comandar uma tropa de dominadores de fogo.

– Por que não, comandante? – falou Zuko e se aproximou com o cenho franzido.

– Como eu já disse, senhor. Acredito que ela não vá conseguir porque os dominadores de fogo requerem pulso firme para liderá-los e sendo ela uma mulher, acho que não tenha isso.

– E o fato dela ser uma dominadora de água não tem nada a ver com isso, comandante?

– Zuko. – falou ela e viu o homem ficar pasmo pelo fato de Mayumi usar de intimidade com o rei. – senhor... Deixa que eu resolvo isso. – Ela se aproximou do homem ainda mais. – Quando o senhor disse que eu não conseguiria dominar um de vocês, o senhor que dizer em uma luta, comandante?

– Exatamente. – o homem sorriu. – A senhora me parece ser bem delicada, com todo o respeito.

– Bem, então não vai ter medo se eu lhe desafiar para uma luta, não é?

– A senhora quer lutar comigo? – ele falou ainda sorrindo. – Eu não posso aceitar.

– Porque sou mulher ou porque está com medo de ser derrotado por uma dobradora de água na frente de seus homens? – Mayumi falava seriamente.

– Eu não tenho medo. – falou ele nervoso.

– Isso que dizer que você vai lutar comigo?

– Pode apostar que sim. – Assim que ele respondeu, todos os soldados restantes se afastaram dando espaço para o duelo. Mayumi caminhou na direção de uma fonte e dobrou a água dela, envolvendo-a em seu corpo. O homem também pegou distancia e se virou sorrindo, tinha a certeza que venceria aquela luta.

– Pode dar o primeiro golpe. – falou ela seriamente e o homem assim o fez. Ele atacou Mayumi com uma rajada de murros e chutes de fogo e ela apenas desviava deles, ainda sem usar nenhum movimento de dobra e assim seguiu por alguns minutos. Mayumi parecia dançar e o homem começou a se cansar e a ficar com raiva.

– Não vai atacar não? – falou ele nervoso.

– Você realmente quer que eu ataque?

– Mas é claro que sim. Não é esse o propósito de uma luta?

– Você que pediu. – A mulher correu na direção do homem e com a dobra de água o arremessou longe. Ele, completamente ensopado, se levantou com raiva e lançou uma quantidade grande de fogo que Mayumi logo defendeu com uma barreira de água. Ele correu para cima dela na tentativa de uma luta corpo a corpo, já que suas investidas com a dominação do fogo não surtiu muito efeito, mas nessa Mayumi também levou a melhor. Ela o pegou pelo braço, colocou o peso do seu corpo contra ele e o homem caiu no chão. Mayumi pisou em seu peito. – Estamos conversados comandante?

– Sim senhora. – falou ele e respirou fundo. Aceitou ser derrotado.

– Então é isso. – voltou ela a falar com os outros soldados, depois de estender a mão e ajudar o homem a se levantar. – Eu sou amiga de vocês, não inimiga e acredito que juntos, poderemos fazer grandes coisas. – Os soldados vibravam com a demonstração de força da mulher. Zuko se aproximou dela.

– Parabéns comandante, já começou fazer a diferença. – falou ele ao seu ouvido.

– Obrigada senhor. – respondeu ela e sorriu, disfarçadamente.