Secret

Capítulo 38


Secret II

Capítulo 8

– Lena! Lena, você está bem?! - a voz de Edmundo trouxe-a novamente à sua realidade.

Encontrou os olhos castanhos dele, mas não conseguiu encontrar sua própria voz, então simplesmente balançou a cabeça. Ela olhou em volta e reconheceu que já não estava mais na câmara onde ficava a Mesa de Pedra.

– Demorou, mas acordou. - Edmundo disse, deixando-a ainda mais confusa.

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Lena se sentou, e se recostou na parede atrás de si. Estavam sozinhos em uma câmara pequena.

– O que aconteceu? - ela perguntou roucamente.

– Caspian disse que você não dormira a noite inteira e Susana disse que seu desmaio podia ser fadiga emocional, já que fora uma lembrança muito forte. Presenciar a morte dele não deve ter sido fácil. - ele completou, acariciando a bochecha de Lena.

– E eu dormi por quanto tempo? - ela perguntou, meio envergonhada.

– Quase sete horas. - Edmundo segurou a risada ao ver a careta que Lena fizera. Mas então sua expressão ficou séria. - Será que agora podemos conversar?

Lena suspirou, se ajeitando mais no lugar. - Olha, Eddie...

– Eu sinto muito, Lena. - ele a interrompeu. - Eu não sabia que você tinha que segurar essa barra toda. De agora em diante farei o possível para te ajudar e tentarei não me meter em muitas encrencas.

Lena sorriu e, sem dizer mais nada, voou para os braços de Edmundo e o abraçou fortemente. Ele logo a ajeitou confortavelmente em seus braços e aproveitou a proximidade que eles tinham. Mas ele então se separou dela e segurou seu rosto entre as mãos.

– E eu conversei com Lúcia também. - ele disse.

Lena sorriu e uniu seus lábios aos dele em um beijo doce e carinhoso.

– Agora precisamos ir pra reunião. - disse Edmundo quando se separam.

– Que reunião?! - ela perguntou, enquanto se levantavam.

– Sobre o que faremos em seguida.

~*~

Entraram na câmara onde havia a Mesa de Pedra. Viu todos os principais comandantes ali reunidos e se perguntou se já havia começado a muito tempo. Emma a chamava do canto perto do desenho em escultura de Aslam, junto com Hailee. Ela se despediu de Edmundo com um beijo na bochecha antes de se juntar às irmãs.

– Se resolveram, é?! - sussurrou Emma, de modo brincalhão, e gemeu baixinho quando recebeu uma cotovelada de Lena.

– Não tem graça. - Lena resmungou baixinho, mas não pode deixar de sorrir quando viu uma piscadela que Edmundo a mandara.

– É só uma questão de tempo. - dizia Pedro, decidido no centro da reunião. - Os homens e as armas de guerra de Miraz estão a caminho. Ou seja esses mesmos homens não protegem o castelo.

– O sugere que façamos, Majestade? - perguntou o rato Ripchip, aproximando-se dos reis e do príncipe.

– Atacar o castelo. - disse Pedro.

– Começar a planejar... - disse Caspian ao mesmo tempo que o loiro. Ao perceber que Pedro lançara-lhe um olhar frio, simplesmente abaixou a cabeça e se afastou um pouco.

– A única esperança é atacá-los antes que eles nos ataquem. - continuou Pedro, ignorando o fato de Caspian tê-lo desafiado.

Lena analisou sobre as chances do plano de Pedro dar certo e tinha que admitir que até que eram boas. Pedro sempre foi o melhor nas estratégias, talvez perdesse apenas por Edmundo.

– Mas isso é loucura. Ninguém jamais tomou o castelo. - intrometeu-se Caspian severamente e Lena imaginou que talvez ele estivesse certo.

– Sempre há uma primeira vez. - Pedro contrariou o príncipe.

– Teremos o elemento surpresa. - concordou NCA.

– Mas temos a vantagem aqui! - insistiu Caspian.

– Se nos prepararmos podemos contê-los pra sempre. - Susana levantou-se e se pronunciou, colocando sua posição em relação ao ataque surpresa.

– Eu me sinto bem melhor aqui embaixo. - comentou Caça-Trufas, chamando a atenção de todos.

– Olha... - Pedro chamou a atenção novamente para si, claramente mais compreensível. - Agradeço o que fizeram aqui, mas isso não é uma fortaleza. É uma tumba.

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– É. - Edmundo comentou, pela primeira vez. - Se os telmarinos forem inteligentes só vão esperar a gente morrer de fome.

E ele tinha razão. Aquele forte era um bom esconderijo e grande o bastante para alojar todo o exército narniano, mas era difícil de se arranjar alimentos.

– Nós podemos colher nozes! - prontificou-se rapidamente um esquilo que permanecia fielmente ao lado de Ripchip. Lena segurou o sorriso, já que por mais que ele fosse um animalzinho fofo, a situação era séria.

– É! E jogar nos telmarinos! - disse Ripchip sarcasticamente. - Cala a boca. - disse mais severamente e depois voltou-se para Pedro. - Conhece minha opinião, senhor.

Pedro levantou-se e aproximou-se do que Lena deduziu ser o chefe dos centauros. - Se eu entrar com suas tropas, pode lutar com os guardas?

Lena olhou em volta e percebeu o olhar de Caspian quase implorante para que o centauro recuasse e permanecesse ao seu lado.

– Vou morrer tentando, Soberano. - o centauro respondeu, fazendo um meneio com a cabeça em sinal de respeito ao rei.

– É isso que me preocupa. - Lúcia fez-se ouvir pela primeira para todos, chamando a atenção para onde ela e Lena se encontravam.

– O que disse? - disse Pedro, perguntando-se se havia realmente entendido direito.

– Estão agindo como se houvesse apenas duas opções. Morrer aqui ou morrer lá. - explicou-se Lúcia.

– Acho que não ouviu direito, Lu. - Pedro tentou argumentar, mas foi logo interrompido.

– Não, é você que não ouve! - insistiu a pequena. - Ou já se esqueceu quem derrotou a Feiticeira, Pedro?

– Acho que já esperamos tempo demais por Aslam. - disse o loiro.

Assim que ele saiu, Lena se aproximou de Edmundo.

– Você vai no ataque, não é? - ela perguntou indiferentemente.

– Acho que sabe a resposta. - ele respondeu, envolvendo a cintura de Lena e puxando-a para mais perto.

– Então deve saber que eu vou junto. - ela sorriu quando viu a expressão de Edmundo endurecer.

– É, parece que isso envolve o contrato de proteção angelical. - ele resmungou, conseguindo arrancar uma risada da garota.

– Parece que estudou as cláusulas do contrato direitinho!