Medo Do Escuro

Capítulo 16 - Festa.


Acordei sem animo para ir à aula, desci as escadas, Edward já havia ido para sua importante empresa. Sacudi a cabeça, estava evitando pensar no dia anterior, atitude inteligente a minha. Tomei banho lentamente, sentido o efeito da água gélida em minha pele. Vesti-me tentando decidir o que fazer naquele dia de ócio.

Sai sentido o clima louco de Michigan na pele, fiquei muito agradecida à minha jaqueta de couro. Minha primeira parada foi em uma Starbucks, meu estômago reclamava pela falta de café da manhã. Estava tomando meu chocolate quente apreciando cada gole enquanto lia “Murder on the Orient Express” de Agatha Christie quando uma voz conhecida chamou meu nome.

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–Sil? Silena? – Como eu imaginava era Catherine, louca do jeito que sempre foi. Abraçamo-nos durante um longo período, de repente tudo parecia tão normal.

– Oh meu Deus Cathy! O que faz por aqui? Achei que a mamãe tinha te arrastado para o deserto do Saara ou algo assim. – Perguntei assim que nos separamos.

–Não viaje Silena. Nem eu e nem a mamãe sobreviveríamos sem celular. – Ela riu. – Passei aqui apenas para pegar algumas roupas para mim, mas a mamãe acha que estou na escola, ela morre de medo que eu vá para o “lado” papai. – Ela fez aspas com as mãos, assim como eu Catherine achava essa briga muito idiota, porém ela preferia ficar na dela ao invés de se meter.

–Então, onde você e Dona Esme estão morando? – Perguntei enquanto ela pedia um green tea latte.

–Por enquanto no hotel “The Grand Plaza Hotel”. Quer um sanduiche?

–Rosbife e mostarda? – Perguntei, simplesmente amava aquele sanduiche.

–Pode ser. – Ela se virou para a atendente – Um de Rosbife e Mostarda e outro de Peito de Peru e queijo. – E você irmãzinha, novidades? – Cathy perguntou depois que a funcionária saiu para pegar nossos pedidos.

Hesitei, eu confiava muito em minha irmã, porém não me sentia confortável para contar sobre Henry, Bea, Tempestt e os meus poderes.

–Não. – Menti. – Ah, Edward sabe fazer cookies. – E eu domino o fogo, pensei.

– Serio? Conseguiu tira-lo do Ipad? O que fez, jogou o modem na linha férrea? – Rimos juntas.

–Não, na verdade, ele parece mais aliviado. Talvez seja verdade.

–Verdade o que? – A atendente voltou com nossos pedidos. – Vamos Sil o que é verdade?

–Mamãe não te contou... Cathy, ontem mesmo ela me contou que o papai tinha uma amante. – Acho que se eu tivesse dado um soco no estomago dela minha irmã reagiria melhor.

–O que? Não, não. Não pode ser.

–Cathy, calma eu não tenho certeza. – As lagrimas se formavam no canto de seus olhos.

–Por quê? Por quê Sil? - Corri para o lado dela abraçando-a com força. – A primeira gota escorreu pela sua bochecha.

–Pshh, foi só um comentário bobo da mamãe. Agora, olha pra mim. Eles não vão se separar, ok? É só uma briguinha atoa, vai se resolver. – Aos poucos ela foi se acalmando.

–Então, vai na festa da Clarie? – Catherine mudou de assunto, retocando seu rímel.

– Não sei, nem tenho fantasia. – Dei de ombros terminando meu sanduiche.

– Ah, vamos Silena. Todos vão estar lá. – Ela fez cara de pidona.

–Ok, mas só se você me ajudar com a roupa. – Concordei, sabia que compras a animaria facilmente.

–Perfeito.

Terminamos nossos lanches e fomos ao shopping comprar uma fantasia para mim. Durante nosso trajeto Catherine se esqueceu um pouco do ocorrido, porém o brilho de seu olhar diminuíra bastante. Depois de horas e quatro lojas e incontáveis bolhas nos pés achamos a fantasia que ficou perfeita em mim.

* * *

A noite da festa chegou mais rápido do que eu esperava. Todos iam, todos mesmo. Henry estava desconfiado de encontraríamos seja quem for nessa festa, já que em sua “profecia” Bea disse que acharíamos em meio a fantasias. Pus minha roupa achando tudo aquilo normal, me achando normal, penteei o cabelo pensando que naquela noite eu poderia aproveitar tudo como se fosse igual às outras meninas, uma adolescente comum.

O pai de Henry iria nos levar, por esse motivo peguei um taxi até a casa dele, a viagem foi curta. Quando cheguei estavam todos no andar de cima.

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–Hey. Rainha de Copas, sexy demais para você. – Ele brincou me dando um sorriso.

–Henry que fantasia é essa? Você é um vampiro?

–Hey, sou um lorde das trevas – Disse ofendido.

–Eu disse que ninguém ia acreditar em você. – Tempestt entrou pela janela sorrateira como um gato.

–Tempestt? Você está... – Ela usava uma fantasia de índia americana, porém seus olhos imploravam pelos jeans rasgados e a jaqueta surrada.

–Ridícula? Parecendo a filha de Alien e Predador? Pode falar. –Ri quem diria que alguém tão valentona como Tempestt pareceria tão indefesa em cima de um par de saltos altos.

–Tá vendo. Quem mandou não me acompanhar quando eu fui comprar. – Henry mostrou a língua.

–Calado Black.

–Vamos, crianças? – O Senhor Black interrompeu nossa “briga”



LEIAM AS NOTAS FINAIS.