O Nosso Futuro - Percabeth
Epílogo
Percy's POV
O mundo pode ser um lugar complicado, principalmente para nós, semideuses. Pois o nosso mundo é infestado de monstros, deuses, titãs, espíritos da natureza, missões, lutas...
No entanto, devo dizer que, mesmo enfrentando todas essas provações, viver vale a pena.
Há alguns anos, eu diria que ser meio-sangue é um fardo terrível e que eu preferiria a vida de um mortal comum, mas hoje penso diferente: se eu não fosse filho de Poseidon, jamais teria ido ao Acampamento Meio-Sangue e nunca conheceria minha esposa, Annabeth Chase, filha de Atena. Não consigo imaginar a vida sem a Sabidinha. Além disso, se não a tivesse encontrado, não teria meus dois maiores presentes, Alexandra e Luke Jackson.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Refletia sobre tudo isso deitado ao lado de Annabeth, ela ainda dormia. Era bom estar em casa. Levantei-me devagar para não acordá-la e fui para a cozinha preparar minhas famosas "panquecas voadoras"; mas, quando passei pela sala, um garotinho de seis anos me observava. Ele tinha os cabelos negros bagunçados, exatamente como os meus; na verdade, éramos muito parecidos, a não ser pelos olhos, os dele eram assustadoramente cinza.
– Luke? Caiu da cama? - Aproximei-me e baguncei ainda mais seus cabelos.
Meu filho exibiu um sorriso rebelde, como os que eu costumava dar.
– Não estava com sono... - Respondeu.
– Tudo bem. Quer panquecas? - Perguntei. Os olhos da criança brilharam, ele adorava "panquecas voadoras".
– Claro que sim! Pai, elas podem ser azuis? - Não era possível, aquela criança era um "mini-eu"! Aliás, tanto ele quanto Alex haviam herdado minha personalidade... E a inteligência de Annabeth, graças aos deuses.
Depois de algumas horas, Alex e Annie juntaram-se a nós, era só mais um dia maravilhoso com minha família.
– Não quero ir à escola hoje. - Reclamou Alexandra, que quase não tocara nas panquecas.
Olhei para minha esposa, ela encolheu os ombros.
– Pirulita, o que está acontecendo? - Perguntei preocupado. - Você está estranha desde ontem, e agora não quer ir estudar! Você ama estudar!
– Eu sei... É que... - Ela parecia chateada. - É que eu terminei com meu namorado.
Engasguei com o café. Levantei-me e comecei a tossir, Annabeth dava tapas em minhas costas. Não conseguia respirar
– Na.. Namorado!? Que história é essa, Alex? - Perguntei ainda engasgado, uma fúria estranha enchendo o meu peito, nunca tinha me sentido daquela forma antes.
– Pai, eu já tenho oito anos! - Ela falou isso como se fosse algo óbvio e revirou os olhos.
Continuei olhando para minha filha inexpressivamente, eu não estava ouvindo àquilo. Pensei que ainda teria muitos anos para me preparar... Não podia estar acontecendo agora!
– Percy, relaxe, venha comigo até a varanda... - Annabeth pediu. Como não me movi, ela me arrastou.
Lá fora, minha esposa começou a rir, o que fez com que minha fúria triplicasse.
– Do que é que você está rindo? - Fuzilei-a com os olhos. - Namorado? Namorado? Você sabia disso?
– Pelo amor dos deuses, Percy! É só namorinho de criança! Não é de verdade. - Ela riu mais um pouco de minha expressão.
– Explique. - Trinquei os dentes.
– Esse garoto, Michael, deu um livro de presente para ela e, desde então, eles estavam "namorando", o que para crianças de oito anos significa andar de mãos dadas e dividir o lanche no recreio... Durou uns dois dias. Relaxe. - Ela colocou as mãos em meus ombros. - Imagino que Alex terá muitos problemas quando for mais velha e começar a namorar de verdade.
– Não sirvo para isso... - Suspirei e fechei os olhos.
– Sabe, eu achei fofo você ter ficado com ciúmes da sua filha. Mas guarde para quando chegar a hora, ok? Agora... - Ela aproximou sua boca de meu ouvido. - Vamos levar as crianças para a escola.
– Essa pressa toda é para que não cheguem atrasadas? - Levantei uma sobrancelha.
– É claro que não, Cabeça de Alga! Pense bem, você está em casa, eu terminei meu projeto... Estaremos sozinhos...
– Ah... - Compreendi. - Então é melhor corrermos.
Rindo, eu e minha esposa voltamos para dentro. Olhei para o porta-retrato na mesinha da sala, era uma foto da família di Angelo: Nico, minha irmã, Mare, e sua filha Bianca, ela era uma linda menininha de quatro anos, com cabelos muito negros, pele pálida e olhos verdes.
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Meu pai, Poseidon, viera nos visitar muitas vezes ao longo desses anos, as crianças o chamavam de vovô Popô, o que era engraçado, mas ele gostava! Atena também visitava, e os outros deuses... Meus filhos eram amados no Olimpo, eu achava um pouco estranho e perturbador, mas Annabeth sempre me tranquilizava, afinal, era melhor isso do que serem odiados pelos deuses.
– E agora... - Falei quando fechamos a porta de casa.
Annabeth beijou-me apaixonadamente, exatamente como em nossa primeira vez. Eu amava aquela Sabidinha.
Como eu disse, as dificuldades e provações existem, mas viver é bom demais.
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