O Jardim Das Cerejeiras
Capítulo 1 - A proposta
Peeta andou por toda cidade a especular sobre a vida dos Everdeen, e o que descobriu foi que toda família afundou em dividas devido às jogatinas noturnas do velho Everdeen (como é chamado o pai da bela Katniss). Peeta esta em uma estalagem simples, apesar da fortuna de seu pai, Peeta é um jovem de hábitos simples, porém com porte e caráter imponentes.
- Diga-me tudo que descobriu sobre os Everdeen – Peeta pergunta ao Plutarch Havensbee, um homem da alta sociedade bem relacionado e grande amigo da família Mellark.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Bem meu caro amigo, o senhor Everdeen esta atolado até o bordado do colarinho em dividas, ele joga compulsivamente, quase todos seus bens estão na penhora para pagamento de suas dividas.
- E ela? O que você descobriu sobre ela? – diz Peeta ansioso referindo-se a Katniss.
- Bem, ela tem 17 anos e não é como as jovens que conhecemos, ela sabe ler e escrever o pai fez questão de educa-la e ultimamente ela tem sido vista na companhia de um rapazola de uns vinte anos eu acho, a mesma idade que a sua, porém não há nada de compromisso entre eles, talvez ele esteja tentando fazer-lhe a corte.
Apenas este comentário “talvez ele esteja tentando fazer-lhe a corte”, deixou Peeta possesso de ciúmes.
- Plutarch meu amigo consiga um encontro entre mim e o senhor Everdeen o mais rápido possível– pediu Peeta.
- Vou fazer melhor, por você meu caro amigo – disse Plutarch e se retirou.
Peeta ficou ali inerte em seus pensamentos, não soubera como, mais iria fazer algo para te-la, Katniss Everdeen seria sua e de mais ninguém.
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Com um sorriso nos lábios Katniss lembrava os momentos que passou ao lado de Gale, seu sorriso, sua gentileza e acima de tudo sua beleza não saiam de seus pensamentos, mas principalmente algo que ninguém jamais poderia sonhar que ela cultivava em pensamento, o momento em que beijaria Gale Hawthorne, isso era um desproposito uma senhorita sonhando com beijos, porém Katniss não se importava, e em sua cabeça já estava decidido falaria com seu pai a respeito de Gale, afinal seu pai prometeu que ela jamais casaria com alguém que não amasse.
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- Como vai senhor Everdeen? – diz o senhor Havensbee.
- Fiquei muito feliz ao receber sua mensagem – diz o senhor Everdeen apertando sua mão – Não temos muitas visitas nos últimos tempos.
- Queria que conhecesse o filho de um estimado amigo – ele diz e estendi sua mão em direção a Peeta que aproximasse dos dois e estendi sua mão para cumprimenta-lo – Peeta Mellark.
- É uma honra conhecer um dos homens mais respeitados da cidade – Peeta ainda esta a falar quando percebe a chegada de alguém descendo a longa e majestosa escada, que se divide em duas em seu topo para adentrar duas áreas distintas no outro andar do velho casarão.
- Papai gostaria... Oh! Desculpe não sabia que o senhor estava a receber convidados – diz a bela Katniss olhando para o chão.
- Nós é que pedimos desculpas à senhorita – diz Peeta olhando fixamente para jovem – Prossiga, diga a seu pai o que a senhorita gostaria, afinal era do que se tratava sua frase quando bruscamente interrompeu devida nossa inconveniente presença.
- Pode falar minha querida – diz seu pai.
- Eu só queria saber se poderia pegar um de seus livros – Katniss mentiu, pois na verdade pediria para passear com Rue no jardim do coreto da cidade.
- Claro minha querida, pegue o que lhe aprouver.
- Com sua licença senhores – diz Katnis fazendo uma leve reverencia e se retirando.
Peeta fica a olhar aquela bela jovem que agora se dirigia a um cômodo do outro lado de onde se encontrava, sua imagem o inebriava, Katniss em um vestido azul marinho, simples sem muitos detalhes, porém altivo, igual à mulher que o vestia, sim mulher, ele agora a desejava como uma mulher que era.
- Gostaria de falar-lhe a sós Everdeen – falou Havensbee.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Claro vamos à biblioteca – disse direcionando ambos os cavalheiros ate o recinto.
- Minha queria, seu pai tem uns assuntos a tratar com o senhor Havensbee – diz ele indicando uma poltrona para que sua visita sentasse – Porque não leva o senhor Mellark para um passeio em nosso jardim, enquanto tratamos de assuntos um tanto enfadonho para os jovens – pediu-lhe com um sorriso genuinamente sincero, que a muito Katniss não virá no rosto de seu pai, fazendo com que ela não conseguisse expressar a mínima negativa a ele.
- Claro meu pai – disse ela timidamente – Acompanhe-me senhor Mellark.
Peeta mal acreditou, pois fazem apenas alguns minutos desde que chegou a casa dos Everdeen e já se encontrava a sós com a bela Katniss.
- Já estamos sozinhos, diga-me o que é tão importante que me faz merecer sua presença em minha casa – questiona o senhor Everdeen um tanto intrigado.
- Bem, é sobre o filho do meu amigo, esse que acabou de conhecer – o senhor Everdeen assente com a cabeça e Havensbee continua – Seu pai faleceu deixando-lhe uma enorme fortuna – ele da uma pequena pausa.
- Vamos Havensbee fale logo, não me deixe ansioso – diz o senhor Everdeen.
- Pois bem vou direto ao assunto, ele quer fazer a corte a sua filha, a senhorita Katniss e suas intenções são de casar o quanto antes.
- Mas não posso assumir nenhum compromisso sem considerar a opinião de minha filha, afinal não o conheço.
- Ora, caro amigo todos sabem que os filhos acabam acatando com as decisões de seus pais, principalmente as filhas - diz Havensbee – Também sabemos de sua atual situação financeira...
- É a penas um breve período de dificuldade em meus negócios – interrompe bruscamente Everdeen.
- Por favor, vamos deixar as aparências de lado – disse Havensbee calmamente – Seus recursos estão beirando a falência e com certeza você não tem ao menos o dote de sua filha... Peeta deseja dar-lhe o dote no valor de suas dividas, não seja tolo case sua filha, saia do atoleiro que seu vicio o jogou e de um futuro seguro para sua filha Katniss e resto de sua família.
O senhor Everdeen pondera sobre o que Havensbee acabou de lhe dizer e responde – Preciso falar com minha esposa, quero saber de sua opinião.
- Creio que ela não irá se opor, afinal foi dessa forma que você a desposou lembra-se?
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- Belo jardim – diz Peeta enquanto caminha ao lado da mulher mais bela que já viu em toda sua vida.
- Sim, como saímos pouco temos bastante tempo para o jardim – diz ela timidamente – Porém maior valia dos creditos vai para Beetee, ele cuida de tudo com muito esmero.
- O que a senhorita esta lendo? – pergunta ele olhando o livro em sua mão.
- Ah, creio que não irá interessar-lhe, afinal homens acham os romances um tanto quanto perda de tempo, assim eu tenho ouvido nos últimos tempos.
- Talvez eu poça surpreendê-la – diz Peeta olhando fixamente nos olhos de Katniss, então ela sente seu rosto ficar um pouco quente, de vido o rubor e desvia o olhar.
- Romeu e Julieta – Katniss fala com a voz baixa – Muitos acham maçante e triste, preferem uma boa comédia teatral.
- O cheiro é surpreendente – Peeta muda de assunto cheirando uma grande rosa branca.
- Não conheço nenhum outro aroma igual ou melhor que estes – Katniss diz enquanto passa sua mão em outra linda rosa branca.
- Pois eu conheço – diz Peeta enquanto se posiciona atrás da jovem e coloca seus lábios próximos a seu ouvido e sussurra – O seu.
Katniss sentiu seu corpo estremecer, mas o que era aquilo que ela nunca sentiu antes, nem mesmo com Gale, essa sensação a deixou assustada e como um animal medroso se afastou do cavalheiro que a perturbava.
- Saiba que não sou dada a atitudes impetuosas, então não seja indelicado e não repita novamente esse tipo de comentário – disse Katniss tentando manter uma voz firme, que não a convencia, porém deve ter deixado Peeta seriamente convencido, pois se afastou logo ficando serio novamente.
- Sabes algo do livro – diz ele desafiadoramente – Ler é uma coisa, guardar o que leu é um dom.
Katniss olha para Peeta como se recebesse cada palavra em forma de um desafio, sentasse em um dos bancos do jardim coloca o livro em seu colo e o segura firme com as duas mãos, fecha os olhos e recita:
- Já vais partir? O dia ainda está longe. Não foi a cotovia, mas apenas o rouxinol que o fundo amedrontado do ouvido te feriu – Peeta como se estivesse em uma espécie de transe segue em sua direção em quanto ela solta cada palavra e senta-se ao seu lado- Todas as noites ele canta nos galhos da romeira. É o rouxinol, amor; crê no que eu digo.
- É a cotovia, o arauto da manhã; não foi o rouxinol .Olha, querida, para aquelas estrias invejosas que cortam pelas nuvens do nascente– diz Peeta enquanto Katniss parece envolta em um mundo distante onde só existe a voz daquele cavalheiro impetuoso- As candeias da noite se apagaram; sobre a ponta dos pés o alegre dia se põe, no pico das montanhas úmidas. Ou parto, e vivo, ou morrerei, ficando.
Ambos se olharam e pela primeira vez desde que o conheceu Katniss viu que seus olhos eram de um azul singular e Peeta sentiu novamente seu delicioso aroma de primavera e ficaram assim sem dizer uma única palavra quando o silêncio enfim é quebrado.
- Katniss minha querida – era o senhor Everdeen – Podes vir aqui?
- Sim... Claro que sim meu pai – diz Katniss e como se tivesse voltado à realidade ela levantou e seguiu em direção do seu pai - Senhor meu pai, o que queres comigo?
- Quero comunica-la que estou dando minha permissão para que o senhor Peeta Mellak a corteje – Katniss fez um gesto de protesto com a cabeça e antes que falasse algo seu pai completou – Eu sei que lhe prometi algo e vou cumprir, por hora essa é minha decisão – Virou-se para Peeta e finalizou – Senhor Mellak, ficarei muito feliz de hospeda-lo em minha casa durante esses dias que passara na cidade.
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