Jogo de Espiões

CAPITULO 33 – MANTER PERTO


“- Pense Sakura... você já tem a resposta.”

A resposta era tão óbvia que novamente me senti uma idiota por não ter percebido antes. A fábrica não tinha condições de construir uma bomba nuclear de qualquer gênero, na verdade, a fábrica não tinha condições de construir uma bomba nuclear completa, mas quem disse que não se podia construir ali uma parte da bomba?

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- A cápsula para a ogiva com os nêutrons... – respondi olhando para Sasuke.

Sasuke não me confirmou com palavras, apenas com seu olhar firme e um sorriso lateral.

E o plano todo veio a minha mente. Sasuke sabia que na fábrica estava sendo construída uma cápsula que abrigaria a ogiva de nêutrons, e comunicou a CIA. Por sua vez, a CIA descobriu que a Hungria queria informações sobre a construção da bomba nuclear de nêutrons, e assim a agência americana deve ter decidido juntar seus agentes com a agente contratada da Hungria, no caso eu. Com isso a CIA conseguiria as provas da existência da bomba sem comprometer a posição privilegiada que Sasuke ocupava na fábrica e também descobriria os reais interessantes da Hungria nessa bomba de nêutrons. Ino dissera tudo: tudo estava planejado.

A fábrica que possuía menos segurança do que uma usina nuclear normalmente possuía era um lugar acima de qualquer suspeita para a construção da ogiva. Sasuke que estava infiltrado na fábrica nos ajudou a entrar como empregados tornando a investigação mais fácil.

- A CIA te contou sobre mim?

Eu não sei o porquê perguntei uma idiotice dessas afinal a CIA não deixaria de investigar minha vida e passar essas informações para o Sasuke e o Naruto.

- Tudo o que sabíamos era que você era uma especialista em armas...

Eu senti meu corpo tremer.

- Eu não sou uma especialista em armas – repliquei com raiva.

Eu estava cansada das pessoas ficarem pensando que eu era uma expert em armas; e por mais que todos achassem que eu era um especialista em armas, eu não era uma física nuclear e não entendia nada sobre bombas nucleares; tudo o que eu sabia sobre bomba nucleares era o que eu havia lido a respeito das bombas lançadas em Hiroshima e Nagazaki ainda na Segunda Guerra Mundial.

- Eu sei que não é – Sasuke retrucou deixando-me surpresa - afinal se você fosse uma especialista em armas não invadiria a fábrica usando uma arma tão pequena e insignificante como a que usou.

- Como sabe?! – surpreendi-me por Sasuke saber sobre a invasão da fábrica que havia acontecido logo que eu cheguei em Moscou, mas em seguida me lembrei que Naruto e Sasuke trabalhavam para a CIA, no mínimo Naruto havia lhe contado.

- A CIA vem acompanhando seus passos há muito tempo.

Eu abaixei a cabeça, eu não queria encará-lo.

- Há muito tempo mesmo... – concordei com ele.

Sasuke colocou o dedo embaixo de meu queixo e levantou minha cabeça até que nossos olhos se encontrassem.

- Eu lhe disse que era preciso manter você bem perto

- Quão perto ainda quer me manter? – perguntei sarcástica

- Bem mais perto...

Sem que eu esperasse Sasuke me beijou. Enquanto seus lábios tocavam os meus, eu tentava não fraquejar e nem chorar; eu não tinha forças para afastá-lo de mim.

- Sasuke... – sussurrei enquanto seus lábios se afastavam dos meus.

- Fique em Moscou – ele me pediu.

- E quanto as fotos?

- Eu também não quero entregar as fotos para a CIA, afinal eu moro em Moscou... E não seria nada bom se uma guerra começasse.

Por um momento em meio aquela confusão eu senti que havia alguém que realmente queria me proteger; alguém que não estava mentindo para mim... No entanto, lembrar-me das palavras de Shikamaru:

“- Mas ele não te contou que ele voltou aos Estados Unidos quando tinha 17 anos...”

Eu vi que o Sasuke também me escondeu algumas verdades. Eu estava sozinha, e queria alguém que me protegesse e me ajudasse... Eu queria alguém que cuidasse de mim sem interesse, e para mim, Sasuke estava fazendo isso, porque a missão dele não era me conquistar.

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As mãos se Sasuke se fixaram em minha cintura e seus lábios buscaram os meus novamente. Eu estava hesitante em aceitar seus beijos, e Sasuke percebeu.

- Não precisa se preocupar Sakura... Eu vou protegê-la...

“- Eu vou te proteger Sakura.”

Quantas vezes Naruto havia dito que me protegeria?

Os beijos de Sasuke começavam a descer por meu queixo em direção ao meu pescoço. Eu sentia meu corpo perder a força, e eu não conseguia me mexer. Um flash do passado veio a minha mente.

flashback

- Você vai voltar para os Estados Unidos quando terminar a missão?

- Yeah, eu não pretendo ficar morando aqui em Moscou.

- Eu... Eu não vou para os Estados Unidos.

- Pretende ficar morando na União Soviética?

- Não! Eu vou viajar pela Europa e... – Naruto pegou em minha mão, um tanto quanto desajeitado – Quero que você venha comigo.

- Você está maluco? Eu não vou a lugar nenhum com você. Quando essa missão acabar, nós... Nós vamos voltar para os Estados Unidos...

Fim do flashback

Aquela nossa conversa nunca havia saído de minha cabeça, e em muitos momentos eu fiquei imaginando se Naruto de fato estaria falando sério naquela hora. Com o passar do tempo e o nosso envolvimento, eu dei-me conta que talvez Naruto quisesse mesmo que eu ficasse com ele na Europa. Será que ele estava também me protegendo? Ou apenas estava tentando me manter por perto... Assim como Sasuke estava fazendo naquela hora?

Juntando força e coragem dentro de mim, eu empurrei Sasuke para longe de meu corpo. Ele ficou surpreso com minha reação repentina.

- Eu não pretendo ser sua mulher – eu disse ríspida.

Sasuke se irritou com a minha rejeição.

- E o que quer? Voltar para o Naruto?

Eu lancei-lhe um olhar furtivo.

- Eu não trabalho para a CIA!

Sasuke agarrou meu pulso.

- Eu não vou deixá-la sair daqui com as fotos para entregá-las a Hungria.

Estreitei meus olhos.

- Pretende que eu faça um escândalo? Acho que não gostariam de saber que o gerente de vendas é um agente da CIA.

Sasuke ficou furioso com a minha ameaça, ele apertou mais meu pulso, mas em seguida o soltou.

- Não importa o que faça, você não tem como sair sozinha do país.

Eu tentei não deixar transparecer para Sasuke que aquilo era verdade.

- E quem disse que eu pretendo sair do país?

Sasuke riu.

- Você é uma mulher difícil... Bem diferente do que eu pensava.

Dessa vez eu não me senti elogiada. Finalmente Sasuke conhecia meu verdadeiro eu. Ele conhecia a pessoa que eu costumava a ser antes de aceitar aquela missão, e ainda que no fundo eu quisesse sentar e chorar, eu pretendia agüentar tudo com a cabeça erguida.

Eu peguei minha bolsa e meu casaco que haviam caído no chão. Aproximei-me da porta e antes de sair me virei para Sasuke.

- Só preciso que me responda uma pergunta?

- Agora quer minha ajuda? – perguntou com sarcasmo.

- Eu vou conseguir essa informação com ou sem a sua ajuda, tudo é uma questão de quanto tempo vou levar para isso.

- O que quer? – perguntou contrariado.

- Como se diz “Hungria” em russo?

Sasuke sorriu e respondeu-me.

- Obrigada.

Eu abri a porta e fiz menção de me movimentar, nessa hora Sasuke chamou por meu nome.

- Sakura – eu não o olhei – Se isso te importar, Naruto esteve te procurando a noite toda.

Saí da sala sem me dizer nada.

Naruto e Sasuke eram jogadores habilidosos e eu tinha que me tornar tão boa quanto eles.