Want to get out of the hospital?Improvise

-Povs Elisabeth-

-Flashback ON-

-Quero que me faça um favor – O cavalheiro me disse olhando para o Dean do outro lado do Vidro da recepção

-Qual?-Perguntei assustada

“Quem sabe ele queria me matar?Isso seria uma péssima idéia” Pensei comigo mesma

-Quero que chute o rabo do Crowley com força,mandando ele de volta para onde ele não devia ter saído –Ele olha para mim

-Quer que eu mande ele para o Inferno?-Perguntei olhando para ele confusa

-Claro –Ele voltou a olhar para o Dean –Não quero ele estragando o ciclo

-Ciclo?-Olhei para o Dean conversando com o meu “corpo sem alma”

-Ele fez muitos pactos,o que me deu mais trabalho,esses pactos eram para acontecer raramente –Ele deu uma longa pausa –Mas eu já expliquei,quero Crowley fora do meu caminho,e acho que é isso que você quer também –Ele me olhou e sorriu

-Flashback OFF-

“Como vou fazer para acordar?” Perguntei para mim mesma,até que escutei uma voz conhecida:

-Me desculpa por ter feito você passar por tudo isso –Era o Dean –A culpa é minha

“Oras,por favor,não diga isso,você fez de tudo para me ajudar,quem acabou extrapolando fui eu” Falei para mim mesma,como se ele estivesse me escutando

-Eu extrapolei gritando com você ontem de manhã –Ele deu um gole em alguma coisa

“Mas a culpa também foi minha,eu escondi de você a gravidez,eu devia estar me desculpando,mas a idiota aqui,está em uma maca,paralisada”.

Pensei estressada,e se eu pudesse,já estaria chorando de raiva,como eu pude ser tão egoísta a ponto de esconder a gravidez do próprio pai da minha filha?

Ele ficou quieto e eu pude escutar os barulhos dos aparelhos,e de sua respiração pesada,até que senti alguém dar um beijo na minha testa,senti o seu hálito de whisky invadindo um poucos minhas narinas,o aparelho estava quase me impedindo de respirar direito,ou me ajudando.Senti alguma coisa em baixo do meu travesseiro,ouvi ele sussurrar:

-Eu vou voltar,não se preocupe

Ouvi alguns passos,e logo o barulho do maldito aparelho começou a invadir minha cabeça,queria que aquele negócio explodisse

[...]

Senti alguém sentar na mesma cama que eu,e começar a respirar calmamente,até que alguma coisa tocou a minha testa.

Literalmente eu levantei da cama,não só a minha alma,mas o meu corpo voltou a funcionar,os olhos azuis me fitaram por um momento e logo depois ele caiu um pouco para frente,me sentei na cama a tempo para segura-lo,ele respirou fundo e sorriu:

-Olá Liz

-Castiel-Falei o abraçando

Logo correspondeu o abraço,quando o olhei novamente,entendi o porque ele tombou o corpo para frente,ele havia ficado fraco,havia usado a cura para me tirar do coma:

-Desculpa,mas as feridas vão ficar –Ele disse quase sem voz –Não tenho muita força para isso –Os olhos dele se tornaram cansados

-Não tem problema –Falei olhando para ele e passando a mão em seus cabelos pretos –Obrigado Cass,você é o melhor amigo do mundo –Falei voltando a abraçar ele

[...]

-Na noite seguinte-

Havia achado uma arma e um celular de baixo do travesseiro,sabia que isso era obra do Dean,ele que adora um reforço a mais,mas infelizmente o celular não tinha sinal,coloquei a arma em baixo do travesseiro,toda vez que passavam na frente da minha sala,eu fingia que ainda estava em coma,eu observava tudo,até que vi uma senhora em uma maca,com uma faixa enorme da barriga,havia vários médicos em volta dela,e ela parecia que estava em coma,ou desmaiada,mas isso não era o problema

O problema era que em vez dos médicos ajudarem a senhora,eles começaram a devorá-la,digamos assim,literalmente,jatos de sangue foram parar no vidro da sala,e eu pude ver os médicos engolindo cada parte da mulher,seria legal ver como eles iriam explicar para família a morte da pobre senhora,mas eu preferi fazer a melhor coisa nesses casos...

Peguei a arma e o celular,retirei todos as agulhas fincadas na minha pele,a pressa foi tanta que senti as feridas doerem,talvez fossem a adrenalina,ou podia ser mesmo o machucado,naquelas agulhas,poderia ter morfina naquelas bolsas de soro,mas eu não queria ficar ali lendo o que havia dentro de um saquinho,peguei as minhas roupas e então eu sai correndo

Enquanto corria,senti a dor piorar,olhei para trás e vi uma enfermeira gritando:

-Volta aqui –Ela estava com uma agulha na mão

Andei mais rápido,virei a direita do último corredor,havia uma porta e uma placa em cima indicando:

Saída de emergência

Abri a porta,e vi um gramado lindo,era verde claro com um tom musgo,queria aproveitar ali para passear com um cachorro mas estava em fuga então decidi fazer a pior burrice do mundo:

Roubei uma ambulância

Entrei na ambulância e comecei a conectar os fios,e para piorar os fios não estavam dando sinal de “vida”.Olhei para o para brisa e vi a enfermeira saindo da mesma porta que eu havia saído,até que os fios fizeram o barulho de “Acelera logo minha filha”.Acelerei,e fui embora dali...

[...]

Eu poderia ser presa por roubar a ambulância?Sim poderia,estava a 70 km por hora em uma pista de 80 km,estava razoável.Acho que estava fazendo muita força,a dor estava começando a ficar insuportável:

-Acho que naquela porcaria tinha morfina –Falei comigo mesma

Até que decidi discar o numero do Dean:

-Telefone ON-

-Alô?-Ele disse com uma voz de sono

-Alo Dean?-Falei desesperada –Vem me buscar,agora

-Anna?-Ele parecia confuso

Tudo bem,Anna é minha filha,mas ele confundir a minha voz com a dela é um pouco demais:

-Não idiota –Falei quase irritada –Sou eu,Elisabeth

Ele ficou mudo,acho que ele estava processando os fatos,acho que foi um choque para ele conversar com aquele demônio dentro de mim,nunca quis falar nada daquilo para ele.

-Dean?-Perguntei preocupada

-Oi?-Ele falou interrompendo o próprio silêncio –Ainda estou aqui

-Você está na casa do Bobby?-Perguntei prestando atenção na estrada e no volante

-Não –Disse tenso

“Ele deve estar em algo muito sério para falar desse jeito” pensei comigo mesma

-Ai meu Deus –Falei com vergonha –Desculpa ter atrapalhado sua noitada, boa sorte com a garota –Falei desligando o celular

[...]

O telefone tocou de novo,olhei no identificador de chamadas:

“Dean”

Revirei os olhos,talvez ele tivesse dispensado a garota da transa,então decidi atender:

-Telefone ON-

-Fala –Bufei

-A onde você está?-Ele disse preocupado

-Em Lawrence,porque?-falei sem muito interesse

-Fica ai,estou indo te buscar –Ouvi um barulho de motor

-De aonde você está?-Perguntei confusa

-Minnesota –Ele falou sem muito entusiasmo –So preciso que você fique em um hotel ai perto.

-Porque?-Perguntei confusa

Era tarde demais,ele havia desligado

[...]

Me hospedei em um hotel,mas antes deixei a ambulância em um local bem longe,e coloquei a minha roupa,quando entrei no hotel,liguei para o Dean e disse aonde estava,fazia 40 minutos que eu estava esperando ele,até que alguém bateu na porta:

-Já vai –Falei abrindo a porta

Dei de cara com Dean:

-Oi Liz –Ele sorriu

-Oi Dean,cadê o Sam?-Perguntei saindo da frente dele para ele entrar no quarto

-Está lá fora –Ele disse entrando e se sentando na cama –Sente-se,temos que conversar