Nossa Eterna Usurpadora

o fruto do nosso amor


CD: Sim vovó, é uma linda menina, a copia fiel de Paulina. Depois de tudo o que aconteceu, finalmente uma felicidade. A minha felicidade, a minha Gabriela Martinez Bracho.

VP: E onde elas estão?

CD: A Paulina está no quarto agora, e a Gaby no berçário. Venham, vamos ver ela.

Seguindo Carlos Daniel, o restante da família caminha pelos corredores do hospital até o lugar onde a mais nova Bracho estava. As janelas de vidro do berçário possibilitava que todos pudessem ver e admirar aquele bebe que de fato tinha todas as feições de Paulina. Vestida uma roupinha branca e coberta por um lençol rosa claro, Gabriela se tornou o centro dos olhares de todos presentes, estavam dominados por um amor e carinho que aquela criança despertava. “Ela é linda não é?!” Era o que Carlos Daniel não parava de dizer, estava apaixonado por sua filha, aquele pequeno ser que antes mesmo de nascer já fez grandes mudanças em suas vidas.

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Passados alguns minutos, e nenhum dos Bracho havia parado de admirar Gabriela, o encanto daquele bebe hipnotizava todos da família, os impedindo de ser moverem daquele lugar. O mais fascinado era definitivamente Carlos Daniel, ele olhava a filha com um sorriso no rosto e um brilho no olhar emocionante. Apesar de não ser pai de primeira viagem, ele amava sua princesinha com todo o amor paternal que poderia existir, ele sabia o que aquele pequeno ser significava, era a prova viva do amor que sentia por Paulina e que ela sentia por ele. O fruto do mais belo amor que ele já sentiu.

Perdido em seu amor por sua filha, Carlos Daniel apenas voltou a realidade quando ouviu sua avó falando com ele.

VP: Carlos Daniel ?? Você está me ouvindo?

CD: Desculpe vovó, estava distraído olhando a Gaby.

Rodrigo: É mano, nós vimos você babando por ela. Estamos quase pegando um balde.

CD: Engraçadinho... mas não posso negar, estou apaixonado pela minha princesinha.

Lizete: Ai, já to vendo que fui esquecida.

Paulinha: Eu também Lizete.

CD: Olha o que eu vejo, minhas filhas estão com ciúme é? – Disse rindo pela atitude das meninas – Eu nunca vou esquecer vocês, vocês são minhas princesinhas também.

Lizete: Assim está melhor – Disse abraçando o pai, seguida por Paulinha que fez o mesmo.

Carlinhos: E papai, onde está a mamãe?

CD: Ah sim, vamos ver a Paulina.

E assim, mais uma vez, toda a família seguia os passos de Carlos Daniel, demoraram um pouco para ir para o quarto onde estava Paulina, porque simplesmente não conseguiam se separar e muito menos parar de olhar para Gabriela. Depois de andar um pouco, eles chegaram ao cômodo onde a nossa eterna usurpadora estava, ao entrarem, tentaram fazer o mínimo barulho para que ela não fosse incomodada.

Paulina descansava na cama que havia no quarto, quem a olhava pensava que ela estava dormindo, mas estava apenas com os olhos fechados, cansada pelo trabalho de parto mas com uma felicidade que a transbordava pelo nascimento de sua filha. Ao ouvir os passos e sussurros da família, Paulina abriu os olhos e sorrio.

Paulinha e Gustavo correram para perto da mãe, a abraçando: Mamãeeeee!!!

CD: Calma meu filhos, sua mãe precisa descansar. – Disse tentando tirar as crianças que a aquela altura já haviam subido na cama.

Paulina: Deixa eles aqui Carlos Daniel, eu estava com saudades.

Lizete: Oi mãezinha. – Disse Lizete se aproximando de Paulina, dando um beijo em sua testa.

Paulina: Oi meu amor.

Carlinhos: Estávamos com saudades mamãe.

Paulina: Eu também meu filho.

VP: Paulina, filha, como você está?

Paulina: Bem vovó piedade, cansada, mas feliz.

VP: Eu imagino, você acabou de trazer ao mundo uma linda menina.

Paulina: Vocês a viram?

VP: Sim filha, acabamos de a ver lá no berçário.

Rodrigo: É Paulina, e foi um custo tirar o Carlos Daniel de lá, ele não parava de babar pela filha.

Nesse momento, o quarto é tomado por risadas da família pelo comentário do Rodrigo. Mas Carlos Daniel e Paulina apenas se olharam e como sempre faziam, conseguiam transmitir seus pensamentos e anseios através dessa mirada. Aquele olhar traduzia todo amor, felicidade e emoção que eles sentiam.

Enfermeira: Olhem quem veio visitar a mamãe.

Cortando a transmissão de olhares, a enfermeira entra no quarto trazendo consigo a pequena Gabriela, ela passa por todos os familiares e coloca a menina no colo da mãe. Paulina segura sua filha entre seus braços e admira cada pedacinho de seu pequeno corpo, seu rosto, suas mãozinhas, seus pezinhos, tudo a encantava naquele bebê, ela era o fruto do único amor de sua vida.

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Enfermeira: Está na hora de amamentar.

Sendo assim, todos se retiraram para dar mais privacidade naquele momento a mãe e filha, todos menos Carlos Daniel. Ele ficou ali, admirando um dos mais ternos momentos que já presenciou, Paulina alimentando o pequeno e frágil corpo de sua filha. Enquanto nossa eterna usurpadora amamentava Gabriela, Carlos Daniel sentou-se na cama perto da esposa, passou seus braços em volta de seus ombros e beijou levemente sua testa. Ela não falou nada, apenas o olhou e continuou naquele ritual maternal.

Passado um tempo depois do fim da amamentação, a enfermeira voltou e colocou a pequena Gabriela no berço localizado no mesmo quarto onde Paulina estava. A família Bracho permaneceu por um bom tempo no hospital, em parte para fazer companhia a Paulina, mas o grande motivo era a pequena Gaby, que em pouco tempo depois nascer já havia conquistado o coração de todos.

VP: Paulina, já estamos indo filha.

Paulina: Mas já vovó piedade?

VP: Sim filha, já está ficando tarde, amanhã as crianças tem aula e sei que você tem que descansar.

Paulina: Sim vovó, preciso de uma bela noite de sono.

VP: Então boa noite filha, amanhã voltamos para lhe visitar. – Dando um beijo na testa de Paulina e virando-se para o gostosão - Você vai ficar Carlos Daniel?

CD: Sim vovó, nunca mais me separo da Paulina.

Vovó: Eu já imaginava. Bom, boa noite.

Todos se despediram de Paulina e Carlos Daniel e foram embora, deixando os dois sozinhos em silencio. Como nenhuma palavra era pronunciada, apenas o barulho do ar condicionado quebrava aquele silencio constrangedor.

Paulina: Bom.... eu vou dormir um pouco.

CD: Sim, meu amor descanse. Eu vou velar o seu sono e o de nossa princesinha.

Paulina apenas sorriu para o marido e deitou-se, acomodando-se ainda mais na cama. Ao fechar os olhos, percebe que o cansaço e o sono já dominavam seu corpo, mas antes que pudesse dormir, nossa eterna usurpadora abre os olhos após o chamado de Carlos Daniel.

CD: Paulina?

Paulina: Oi.

CD: Obrigado.

Paulina: Porque?

CD: Por ter me dado mais um filho, outro presente de Deus, o fruto do nosso amor.