Orihime caminhava para sua casa por uma rua escura, já estava tarde por isso resolveu pegar esse atalho.

_ Esse jogo demorou mais do que eu esperava, mas que bom que ninguém se machucou. Tomara que eu chegue a tempo de assistir “A hora de riso”. – Disse consigo mesma enquanto caminhava.

_ O que faz uma garotinha ta bonita como você andando por uma rua como essa? – Disse um homem alto e que parecia bêbado com um tom de voz pervertido.

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_ Oh... Nada. – Apressou o passo com medo, mas ele a seguiu.

_ Espere não gostaria de se divertir um pouco. – Segurou o braço dela.

_ Não! Por favor, me solte. – Ele a puxou mais para perto – SOCORRO!

O homem tapou sua boca para que ela não gritasse por socorro mais, e ela continuava se debatendo ao mesmo tempo em que o homem a empurrou para a parede, ela não conseguia se soltar o homem era muito mais forte. Com uma mão ele tapava a boca dela e com a outra começou a acariciar seus cabelos e seu rosto.

_ Você é muito linda. – Ela continuava inutilmente tentando se soltar e implorando para que alguém a ajudasse.

Quando o homem direcionou sua mão para os seios dela ela fechou os olhos já perdendo as esperanças de ser salva, então ela para de sentir o homem a segurando, abre os olhos e o vê caído no chão inconsciente e com o rosto sangrando. Ao lado dele estava um homem com uma vestimenta preta com detalhes brancos, uma máscara branca com detalhes vermelhos e uma espada completamente preta nas costas, que ela logo deduz que foi seu salvador.

_ Você matou ele? – Perguntou preocupada.

_ Não.

Orihime deu um pequeno suspiro de susto ao ouvir sua voz e logo levou a mão à boca e o olhou com medo.

_Su... Sua voz! O que você é?

_ Eu sou um humano comum, mas você pode me chamar de Shinigami, e minha voz é normal é apenas minha máscara que a modifica, não precisa ter medo de mim. – Percebe que ela ainda olha preocupada para o homem no chão – Mas o que realmente me impressiona é que mesmo ele tendo tentado te agarrar a força você ainda teme por sua vida?

_ Mesmo pessoas más tem direito a vida e ninguém pode tirá-la a não ser Deus.

_ Garota ingênua. Nesse mundo sempre tem alguém tirando a vida de outro alguém, mas com o tempo você vai aprender isso. – Ele disse por impulso, mas ao termino se puniu mentalmente por ser grosseiro com ela.

_ É melhor eu ir para casa. – Embora ele a tivesse salvado ela estava com um pouco de medo de sua aparência.

_ Espere! – Ele começou a caminhar na direção dela.

_ O... O que você quer? – Perguntou um pouco assustada.

_ Eu quero garantir que você chegue bem, então eu vou levá-la.

_ N.. Não precis...

Antes que ela pudesse recusar ele a pegou no colo e pulou rumo à parte leste da cidade. A primeira atitude que veio a mente de Orihime para fazer era bater nele, mas ao ver a altura em que estavam ela involuntariamente o abraçou forte. Ao sentir o abraço e os seios de Orihime contra seu peito ele corou drasticamente e agradeceu aos céus por sua máscara não revelar nenhuma parte de seu rosto.

_ N... Nós estamos voando?

_ Claro que não, eu simplesmente pulei. Um homem voar vai contra todas as leis da física.

_ Que legal! Dá para ver a cidade toda daqui de cima. – Disse impressionada com a vista, mas sem soltar do abraço pelo medo da altura.

_ Dá para ver sua casa?

_ Deixa eu ver. – Olhou para baixo procurando até que achou – É aquela ali. – apontou para uma casa amarela um pouco distante.

_ Ok.

Ao chegar ao chão ele mudou sua direção e com apenas mais um pulo chegou exatamente na casa de Orihime.

_ Nossa, você acertou exatamente a minha casa. Ah, e obrigada por me salvar e pela “carona” também.

_ De nada, eu só fiz o que achei certo. – Disse timidamente e se virou para ir embora.

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_ Espera! – Ela começou a caminhar em sua direção. – Será que você poderia... Me mostrar o seu rosto?

Ela o olhava com um olhar curioso e por algum motivo ele sentiu uma imensa vontade de dizer para ela quem ele era, de contar toda verdade para ela. Ele não entendia o que sentia “Por que eu me sinto assim quando estou perto dela? Por que essa vontade de protegê-la e de me abrir com ela?” pensou. Mas ele sabia que fazendo isso ele apenas estaria a envolvendo desnecessariamente e colocando sua vida em risco. E para ser sincero consigo mesmo, ele sabia o que sentia por ela, sabia o nome desse sentimento e por isso teve que lhe negar esse pedido.

_ Desculpe, mas eu não posso fazer isso. - Se virou e pulou de volta para o centro da cidade.

Orihime o olhou ir embora e depois entrou para sua casa, deitou no sofá e tentou entender o que tinha acontecido nessa noite. E ao se lembrar dela no colo dele e ela o abraçando seu coração bateu mais forte, por algum motivo ela se sentiu tão bem naquele momento, tão protegida apesar da aparência assustadora e de nem saber quem ele era. Sentimento parecido que ela sentiu na primeira vez que andou lado a lado com Ichigo na sua infância.

_ Por que estou me sentindo assim? Não tenho a menor duvida quanto ao meu amor pelo Kurosaki-kun, então por que me sinto assim? – Ficou pensando em uma explicação lógica para isso – Ah, deve ser porque ele me salvou de um grande perigo hoje, é isso.

Foi dormir com esse pensamento em mente.

-----x-----

_ “Eu estava indo para o galpão das empresas Hueco Mundo quando a encontrei sendo atacada por aquele marginal. Que bom que eu pude salva-la, mas será que eu poder estar sempre por perto para isso?” – Ichigo pensava até que chega ao galpão das empresas Hueco Mundo – Outra hora eu penso melhor sobre isso. Agora eu tenho uma vingança para planejar.