Three Dads

Problema 3 - Sinal verde pro futuro


― Como assim “grávida”?

Ela estava atordoada. Tinha dito aquilo tão casualmente que mal podia acreditar. E então, toda a coragem que ela possuía anteriormente, havia se esvaído, fazendo com que ela voltasse a encarar o chão.

O rosado mantinha uma expressão séria no rosto. Ele tinha ouvido aquilo certo?

― Como? ― voltou a perguntar, fazendo-a encará-lo.

― Natsu...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

― Como ficou grávida? ― ele estava confuso, e a loira percebeu.

― Eu vou precisar te explicar como uma mulher fica grávida? ― coçou a nuca nervosamente enquanto forçava um sorriso.

E então se assustou quando Natsu jogou o controle do videogame no chão.

― Não é hora para brincadeiras, Lucy! ― gritou.

― Eu quero explicar isso para os três. ― a loira sentiu seus olhos marejarem. ― Juntos.

O rosado bagunçou os cabelos e pegou o telefone. Olhou brevemente para a televisão e percebeu o “game over” que brilhava nesta.

― Merda. ― começou a discar algum número.

_____________________________________________

Encarou o grande prédio com os olhos brilhando.

Apertou os papéis em suas mãos, mostrando claramente o quão ansiosa estava.

Seu primeiro dia no novo estágio.

Ganhou fôlego e então disse para si mesma:

― Juvia consegue. Juvia vai dar seu melhor.

E passou pela porta automática, sentindo logo de uma vez o vento gélido do ar condicionado tocar seu rosto.

Estava encantada com aquele lugar.

Grande, com paredes branco-azuladas e piso reflexivo. Alguns vasos com plantas, bem verdinhas, podiam ser vistas nos cantos das paredes. E três elevadores no fundo daquela sala, todos no tom prata e funcionando.

Ela amou aquela empresa. E só estava na recepção.

Foi então que sentiu o choque de um corpo bater contra o dela. E claro que ela caiu no chão.

Talvez ela não devesse ter olhado para cima.

Sim, se ela não tivesse olhado para cima, aquele monte de emoções não teriam a invadido.

Um moreno, aparentemente apressado e descamisado, tinha acertado-a em cheio.

Em todos os sentidos.

E ela não ligou nem um pouco para o fato de que ele estava sem camisa.

E talvez fosse sua imaginação, mas... Ele estava brilhando?

Ela não conseguia pensar em nada, apenas na mão dele que agora estava em sua frente, tentando ajudá-la a se levantar. Ela não negou a ajuda.

― Puta que pariu, garota. Olha por onde anda. ― ele falou claramente irritado, mas a única coisa que ela ouviu, foi o mágico som de sua voz.

― Juvia sente muito. ― ah, sim, ela estava completamente hipnotizada pelos olhos dele. Azuis? Cinzas? Azul-acinzentados? Cinza-azulados? Juvia não sabia dizer. O seguiu com o olhar até que ele desaparecesse.

Certamente ela ainda amaria muito aquele lugar.

_____________________________________________

― “Natsu, estou esperando um filho seu.”

― Pare com isso, Mira-nee.

― Ou talvez ela diga “Eu estou apaixonada por você. Faça-me sua, Natsu!”.

Mirajane e Lisanna estavam bastante curiosas com a tal loira que havia aparecido do nada e, por isso, decidiram observar a casa ao lado pela janela. Ideia da Strauss mais velha, claro. Infelizmente não dava para ouvir nada, e, por isso, Mirajane tentava adivinhar o que a tal loira tinha dito pra deixar o rosado tão chocado.

― Não sei... Natsu ficaria desse jeito por algo assim? ― a albina mais nova perguntou.

― Quem sabe? Ele é imprevisível. ― Mirajane sorria calmamente.

― Isso é verdade. ― Lisanna riu.

― Como na vez que ele nos contou o motivo de ter se mudado para cá. Caçar fantasmas... Onde já se viu? ― Mirajane aumentou o sorriso ao ver o jeito da irmã.

Para a albina mais velha, seus irmãos eram tudo. E ela só precisava deles para ser feliz.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

― Ele parece irritado. ― Lisanna disse fazendo a irmã voltar de seus pensamentos.

Elas viram a loira se encolher enquanto Natsu gritava alguma coisa com ela. Também perceberam que ela quase chorara.

Mas o que diabos estava acontecendo?

Depois que ele ligou para alguém, nada mais aconteceu. Eles apenas estavam sentados frente a frente, mas sem se encarar e aparentemente sem trocar nem uma sílaba. E quando elas já estavam ficando cansadas de esperar algo acontecer, um moreno seminu junto a um ruivo desarrumado, apareceram pela porta.

Alguma coisa muito séria tinha acontecido, e Mirajane ia descobrir. Ou então ela não se chamava Mirajane Strauss.

_____________________________________________

Triiim, triiim

Ele acordou irritado com o insuportável barulho do telefone.

Quem seria o infeliz que ligaria para ele a essa hora da tarde?

Tsc. Finalmente tinha tirado folga do trabalho e não queria ser perturbado por ninguém.

Depois de um longo bocejo, o moreno se levantou preguiçosamente e foi até o telefone, pegando-o.

― Alô?

Gajeel-kun?― ele reconheceu a voz feminina do outro lado. ―Desculpa. Juvia te acordou?

― Sim. ― respondeu com seu normal tom arrogante, mesmo sabendo que ele não fazia efeito algum na garota. ― O que você quer?

Que você venha buscar Juvia.

― Não está meio cedo para isso?

Juvia foi liberada mais cedo. A pessoa que estava encarregada por ela teve alguma emergência e foi embora. ― ele suspirou. A mania da garota de falar sempre na terceira pessoa, o irritava profundamente. ―Por favor.

― Se vire. ― bocejou novamente.

Que cruel, Gajeel-kun. ― protestou, e ele podia ver claramente a expressão chorosa que ela certamente fez ―Mesmo quando você tinha prometido buscar Juvia no trabalho...

― Tá, tá. Fique onde você está, que eu já estou indo. ― ele sabia que ela tinha soltado um sorriso vitorioso. Juvia sempre conseguia o que queria de Gajeel, e ele nunca conseguia dizer “não” para ela.

Ok. Juvia não sairá daqui, então venha logo. ― e desligou o telefone antes que o moreno pudesse responder qualquer coisa com arrogância, como sempre.

Gajeel se arrumou antes de ir até a garagem e pegar sua Harley preta, o seu maior tesouro.

Colocou o capacete, deu partida e seguiu caminho até onde sua amiga estava esperando.

A verdade é que Juvia e Gajeel se conheceram no primário, e estão juntos desde então.

Essa coisa é chamada de “amigos de infância”, não é?

Um sempre estava ajudando o outro, apoiando o outro, e até mesmo consolando quando acontecia alguma decepção amorosa ― nesse caso, era mais a parte de Gajeel. Ele já havia perdido a conta de quantas vezes Juvia havia chorado por amor, coisa que ele nunca descobriu o que é, já que nunca se apaixonara antes.

Aliás, ele já tinha começado a pensar que o tal do “amor” sequer existe.

Por sorte não havia trânsito e a estrada que ele pegara estava praticamente sem carro algum, mas ele ainda assim não andava em alta velocidade.

E então tudo aconteceu muito rápido.

Uma figura azulada, do nada, apareceu na frente da moto, distraída.

Gajeel conseguiu fazer um desvio rápido por reflexo, e não atropelou a tal mulher. Como consequência, a moto derrapou e ele caiu junto com sua preciosa Harley.

A azulada também caiu, com o susto.

― Você é louca?! ― gritou o moreno enquanto se levantava.

― Eu... Eu... ― ela tentava formular o que tinha acontecido, ainda sentada no meio da rua, do mesmo modo que havia caído.

Por sorte a rua era bem deserta, caso contrário, um círculo de pessoas curiosas já haveria se formado.

― Sua mãe nunca te ensinou a olhar para os dois lados antes de atravessar a rua? ― voltou a gritar, agora já se aproximando da garota.

― Eh? Ela ensinou sim. Você que apareceu do nada. ― gritou de volta, saindo do choque e já se levantando. Foi então que ele percebeu a altura dela.

"Tão pequena como um rato", pensou.

― Alguma coisa está errada aqui, porque foi você quem tentou atravessar fora da linha de pedestres e com o sinal aberto. ― ele cruzara os braços e, se não estivesse de capacete, ela veria o quão assustadora estava sua expressão.

― Ugh. É verdade. ― disse simplesmente e olhou para o relógio em seu pulso. ― Atrasada!

Saiu correndo deixando um Gajeel completamente pasmo. Retirou o capacete e observou a azulada correr apressadamente.

― Oy, ainda não resolvemos isto aqui! ― gritou, mas ela provavelmente não ouviu. ― Tsc, que ratinha mais idiota. ― sussurrou, voltando toda a sua atenção para o seu tesouro que estava estirado no chão.

_____________________________________________

O moreno estacionou a Mercedes prateada no estacionamento em frente à casa e abriu a porta, revelando que a maior parte das peças de roupa haviam sumido sabe-se lá como.

Maldito hábito de retirar a roupa sem perceber.

E maldito seja Natsu, por ligá-lo logo quando estava no meio do trabalho. Por sorte, quem estava na presidência hoje era Cana, e ela logo o liberou ao saber que era uma emergência.

Aliás, sempre que Lucy estava no meio, era considerada uma emergência.

Gray viu a BMW preta fazer o mesmo caminho que ele fizera antes e ser estacionada ao lado da sua Mercedes.

Dela saiu um ruivo um tanto desarrumado e que logo se aproximou do moreno.

― Natsu te ligou também? ― Gray perguntou quando Loke se aproximou. Este afirmou com a cabeça.

Realmente o assunto de Lucy era extremamente sério.

Se apressaram e entraram na casa.

Olharam para Lucy e Natsu, que estavam sentados cada um em um sofá, de frente, mas sem se encararem ou sequer conversarem.

Natsu mantinha uma expressão séria, o que não era algo normal. E Lucy tinha uma expressão um tanto triste.

― O que houve? ― Loke foi o primeiro a se pronunciar. ― Quem morreu?

― Está mais para “quem vai nascer”, não? ― Natsu ironizou, encarando a loira pela primeira vez, fazendo com que ela se encolhesse mais.

― Hã? ― o moreno e o ruivo ficaram confusos.

― Anda, Lucy, fala para eles. ― o rosado se levantou e gritou novamente.

― Ei, Natsu, seu idiota. Não grita com ela. ― Gray tentou acalmar o amigo, com um pouco de sucesso, já que o rosado sentou-se de volta.

A loira levantou a cabeça e, ignorando completamente o estado dos amigos ― Gray estava apenas de cueca, já Loke tinha sua camisa branca abotoada totalmente errada e várias marcas de batom ― começou a chorar.

― E-ei... Lucy... ― Loke foi até ela e colocou os braços ao redor de seus ombros, numa forma de confortá-la.

― Eu estou grávida. ― falou, ainda chorando.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Os outros dois paralisaram ao ouvir tais palavras.

A partir de então, a vida de nenhum deles seria a mesma.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.