ALEJANDRO

-Levante- se.- ordenei- Levante- se!
Mas o corpo inerte no chão recusava- se a mexer.
Adaptar- se a novos corpos é realmente uma merda!
Esse, chamava- se James Foster e estava particularmente feliz hoje, quando sua namorada aceitou o pedido de noivado. Meu antigo corpo tinha entrado em combustão depois de 3 anos de uso.
Então, assassinei a mulher e me apossei de James.
Fácil, simples e acabei com a vida e a felicidade de alguém. Meu trabalho estava feito.
Finelmente, consegui levantar James. Cambaleei até uma árvore próxima e me encostei nela, ligeiramente cansado.
Enxuguei o suor da testa, e percebi uma mulher que caminhava em minha direção.
A mulher era loira, com várias mechas azuis no cabelo; pele bronzeada e olhos verdes intensos. Parecia ter 17 anos.
Porém, conseguia ver sua forna espectral, por trás do corpo: tinha cabelos negros muito lisos, pele branca e olhos azuis elétricos.
-Arabelle...- murmurei, sem nenhum sentimemto na voz. Bom, eu não podia dizer que estava feliz em vê- la.
Arabelle sorriu, um sortiso inocente, naquele rosto inocente. Isso nã combinava com ela.
- Não está feliz em me ver Alejandro?- disse, com um sorrisinho e tascando um beijo em meus lábios.
Encostei a mão no lugar onde Arabelle havia me beijado, incoscientemente.
Ela sorriu novamente.
-Sabia qur você sentiria minha falta...- e se aproximou novamente.
Empurrei- a.
-O que você quer, Arabelle?- perguntei.
Ela pareceu ofendida.
-O que eu quero, Alejandro...?
Cruzei os braços.
-Diga logo, Arabelle. Tente conseguir de outra forma que não seja sexual. Dessa vez a senhorita não vai me levar para a cama.
Ela estreitou os olhos.
-O que está insinuando?
Suspirei.
-Que você é uma maníaca traumatizada pela traição no fia de seu casamento!- soltei.
Desejei na mesma hora não ter dito nada, ou melhor, não ter morrido.
A forma espectral de Arabelle ficou roxa de raiva. O corpo da garota começou a fumegar.
-O que você disse? O que você disse?
-O corpo da menina vai queimar, querida.- eu tentei soar calmo.
Em uma fração de segundo, me vi sendo levantado do chão e encostado na árvore pela gola da blusa.
Engoli em seco, nervoso.
-Me escute, del Rosso.- ela disse, baixa e ameaçadoramente. A coisa não podia ser boa se Arabelle estava usando meu sobrenome.- Posso ser mais nova, mas sou muito, MUITO, mas forte e cruel que você. Muito. Posso te mandar para o Inferno antes de você pensar em pedir piedade. Se eu fosse você faria tudo que eu mandasse. Se você der valor a sua morte...
Ela me soltou, e eu caí com tudo no chão. Eu sabia que Arabelle tinha razão. Quer dizer, sobre ela ser mais forte que eu. E que não teria pena de me matar.
Então eu disse finalmente:
-Eu faço. O que você quer, Arabelle?

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