“Querida amiga,

Já faz cinco dias que eu estou aqui no hospital, sem poder fazer nada. Apenas tendo consultas com o Oliver e com a Ashley. Tomando soro o dia inteiro. Nada acaba por aqui, assim que eu sair do hospital vou continuar fazendo tratamento com o Oliver no consultório do próprio, melhor do que ficar enfunada e apodrecendo nesse hospital! Provavelmente, terei alta hoje! Estou um pouco animada...”

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Ei Car gatinha... – disse o Oliver rindo enquanto entrava no meu quarto.

– Fala gostoso. – eu ri.

Sim, nesse pequeno tempo, ou não, nós estávamos bem próximos. Eu, Oliver e Ashley. Com apelidos bem diferentes. Mas é assim que amizade é para mim!

– Consegui alta para você hoje á noite. – disse ele olhando para o relógio.

Olhei para o relógio e marcava dez horas da manhã.

– Oba! Vou me livrar de você! – disse irônica.

– É ai que você se engana... – disse ele se aproximando de mim, e em seguida do meu rosto, quase colocando nossos lábios, enquanto eu fitava aqueles lábios carnudos. – Você vai ter consultas comigo, no meu consultório. – disse ele saindo e me tirando do transe.

– Eu sei, gato. Estava sendo irônica. – pisquei para ele, rindo.

– Enfim, antes de você sair, alguém tem que doar sangue para você. A senhorita perdeu muito sangue. Os soros foram mais para deixar você forte e ajudar com o sangue. Porém...

– Afê, Oliver! Acelera aí então! Quero sumir desse lugar.

– Tem noção de alguém que possa ter sangue A positivo?

– Minha mãe! Meu pai! É claro... Dãr. – disse zombando dele.

– Engraçadinha. – disse ele sussurrando no meu ouvido me fazendo arrepiar. – Vou falar com um deles! – disse saindo do quarto

– Ok, vai lá.

Ele saiu do quarto. Aconcheguei-me na maca e adormeci.

[...]

– Caroline, Caroline acorda. Seus pais precisam falar com você. – ele disse com uma expressão de preocupação.

– Oi pai! Oi mãe! Vou sair do hospital hoje! Só preciso que um de vocês doem sangue pra mim! - disse sentando na maca em um pulo.

– Filha esse é o problema...

– O que? – disse sem entender o que minha mãe acabara de falar.

– Filha... – eu interrompi minha mãe.

– Fala logo!

– Filha, você é... adotada! Não temos como doar sangue pra ti! – disse meu pai.

– Saiam daqui!

– Filha se acalme. – disse meu pai.

– SAIAM DAQUI!!!!! AGORA!!!! – disse de cabeça baixa e apontando para porta.

Eles saíram e eu bati com tudo na maca. Tirei aquelas agulhas de dentro de mim. Oliver tentou impedir, mas eu não o escutei.

– Caroline! Para com isso.

– Parar? Tenho 16 anos e eles nunca me falaram nada.

– Car, você pode ser adotada, mas eles te amam!

– Isso não me importa, não mais.

– Eu posso doar sangue pra ti, Car! – eu me acalmei.

– Só você mesmo, Oliver. O que você é? Mágico? Bruxo?

– Sou só perfeito e o amor da sua vida. – ele disse convencido. – Depois eu volto. – disse saindo

– Aham, ok... AONDE VAI?

– Doar sangue! – eu sorri.

[...]

Ele voltou e aplicou o sangue em mim. Senti-me melhor. Porém, me deu mais sono do que o normal, eu acabei adormecendo.

[...]

– Caroline, acorda. Vamos sair desse hospital! – disse Oliver sem seu jaleco branco. Agora ele vestia uma camisa branca em gola ‘V’, uma calça jeans rasgada, sapatos e jaqueta de couro preto. Sorri ao vê-lo.

– Ok, só preciso tirar esse vestido, ou seja lá o que for essa merda. – percebi que não estava com nenhuma agulha, sorri e fui tirando aquele negócio que estava sobre mim.

– Ei, ei, espera eu sair antes. – disse ele tapando os olhos.

– Vai dizer que nunca viu? – disse olhando séria para ele.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Não né, Caroline Jones. Já vi. Mas é diferente. – disse ele se virando, olhando para a porta. – Ande coloque sua roupa.

Estava colocando minha roupa, quando percebi que Oliver olhava para mim ás vezes. Comecei a rir. E ele se virou. Já estava com toda a minha roupa e meu cabelo liso e ruivo de sempre!

Saímos do quarto, me despedi da Ashley. E fui até o carro de Oliver. Ele iria me deixar em casa.

Quando ele ia dar partida, eu soltei:

– Espera, não quero ir pra minha casa. Me leva para a sua. Por favor.

– Mas, Car...

– “Mas” nada. Vamos para a sua casa, por favor.

– Tá. – disse Oliver dando partida e indo para a casa dele.

Encostei minha cabeça no vidro e fiquei olhando a rua.

Depois de um longo tempo, chegamos. Desci do carro e esperei Oliver. Entramos na casa dele. Era uma casa chique, coisa de médico cheio da grana, mas era pequena. Ri com meus pensamentos. Tirei minha jaqueta e meu sapato, me deitei no sofá.

– Vai ficar aí? Não quer trocar os lugares?

– Não, gosto de dormir em sofás.

– Tem certeza?

– SIM, OLIVER, EU TENHO! Agora, vá dormir. Só preciso de um lençol.

Ele saiu, entrou em um quarto. Ficou lá por um bom tempo. Saiu, estava com uma camisa azul marinho e um shorts preto com um lençol e um travesseiro na mão. Agradeci, peguei as coisas e me acomodei no sofá, fingindo estar dormindo.

Assim que ele saiu, me levantei, tirei minha calça e deitei, me cobrindo com o lençol. Fiquei tentando dormir... Mas o sono não vinha. Não tinha sono. Ás vezes que dormi no hospital era efeito do soro. Depois de um longo tempo pensando. Era quase uma hora da manhã. Adormeci.

[...]

Acordei no dia seguinte com o sol em meu rosto. E Oliver gritando:

– CAROLINE, GATINHA, VEM TOMAR CAFÉ!

Levantei-me e segui a voz. Estava com sono, então fui cambaleando até ele. Ele estava na cozinha, já vestido. Com uma camisa de botões verde, dois abertos e com as mangas dobradas mostrando seus braços fortes.

– CAROLINE! – disse ele tampando o rosto.

– Nossa, não sou tão feia assim quando acordo. – disse rindo

– Não é isso, você é linda. Mas é que você tá sem calça. – me lembrei que havia tirado para dormir, aquilo me incomodava.

– Ah, é mesmo. – disse rindo. – Oliver, você não está vendo nada demais. Me poupe, vai.

– Ok. – disse ele destampando o rosto. E colocando panquecas em um prato. – Mel ou chocolate?

– Chocolate! – disse a ele, sentando em frente as panquecas.

Terminei de comer, vesti minha calça. Coloquei meu sapato e segurei minha blusa na mão.

– Gostoso, me leva pra casa?

– Claro, gostosa, vamos!

Saímos da casa dele. Entramos no carro e partimos em direção a minha casa.

Chegando lá, me despedi dele. E entrei em casa. Não havia ninguém lá dentro.

“...Fui para os fundos e lá estavam eles. Se divertindo, se abraçando, sorrindo. Como se nada tivesse acontecido. Aquilo me fez mal. Deixei eles de lado. Subi para o lixo do me quarto. E percebi o quão melhor o quarto do hospital é melhor. E agora, aqui estou eu... Escrevendo para você, Kristin!”