Titanic - A Garota Congelada

Epílogo - Narrado por Melissa Overight


13 de abril de 2020 - Residência dos Lyvey, Queens

Fazem sete anos, Jack vai fazer doze anos amanhã, minha filha, Madeleine, vai fazer um ano em três dias. Agora meu nome não é só Melissa Overight, meu nome é Melissa Overight Lyvey. Peter odeia ser chamado de Klavy, então finge que esse sobrenome não é dele, parece até uma criança. Jack agora também tem nosso sobrenome, como se realmente fosse nosso filho.
Madeleine, que está aprendendo a andar, está brincando com o irmão. Madeleine tem os cabelos castanhos escuros e os olhos verdes. A pequena lembra vagamente minha irmã mais nova, que morreu assim que "voltei a vida".
Peter está ao meu lado, ele agora é policial mas está de férias, depois de um bom tempo sem. As crianças estão aproveitando os últimos momentos aqui nessa casa, que era a antiga casa do falecido Philip, amanhã iremos nos mudar para o Brasil, onde mora a mãe de Peter. Vamos morar em São Paulo. Ainda estou tentando me acostumar com a ideia da mudança para outro país, vou ter que aprender a falar português, assim como Peter e Jack. Para Mad não vai ser tão difícil, afinal, ela ainda é pequena.
Peter herdou toda a fortuna de seu pai, mas não gastou quase nada até agora. Diz que não é certo usar um dinheiro que o pai dele ganhou de um modo ilegal.
–Mãe! Mãe! - Jack venho correndo em minha direção, com a pequena no colo.
–O que foi? Aconteceu alguma coisa? - perguntei preocupada.
–Fala pra ela, fala! Ma-mãe. Fala Mad, fala.
–Ma-mãe. - a pequena repetiu as palavras de Jack. Abri um sorriso que deve ser assustadoramente grande. - Ma-mãe. - ela fez como se estivesse pedindo meu colo, a peguei e sentei.
–Fala pa-pai. - Peter, que estava ao meu lado, falou para a pequena.
–Ma-mãe. - ela falou.
–Não, mamãe não! Pa-pai.
–Chak - ela falou, acho que querendo dizer Jack.
–Não! - Peter colocou a mão na testa. - Pa-pai. Jack não. Pa-pai.
–Ma-mãe.
–Mas que merda! Ela não fala papai! - eu ri com a reação de Peter.
–Meda. - ela falou e eu encarei Peter com uma cara de aniquiladora.
–É... Desculpa... Era para ela ter falado papai. - dei um tapa em seu ombro.
–Chak. - Mad falou olhando para o irmão. Coloquei-a no chão e ela foi engatinhando para o maior.
–E Peter! Ensinado palavra feia pra menina, onde já se viu? - falei, o olhando.
–Não foi minha intenção, eu juro! - ele falou, erguendo as mãos.
Nesse momento Katheryn, a mãe de Peter, entrou. Ela esta aqui para nos ajudar amanhã.
–Oi gente! Voltei. - ela falou.
–Meda. - a pequena Madeleine falou, ou quase gritou.
–Ai meu Deus! Quem ensinou isso para ela? - Katheryn perguntou com as mãos na cintura.
–Pa-pai. - Mad acabara de dedurar o próprio pai.
–Mas o que?! - Peter gritou - Eu desisto dessa vida! Minha própria filha me dedurando! - ele ergueu as mãos, em forma de rendição.
Agora é assim nossa vida. Sem medo de alguém vir e me sequestrar para fazer experiencias. Uma vida de uma família feliz e normal, ou quase normal...

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