Um estrondo percorreu o salão de baile. Ron, Harry e eu nos olhamos.

Merlin me odeia, só pode!

Mas eu sabia. Era a Guerra, a Batalha Final. A Decisão Final, seja lá o que for que isso significa. Meu cérebro acha que alguma coisa entre essas três tem a ver, que as une. Todos se olhavam. A Prof. Minerva que antes ao microfone falava alegremente, agora seu rosto estava pálido.

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-Por favor, fiquem calmos. Desculpem mas sugiro que voltem para as suas casas!- Harry, que agora estava ao microfone amparando Minerva, falava.

O salão foi esvaziando, quando estava apenas eu, Rony, Harry e os professores, Dumbledore foi dando as regras:

-Hermione, Harry, Rony e eu vamos até a Floresta Proibida. Minerva, Hagrid, Snape e os outros fiquem aqui e ao menor sinal de movimento, tem minha permissão para atacar.

Todos concordaram. A vida de todos estava em guerra. A escola estava em jogo.

-Posso ajudar!

Uma voz rouca quebrou o burburinho entre professores. Todos olharam em volta e vimos apenas uma cabeça loira, que ao poucos foi se revelando. Era Malfoy com a capa da invisibilidade. Sorrimos, agora que Draco era nosso amigo, que estava do nosso lado, podíamos finalmente contar com ele. O loiro, foi resolvido que viria conosco.

Fomos nos aproximando cada vez mais da Floresta. Corujas piavam, um cheiro de mato e a lama que por muitas vezes nos sujava. Quando olhei para o lado, Rony e Draco estavam estirados no chão sobre uma pessoa. Sim, Harry. Tentamos acordá-lo mas em vão.

-A cicatriz dele começou a doer muito então quando vi ele já estava aqui estirado no chão!- Rony justificou.

-Está vivo. Fiquem calmos. Melhor voltarmos. - A voz de Dumbledore soava como uma resposta.

Nos viramos para colocar um feitiço sobre Harry.

-Ah, tão rápido? Não, não, não, vamos brincar um pouquinho! Acabaram de chegar! Preciso ver um pouco de... Draco, meu querido!

Era uma voz feminina.Fria e aguda, que logo identifiquei ser de Bellatrix. Me virei bruscamente e lá estava ela, horrível como sempre, seus cabelos pretos todos enroscados e ela, montada em uma vassoura com a varinha em sua mão, iluminando o resto, ou melhor, a parte da Floresta a sua volta. E pela primeira vez durante todos esses anos, pensei em como seria bom ser uma trouxa. Uma trouxa simples. Uma trouxa tão simples, que levava uma vida com seus pais, estudando e tendo amigos normais, SENDO normal. Sendo tão normal que não acreditava em magia, que nunca viu um feitiço na vida, que nunca viu um bicho estranho, que nunca.. Que nunca ouvira falar de Hogwarts uma vez na vida. A esse pensamento, estremeci. Eu não poderia pensar nisso. Tinha vidas em jogo nesse momento. Principalmente, a minha. E também, a dos trouxas...