Andhorar, o reino dos elfos de luz, governado pelos reis Candice Arcoleve e Tanaris Sombralunar estava agora visível aos inimigos. Sem o cristal mágico, o castelo não ficará mais camuflado, o que é um risco a segurança de todos, inclusive das joias de Eiwa.

Todos os soldados e guerreiros do reino estavam em alerta para um possível ataque surpresa. A tropa dos cavaleiros da morte não devia estar muito longe, e a frota de navios de Barrens também não. Entretanto, os heróis só tinham conhecimento dos cavaleiros de Ellian, e desconheciam a frota de orcs, bárbaros e anões liderados pelo general Teranon, o visionário que avançavam pelo oceano a toda velocidade. Sammus, Aladar e Luna treinaram bastante também, para ajudar na grande batalha que decidirá o destino de Tarkarian, e junto deles estavam Sobekk, Candice e Grimm, auxiliando no treinamento.

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-Sammus, devemos lançar algum sinal que o feiticeiro Morgan veja, e assim ele virá!

-Concordo rainha. Mas o que? –Sammus perguntou.

-Bom, posso lançar uma saraivada de flechas para o alto, todas pegando fogo. Talvez ele veja!

-Pode dar certo! Vamos então para um lugar alto. –Candice e Sammus subiram na torre mais alta de todo o castelo, no hall dos espíritos. De lá, eles se dirigiram até uma varanda de onde dava para ver todo o reino.

-Aqui está bom. Atire comigo, garoto. –Sammus e Candice miraram para o alto, e uma flecha de cada um fora atirada. A rainha estava usando sua aljava mágica, enquanto Sammus estava usando seu anel de poder. As flechas cortaram o céu em uma velocidade surpreendente, e ao alcançarem uma altitude muito elevada, elas explodiram em várias cores diferentes.

-Parece um arco-íris destruído! - Sammus brincou. –a explosão iluminou todo o castelo, e a união de diversas cores no céu fez os olhos dos elfos do reino de Andhorar brilharem de esperança.

Sammus estava apreciando o espetáculo no céu, mas Candice Arcoleve estava concentrada em outra coisa. Ela olhava na direção sul fixamente, sem perder o foco, e o arqueiro percebeu isso.

-Alteza, o que tanto olha? – ele perguntou.

-O estopim de nossa batalha final. –De inicio o garoto não entendeu, mas depois ele também olhou na mesma direção e compreendeu o que a rainha quis dizer. Uma tropa de cavaleiros da morte avançava furiosa na direção do castelo, e não estavam dispostos a parar. Entretanto, ainda havia a floresta de prata, a defesa natural do reino de Andhorar, que deveria contê-los por um tempo.

-Acha que eles entrarão na floresta? – Sammus perguntou.

-Não duvido. Os animais e as feras os atrasarão por um tempo, mas devemos estar preparados para a invasão. Os faunos e centauros são exímios guerreiros, e eu conto com eles para a defesa. Porém, ainda resta um recurso não utilizado: os valentes soldados do reino de Kringodh.

Na floresta, a paz reinava inerte. Os pássaros cantavam felizes, e as fadas zelavam pela vida das árvores milenares, que protegiam os animais que habitavam ali. Tudo parecia perfeito naquele local, até que barulhos de cascos são ouvidos e o terror toma conta da floresta. Dezenas de cavaleiros negros invadem a floresta de prata, matando animais e derrubando árvores com seus poderes destrutivos. Os faunos se apresentaram com lanças e adagas, prontos para a batalha. Os cavaleiros avançaram, mas o sátiros os detiveram com suas armas rudimentares e corações valentes. Os protetores da floresta lutavam bravamente contra os malignos, que retribuíam com spells mortais que destruíam os espíritos dos faunos sem piedade. Gritos e urros podiam ser ouvidos a milhas dali, e foi isso que alertou a rainha Candice Arcoleve. Os soldados estavam prontos; os arqueiros em posição de ataque e os magos com suas magias de alta escala na ponta das varinhas. As armaduras brilhavam com a luz do poderoso sol; e com a chegada do primeiro cavaleiro da morte, os guerreiros irromperam numa corrida até a floresta de prata. Os malignos desmontaram de seus cavalos descarnados, que desapareceram em seguida. Com sabres e espadas em mãos, os cavaleiros partiram ao ataque, e os dois exércitos se chocaram. Armas se encontravam violentamente, e algumas armaduras não resistiam. Os faunos haviam sido derrotados, e corpos destroçados podiam ser vistos ali. O sangue jorrava em abundância do corpo dos soldados, que, todavia não desistiam. A batalha se intensificava mais e mais, e a fúria dos dois lados era incrivelmente poderosa.

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Do hall dos espíritos, Candice conseguia visualizar uma parte da batalha, que já era assustadora por si só. Entretanto, isso se tornou um problema menor quando a rainha avistou um dragão gigante vindo em sua direção. Aquele que o montava era ninguém menos que o feiticeiro Morgan, um dos herdeiros dos cavaleiros da morte.

-Sammus, diga a Sobekk que venha até aqui. –após o arqueiro ter trago o paladino até onde estavam, a rainha ordenou:

-Sobekk, abaixo do meu trono há uma passagem secreta. Ela leva a uma pequena sala onde está sepultado o corpo de Sylvanna/Eiwa, e eu preciso que você fique de guarda para que ninguém tenha acesso a esse lugar.

-Entendido, alteza.

-Sammus, diga a Luna que venha aqui. –novamente, o garoto fez o que a rainha lhe pediu.

-Precisa de mim? – Luna perguntou.

-Sim. Eu ia mandar Martin até o reino de Kringodh para chamar os soldados, mas tive uma idéia melhor. Tente se comunicar com arch-mensageiros do reino de Normmaedon, mais precisamente da cidade Castlebridge

-Sim senhora.

-Sammus –a rainha prosseguiu – Você, Aladar e eu iremos para o campo de batalha. Meu marido irá lutar na floresta para ajudar os nossos soldados, e devemos segurar a barra até os soldados de Normmaedon chegarem, se chegarem.

Sammus viu um mapa exposto no hall dos espíritos que mostrava a região onde Andhorar fora fundada. Ele percebeu que a floresta não protegia o castelo todo, apenas na parte sul. No lado leste havia um descampado que acabava no litoral do continente. Ali havia um porto, e perto dali uma pequena vila de elfos.

O dragão se aproximava mais e mais, e Candice estava preparada para qualquer ataque. Entretanto, o monstro não fez o percurso que a rainha imaginava; Morgan o guiou para os céus, e desceu a toda velocidade no castelo. O impacto foi tão grande que destruiu uma das torres de Andhorar, mas que matou a criatura gigante. O feiticeiro entrou pela torre destruída e finalmente encontrou Sammus e Candice no hall dos espíritos.

-Saudações rainha. Vejo que retirou sua defesa principal daqui...

-Morgan, nos devolva o colar de Eiwa, e o deixaremos vivo. –o feiticeiro riu como nunca, e depois respondeu:

-Eu matarei vocês dois tão rápido que nem irão sentir dor. Ma antes, digam-me, onde estão as outras relíquias?

-Pergunte para a sua mãe, seu infeliz! –a rainha respondeu – Morra!!!!!

A rainha atirou uma rajada de flechas tão poderosas que Sammus achou que iria morrer ali.