Pollyanna
Capítulo 9 - jogo do contente
POV Tom Riddle
Pollyanna não significava mais nada para mim, apenas uma sangue ruim atrevida e inconsequente, desde que descobri que meu pai era um trouxa desprezível jurei mata-lo, nada me deixaria mais satisfeito do que ver a luz deixar seus olhos, seria o fim de Tom Riddle e o ascensão do maior bruxo de todos os tempos, Lord Voldemort.
Eu sentei-me ao lado de Malfoy naquela manhã fria, o inverno já chegara e Hogwarts estava repleta de enfeites de natal. Meus olhos percorreram a mesa da grifinória onde encontrei Pollyanna abraçada com Jeremy Lee, senti a raiva queimar dentro de mim, eu a odiava, eu a odiava por ser a Miss contente, por ser nascida trouxa, por ser tão boa e ver algo de bom em mim que nem eu mesmo vejo, mas não conseguia vê-la com aquele garoto sem desejar tortura-lo até ele perder os sentidos.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Já tentou pedir desculpas a ela Tom? - sugeriu Abraxas.
– Alguém pediu sua opinião Malfoy? - eu disse rude me levantando.
– Aonde você vai?
– Não lhe interessa.
Eu fui para a biblioteca na sessão reservada, havia algo ali muito importante e que poderia me entreter. O Livro era o Segredo das Artes Mais Tenebrosas e falava tudo sobre horcruxes, eu me tornaria imortal, o maior bruxo de todos os tempos para sempre, eu sorri com esse pensamento e não notei quando ela se aproximou até um pergaminho ser jogado com força em cima do livro.
– Que é isto Miss Whittier? - eu perguntei impaciente.
– A resposta. - ela disse receosa. - Leia.
Eu abri a carta e a li, havia sido escrito pela minha avó, era estranho dizer isto e aquelas palavras gentis não me atingiam, continuava com a mesma vontade de mata-los, então entreguei a carta a Pollyanna e dei de ombros. A loira suspirou e se debruçou sobre a mesa.
– Eu te perdoo.
– Que?!
– Eu te perdoo, eu estava pensando e, eu não estou jogando.
– Jogando o que Whittier?
– O jogo do contente. - ela dizia ainda debruçada sobre a mesa me fazendo olhar em seus olhos azuis radiantes, como ela podia ser assim? Ela era linda, mesmo com as sardas, era tão... Extraordinária. Eu me levantei fechando o livro indo até a prateleira, ela me seguiu.
– Você por acaso tem permissão para estar aqui?
– Do professor Dumbledore. - ela assentiu. - Não quer saber como se joga?
– Não estou interessado Whittier.
– Vou falar mesmo assim. - insistiu e eu suspirei fechando os olhos, sentia raiva, mas não queria afasta-la novamente. - É um jogo que papai me ensinou quando morávamos na cidadezinha do Oeste.
– Já disse que não estou interessado.
– Bem, tudo começou quando eu ganhei um donativo da Sociedade Beneficente, eu esperava uma boneca, eu era bem nova, mas ao invés de bonecas ganhei um par de muletas.
– Muletas? - perguntei confuso. - E como você ficou contente por isso?
– Eu fiquei contente de não precisar usar as muletas. - ele disse sorrindo e encolhendo os ombros.
Eu sorri olhando para ela, quando penso que ela não pode mais me surpreender... Apoiei a mão na prateleira.
– Então me diga Pollyanna, eu sou seu amigo há 5 anos, eu te torturei por ser atrevida e intrometida, pretendia matar meus pais e estou furioso porque, por sua causa, eu não vou, como vai ficar contente por isso? - sussurrei
Pollyanna pareceu pensativa e sorriu, sim ela sorriu para meu espanto.
– Oh Tom, é assim mesmo que se joga, as coisas mais difíceis são as mais legais, eu devo ficar contente por ter te impedido de fazer esta bobagem.
– E por que eu devo ficar contente?
– Deve ficar contente por ter uma amiga muito boa e que te perdoou apesar de todas as maldades. - eu me permiti sorrir mais uma vez, acontecia sempre que estava com ela, menina impossível. - Então nós vamos passar o natal com eles?
– Acho que eu não tenho outra escolha. - eu disse aborrecido. - Mas depois vamos a outro lugar, procurar meu avô por parte de mãe, Marvolo.
– Oh claro, vai ser ótimo Tom, estou muito ansiosa, eu já vou então. - ela disse se virando, mas eu a impedi segurando seu pulso.
– Não vai não, primeiro vai me falar o que está acontecendo entre você e o garoto Lee? - perguntei aborrecido.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Ah... - ela desviou o olhar para o chão encostando-se timidamente à estante e mordendo o lábio inferior. - Somos namorados.
– Namorados? - eu perguntei em um tom de voz baixa, por fora inexpressivo, mas por dentro eu estava com tanta raiva que era capaz de matar Jeremy Lee, Pollyanna é só minha.
– Uhum, agora já me vou. - eu a impedi novamente, dessa vez me aproximei de Pollyanna até meus lábios tocarem o lóbulo de sua orelha.
– Ele é melhor do que eu? - sussurrei, Pollyanna ficou vermelha e prendeu a respiração, ela fechou os olhos com força enquanto eu me aproximava de seus lábios.
– Eu não posso. - ela disse colocando o dedo indicador entre os nossos lábios a centímetros de distancia.
– Eu quero você Pollyanna. - voltei a sussurrar em seu ouvido e ela voltou a corar, um sorriso surgiu no canto dos meus lábios.
– Oh fico tão contente. - disse a garota num sussurro. - Esperei tanto pra ouvir isso.
– Eu sei. - eu disse dando de ombros, sua boca se abriu em um perfeito O.
– Você é convencido ou adivinho? - ela perguntou tolamente e eu sorri.
– Legilimente. - foi à vez de ela sorrir, mas logo pareceu ficar triste.
– Jer gosta de mim.
– Azar o dele, você é minha Pollyanna. - ela tentou me lançar um olhar severo, mas não conseguiu evitar um sorriso.
– Eu não quero machuca-lo então... Eu... Eu vou ver o que posso fazer. Agora vou pra aula ou eu vou me atrasar.
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