Pokémon Pyro Max

PPMAX-014: Incêndio no arrozal


— Surpreso? Pela sua cara, sim.

Jason parou de beber o chocolate. A notícia sobre a identidade de Windsor fez com que Jason ficasse mais motivado.

— Por que o senhor tá nos ajudando?

— Gary é um amigo meu e falou sobre você, e afirmou categoricamente que era um garoto destemido e com um bom senso para se tornar um grande treinador. Mas sinceramente eu tenho as minhas dúvidas.

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O menino colocou a caneca com o chocolate sobre a mesinha de centro e se levantou. Pediu ao Windsor para enfrentá-lo numa batalha.

— Tem certeza mesmo, garoto?

— Tenho sim. Farei o senhor se arrepender por me subestimar!

Windsor sorriu. Era uma criança de dez anos que estava chamando-o para o duelo. Aceitou.

Fora da casa, havia um campo que lembrava um pouco uma quadra de tênis sem a rede. Era o campinho onde ele duelava de vez em quando com alguns treinadores que o desafiavam. Acontecia de ele esquecer de ir ao ginásio, os duelos acabavam sendo na própria fazenda.

— Espero que saiba que está fazendo, garoto. Não pegarei leve mesmo com a sua inexperiência.

Charmander ficou de frente para Jason. A luz da lua iluminou o local.

— Noctowl...

A coruja de Johto apareceu de dentro da pokébola. Era uma ave grande, com uma envergadura majestosa. Assim que saiu da bola, ela ficou sobrevoando o céu acima deles até pousar sobre o telhado da fazenda.

— Posso ver? — perguntou Jason mostrando a pokédex.

— Claro que sim. Noctowl, vem cá.

Ela desceu do telhado e pousou no chão. Jason fez o escaneamento do quinto pokémon.

Nome: Noctowl

Designação: Pokémon coruja

Número: 164

Tipo: Normal/Voador

Sexo: Fêmea

Grupo de ovos: Voador

Peso: 32,3 kg

Altura: 1,40 metro

Razão de Gênero: 50% masculino e feminino

Estado: Energia

O homem perguntou sobre o que ele achou. Jason pediu para Charmander se preparar para a batalha.

A luta começou. Pyro correu de quatro na direção do pássaro, mas a Noctowl levantou voo. Windsor pediu para eles desistirem da luta antes que fosse tarde. Mas Jason não quis ouvir.

Noctowl mergulhou para a direção do réptil vermelho.

— Pyro, use Ember.

Mas o pássaro se esquivou bem a tempo e deu uma cabeçada única no pokémon do rapaz. Charmander foi a nocaute.

Jason perdeu.

— Não vá com tanta sede ao pote. Noctowl, volte.

— Pyro...

— Apenas utilize as poções que você comprou para recuperá-lo. Quer um conselho? Seja mais cauteloso. Estude o adversário primeiro. E olha que eu nem sou o líder mais proeminente dessa região.

O rapaz assentiu. Receber conselhos de alguém experiente era a melhor coisa que podia acontecer a um novato.

...

Kobayashi recebeu o sacerdote Li e Robert. Ele conhecia o sacerdote, mas era a primeira vez que ficava cara a cara com o pai de Jason.

— Prazer, senhores. Essa é a minha neta, Lola.

Eles cumprimentaram a moça. Mas Robert não quis perder mais tempo. Anoiteceu e a sua preocupação com o seu filho ficou ainda maior.

Já numa praia mais calma da ilha, Maytsa pousou e guardou o seu Gyarados na pokébola. Depois saiu caminhando como se nada tivesse acontecido.

— Onde vocês estão, seus bobalhões? — perguntou Maytsa via rádio.

A dupla respondeu a ela que planejavam fazer algo grandioso e que ajudaria na recuperação do ovo. Maytsa repreendeu-os, dizendo que o ovo chocou e agora era um Charmander o alvo.

Enquanto isso, Trent chegou ao ponto de encontro e viu seus colegas aparentemente com as roupas queimadas. As suas motos também estava quebradas. O ponto de encontro era no estacionamento abandonado.

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— Queremos que você vá até lá e enfrente aquele moleque. Ele tem que pagar pela nossa humilhação! — falou Charlie.

— Vince, qual era a direção mesmo? — perguntou Trent já subindo em sua moto.

— Na fazenda de arroz. Aquele maldito coroa também nos humilhou e queremos que você nos vingue.

A fazenda era um local que Trent sabia muito bem, mas desconhecia as duas pessoas que atacaram os seus parceiros. Saiu sozinho.

...

Jason utilizou pela primeira vez a sua poção. Apertou o spray um pouco sobre o machucado no corpo do Charmander. A sensação fria e agradável ajudou a despertar o monstrinho de fogo.

— Ele acordou. É instantâneo.

— Eu te disse.

O menino alisou a cabeça do pokémon, fazendo carinho nele.

Um barulho de moto foi ouvida. A empregada informou da chegada de Trent.

— O que faz aqui?

— Tio? E quem é esse garoto?

— É um aluno de um amigo meu. Por quê?

Trent lembrou das palavras do seu colega acerca de um Charmander. Tentou partir para cima do rapaz, mas Windsor impediu.

— Vai ter que me enfrentar, moleque sacana!

— Deixa de ser delinquente pelo menos uma vez na tua vida, Trent. Eu vi. Seus colegas que atacaram o Jason primeiro. O menino é apenas um treinador novato, e vocês perturbando ele. Não tem vergonha?

O rapaz cruzou os braços.

A dupla de criminosos, sim aquele de boné e o sem boné, pagou uma quantia para os motoqueiros logo após a partida de Trent. Eles perguntaram sobre o paradeiro do tal garoto e eles disseram sobre a fazenda. Como era um local muito afastado e longe do conhecimento deles, deram mais dinheiro para que os gangueiros botassem fogo na plantação.

Ainda na fazenda, Trent e Windsor continuaram discutindo sobre Jason. A discussão continuou até que alguns gritos foram ouvidos. Eram os trabalhadores. Eles chamavam por Windsor. O homem sentiu um cheiro de fumaça e saiu, deixando os dois na sala.

— Tô de olho em você, moleque.

— E eu tô morrendo de medo — Jason mostrou a língua.

Do lado de fora, Windsor viu a sua plantação de arroz pegando fogo. Depois Trent saiu, Jason por último. Foi uma imagem chocante até mesmo para Trent.

— Isso é coisa sua?

— Não! Tio, eu jamais faria isso.

O fazendeiro ordenou aos seus empregados a pegarem água dos encanamentos. Era fogo em muitos lugares e em outros era impossível chegar perto.

— Não viu nada? — perguntou ao trabalhador.

— O colega ali viu um cara de jaqueta de couro com um galão de álcool. Parecia ser um motoqueiro.

Aquilo deixou Windsor mais aflito.