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“Капитан, капитан, процедуры были выполнены успешно.”

– O que ele disse?

– Que o lançamento está pronto.

– Então o que você está esperando?

–

Dia 26 de janeiro, ano 2013. Tudo parecia estar indo absolutamente bem, com a sua devida relatividade. As pessoas andavam pelas ruas de Nova Iorque exatamente como sempre fizeram. Um guarda de trânsito apitava na Avenida Principal – mais um engarrafamento no cruzamento da Times Square. Duas comadres conversavam próximas a uma feira ambulante de verdura sobre qual o vegetal com menos agrotóxicos. Um helicóptero riscava o céu, acompanhado dos holofotes dos grandes comércios e também do circo europeu que chegara a cidade naquele mês. Se você os visse assim, diria que nada estava acontecendo.

Mas, de fato, algo estava acontecendo. As viaturas policiais começaram a surgir como ervas daninhas por todas as encruzilhadas, policiais de um lado para o outro, agentes do FBI e um verdadeiro enxame de helicópteros rondavam a cidade. Rádios instalados em postes começaram a espalhar uma onda de medo e desespero que fez todos os cidadãos se recolherem como esquilos fugindo de cães. A ordem de evacuação foi dada, mas, sabe... Já era tarde demais.

Mal a pandemia havia começado, alguns cidadãos mais atentos começaram a vislumbrar uma sombra disforme no céu. Todos pararam, olhando para cima – as crianças apontando com os seus dedinhos afoitos – algo que planava e caía, e continuava caindo. Foi quando algum filho de Deus resolveu gritar:

“Um míssel!”

Como eu disse, tarde demais. Homens tentaram correr, mulheres entraram em seus carros e crianças se prensaram em vãos de lojas e corredores, mas nada impediu que o míssel se chocasse com o solo e uma grande explosão de fumaça roxa adornasse a sua queda triunfal. Todos os novaiorquinos estavam mortos. Porém, eu vou te contar um segredo. Um segredo russo...

Eles não ficaram mortos por muito tempo.