Apenas Uma Noite...

Capítulo 12


Pov Peeta

Sean finalmente adormeceu então olho seus traços e fico procurando por algo que eu não sei o que é. Levanto-me e vou até o quarto da Katniss e vejo que ela ainda não chegou, começo a ficar preocupado, ela sabe que o Sean já chegou, jamais o deixaria aqui tanto tempo.

Saiu do quarto e vou seguindo pelo corredor e ouço vozes de pessoas discutindo, Cato e Clove, mas quando entro no quarto cuja à porta esta entreaberta, me deparo com ambos em um beijo que só poderia ser visto em um filme para maiores de dezoito, começo a pigarrear uma, duas, três e nada deles se soltarem, então parto para uma atitude ofensiva.

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- Fogo!Fogo! – grito e eles se afastam um do outro.

- Cassete Peeta, você quase me matou de susto – diz Cato todo desconcertado enquanto Clove tenta esconder seu rubor.

- A Katniss esteve por aqui – pergunto tentando conter o sorriso.

- Não – diz Cato secamente – Ainda não a vimos.

- Ok, obrigado podem voltar a incendiar o quarto – digo saindo do quarto.

Vou ate o restaurante do hotel e também não a encontro, vou ate o Cinna.

- Oi Cinna, você viu a Katniss por ai – pergunto enquanto olho por todos os lados.

- Ela chegou faz um tempo disse que tinha que tomar um banho – ele diz e da um aceno pra uma pessoa qualquer.

- Ela saiu correndo – diz Haymitch se aproximando de nós.

- Como assim correndo? – digo sem entender nada.

- Ora, ela passou por aqui, acho que deve estar longe com a pressa que ela se foi – diz ele.

Saiu correndo para fora, o que será que aconteceu pra Katniss sair assim, fico andando a esmo tentando pensar onde posso encontra-la. Aqui não é nossa casa não há nada que seja significativo para Katniss nesse lugar... Significativo, tem um lugar que talvez ela possa ter ido.

*****

Subo a rocha ela esta olhando o mar tão perdida em seus pensamentos que não me ouve chegar.

- Kat – digo um tanto receoso – O que aconteceu?

- Repeti – ela diz sem olhar pra trás.

- O que aconteceu?

- Não a primeira parte – disse ela só que desta vez esta olhando diretamente em meus olhos – A que você me chamou de Kat.

- Kat – digo e sorriu, logo sento ao seu lado.

- Senti falta de ouvir você me chamar assim – diz ela deitando a cabeça em meu ombro.

- Eu também – queria parar o tempo naquele momento – Mas você ainda não me falou o que aconteceu, Haymitch me disse que você saiu correndo do hotel.

- O passado bateu em minha porta, melhor eu ouvi atrás da porta do meu passado – olho para ela sem entender nada e ela percebeu – Eu também não estou entendo – então ambos sorrimos.

- Kat, o Sean chegou e seja lá que o passado tenha vindo lhe dizer seu filho deve ficar em primeiro lugar como sempre ficou – digo e seguro em sua mão.

- Peeta, eu não mereço você, ambos erramos, mas o meu erro acabou se tornando a coisa mais importante da minha vida meu filho, você pode conviver com isso? – ela esta realmente com um desespero no olhar.

- Tudo que eu mais quero é ficar com você, tudo que eu mais quero é ter o Sean perto de mim, mas o meu maior desejo é ter vocês dois em definitivo na minha vida. – digo e espero alguma reação dela, como não há nenhuma eu prossigo – O Sean senti falta de um pai quer seja o dele ou alguém que o ame, você quem decidi, procura o pai do Sean ou procura um pai para o Sean – respiro e continuo – Porém se você decidir procurar um pai para o Sean eu estou aqui, para ama-lo mais do que já amo se isso for possível.

- Peeta – levanto a mão em direção a sua boca.

- Não me interrompa – digo – Isso que estou dizendo é independente de você querer ou não ter um relacionamento comigo, eu quero fazer parte da vida dele, esse garoto merece, eu quero ser esse pai, se você me achar à altura desse maravilhoso papel em sua vida, essa maravilhosa oportunidade de ser o pai do Sean – droga agora ela esta chorando – Não chora, eu não suporto ver você chorando.

- Muito obrigada, por amar meu filho assim em tão pouco tempo.

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- Ele é uma extensão de você e eu te amo desde sempre, então não foi algo tão difícil afinal – digo enquanto enxugo suas lágrimas.

- Queria poder merecer você – ela diz e coloca a cabeça novamente em meu ombro.

- Vamos fazer assim – não acredito no que vou propor – Vamos devagar, bem devagar, como amigos, ate que você possa encarar seu futuro de frente sem que seu passado te acuse – digo isso enquanto eu mesmo todos os dias me lamento de não ter feito tudo diferente no passado.

- Eu quero estar com você – a interrompo novamente.

- Eu sei e só por isso te dou esse espaço – digo e beijo sua testa – Vamos o Sean precisa de você – levanto e estendo minha mão em sua direção.

- O Sean tem sorte de ter um “pai postiço” como você – ela diz enquanto pega minha mão e levanta.

- Eu é que tenho sorte de agora ser pai de um garoto incrível e ainda assim ter escapado do choro noturno e das fraudas sujas – sorrimos e vamos embora.

Pov Katniss

Peeta é um homem de um caráter inquestionável, quem faria o que ele fez dizer de forma tão simples que quer assumir a paternidade do meu filho, como pude não recusar, ele é sim o pai que eu gostaria que o Sean se espelhasse, o pai de Peeta vai ficar muito feliz e os irmãos também devem gostar ele gostam muito do Sean e a mãe... Não, eu não havia pensando em sua mãe, ela vai explodir quando souber o que seu filho pediu-me ah vou deixar pra pensar nela depois Peeta se entenda com ela, agora só quero aproveitar esse sentimento de que pela primeira vez meu filho vai ter uma família completa e um homem em quem confiar seus segredos masculinos.

- Katniss! – Clove corre em minha direção e me abraça – Onde você estava.

- Estava resolvendo uns assuntos com o Peeta – digo e ela me solta – E você? Que surpresa você por aqui.

- Cato, ele praticamente me obrigou – ela diz corada.

- Eu obriguei nada – diz ele abraçando Clove – Se eu não a trouxesse o mundo racharia ao meio.

- Não briguem – diz Peeta – Lembrem- se do que aconteceu na última vez, não querem tocar fogo na recepção – ambos estão desconcertados e eu olho pra Peeta com uma interrogação enorme em minha testa – Depois eu te conto – diz ele me conduzindo ate o quarto.

Chego ao quarto tomo banho dou uma olhada no Sean e ele dorme profundamente, então coloco um moletom folgado calça e blusa uns chinelos e vou ate o restaurante onde todos já se encontram com exceção da equipe técnica e Cressida que estão na praia preparando tudo para as gravações vão entrar madrugada adentro.

Jantamos e voltamos para meu quarto Clove, Cato, Annie, Cinna, Finnick, Haymitch, Peeta e eu.

- E ai Katniss como é conviver com estrelas de Hollywood – diz Cato brincando.

- Com esses aqui é fácil – digo girando minha cabeça em direção de todos – Porém aqueles que desceram para a praia, os mais antigos ele me deixam ainda paralisada o Boggs, a Coin e a Paylor são realmente incríveis.

- Se um dia chegar a ser metade de um deles já me dou por satisfeito – dia Peeta.

- Você é bom garoto, você é realmente bom – diz Haymitch.

- E o seu filho Katniss, to louco para conhecer ele só o vi de longe com o Peeta – diz Cinna.

- Esta dormindo – diz Peeta – Ele chegou muito cansando.

- Por falar no Sean, ele deu muito trabalho – pergunto a Clove.

- Não nem um pouco, porém o Cato – diz ela e balança a cabeça querendo segurar o sorriso – Acredita que ele pôs na cabeça que a comida da escola não era boa o suficiente pra o Sean e levou durante esses dias comida pra ele no almoço – Todos riem – O pior é que Megs foi conversar com ele e dizer que isso ia fazer com que o Sean ficasse com privilégios e isso não seria bom, então ele negociou que enquanto levar comida para o Sean também levaria pra toda a classe, acredita!

- Enquanto ele estiver sob meus cuidados, não vai comer qualquer porcaria – fala Cato tentando justificar-se – Agora depois que ele estiver com a mãe, não vou poder fazer nada.

- Não se preocupe Cato que o Sean tem pai e mãe pra decidir o que é melhor pra ele – disse Peeta naturalmente enquanto todos o olhavam sem entender.

- Como assim pai – disse Clove olhando pra mim.

- Isso que você ouviu – digo – Peeta pediu para adotar a paternidade do Sean e eu aceitei.

- Então quer não mais haver aquela tensão no ar – diz Haymitch.

- Que tensão? - pergunta Finnick.

- Ora, a tensão e o desejo que há entre eles, agora vão transar e acabar logo com isso.

- Haymitch! – Peeta e eu Gritamos juntos.

- Somos amigos – eu digo meio sem graça – Ele quer ser pai e eu deixei, pronto... Vamos mudar de assunto.

- É vamos mudar de assunto – disse Finick – Peeta, Annie e Cinna vamos temos muito trabalho nos esperando.

- Vamos – diz Cinna.

- Vamos amor – disse Annie pegando na mão do Finnick – Enquanto a você Haymitch vá para seu quarto descansar, ainda bem que a Effie chega amanhã.

- UH nem me fale, me da ate calafrio, ela vai me infernizar – diz ele levantando e saindo do quarto sendo seguido por Clove e Cato depois Cinna e Annie.

- Vamos já estamos quase na hora... – ele olha pra Peeta que esta olhando pra mim – Peeta você só precisa chegar lá daqui à uma hora – imagino o que ele estava pensando para dar a mim e à Peeta uma hora juntos – Até daqui a pouco – ele diz e sai fechando a porta.

- Bem somos nos dois agora – Peeta fala com um olhar malicioso – Vamos ver como o Sean esta.

Estamos sentados na beira da cama velando o sono do agora nosso filho, “nosso filho” é tão bom usar essas duas palavras referindo-se ao Peeta e eu.

- Mãeeee? – Sean acordou.

- Oi meu amor – digo passando a mão em seus cabelos.

- Bem que Peeta disse, que eu ia acordar e ver a senhora do meu lado.

- é mau amor, parece que o Peeta sempre tem razão – digo e olho pra um Peeta de sorriso lindo.

- É amigão, mas agora você não vai mais me chamar de Peeta – ele diz e olha pra mim como se perguntando se pode continuar e eu assento com a cabeça – Lembra da nossa conversa de hoje – Sean balança a cabeça confirmando – Pois é eu falei com sua mãe e ela aceitou que eu seja seu pai – os olhos de Peta estam marejados pela emoção.

- Sério – Sean diz olhando pra mim – Eu posso mamãe, chamar o Peeta de papai.

- Claro meu amor – digo sentindo um nó na garganta.

- Pai – ele diz olhando para Peeta.

- Meu filho – Peeta o puxa e o abraça – Meu filho, de agora e para sempre meu filho.

Fico ali quieta vendo o meu maior desejo começando a se realizar, meu filho com um pai, mas não qualquer pai é o Peeta Mellark. Ele me olha e me puxa para aquele abraço entre pai e filho e que subitamente transformou-se em um abraço em família e não posso deixar de sentir essa felicidade de dói, uma dor gostosa e inebriante que invade meu entendimento então apenas me entrego aquele momento.

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