Genso No Sekai Kara No Ojo

Gritos da meia-noite


Ambos, os dois nobres, corriam até o "aeroporto" para buscar o mordomo que, provavelmente, já chegara. Ciel puxava Grace pela mão e mostrava-se sério, como se o eles não houvessem passado o dia como amigos. Como se aquilo tudo tivesse sido excluído de sua memória. Já Grace, não conseguia conter o sorriso, sentia-se feliz por, finalmente, ter se divertido ao lado do conde Phantomhive.

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- Corra mais rápido! –disse Ciel.

- Não sou tão rápida quanto você!

- Não podemos demorar mais! –o garoto disse, parando subitamente- Venha, eu te carregarei.

- O-O que? Quero dizer, eu consigo te acompanhar, contanto que você desacelere um pouco...

Com o rosto completamente corado, Grace suava frio e apenas abaixava lentamente sua cabeça. "Por que ele está agindo feito um cavalheiro?" Indagou Grace, para si mesma "Por que isso logo comigo?".

- Não se envergonhe! É normal uma dama, como você, ser servida por um príncipe. Embora eu não seja como tal, sei como uma lady deve ser tratada! Deixe-me cuidar de você esta noite!

- J-Já que insiste...

- Então, já que tenho sua permissão, suba!

Grace deixou-se cair aos braços do conde, que a levantou e continuou a correr. O suor escorria pelo rosto pálido do lorde. Nada o fazia parar. Com os braços firmes no corpo de Ciel, a menina sentia o coração bater muito forte.

É incrível como o mundo dá voltas... No dia anterior, Grace pensava seriamente em abandonar o conde e pedir para ficar com Elliot. Agora, neste exato momento, ela já se decidira a continuar seguindo os passos do lorde. Esse era o melhor caminho.

Abraçada a Ciel, a princesa se sentia bem, ele agora era como seu amigo... Ciel conquistara sua confiança.

****

Chegando novamente ao aeroporto, Ciel, calmamente, deixou a dama no chão e sorriu fechado.

- Como se sente, Grace?

- Indiferente...

- Serve, já o localizei. Permaneça aí!

- Certo!

Ele deixou o local, caminhando até o mordomo. "Ele ainda não sorri com os dentes..." Refletiu a lady "Além disso, Ciel me esconde respostas!". Era possível ver que o conde estava sendo repreendido pelo seu mordomo. A princesa tinha um mau pressentimento...

O olhar de Grace se voltou para o servo e seu mestre, que andavam em sua direção. Sem dizer absolutamente nada, ambos os três seguiram para o centro da cidade. A lua fazia brilhar as joias que a garota levava consigo. Nas ruas, só se ouvia o cochichar de alguns poucos casais e famílias e os passos dos presentes.

Ao chegarem à uma das praças magníficas, ouviu-se um grito feminino. "Essa voz..." Pensou Ciel. O conde parou de andar e mostrou-se assustado, preocupado. O medo que Grace sentia, aquilo que antes era apenas um pressentimento... Outro grito se seguiu, um grito ainda mais agudo que o anterior. Um último grito e, assim, a noite e os dois nobres gelaram. Ciel, ainda com os olhos arregalados, hesitou um pouco e quebrou o silêncio medonho presente na praça.

- Não pode ser...!