Haviam se passado duas semanas desde o dia em que Jully veio com a proposta de irmos para Montauk. Para ser sincera, eu havia amado a ideia, mas eu ainda estava magoada com Nico.

Podia ser infantil da minha parte, mas ele tinha uma namorada e não tinha me contado nada sobre isso e além de tudo tinha ficado comigo mesmo estando com ela.

Jully me convenceu a ir, por isso, iria primeiro com Nico para arrumar as coisas do chalé e fazer as compras para a nossa estadia lá. Estava terminando de arrumar minhas malas quando Annabeth entra no quarto.

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- Pronta? – ela perguntou.

- Só faltam algumas coisas – respondi sorrindo e ela retribuiu.

- Olha, eu sei que não devo me meter, mas você não precisa ser tão dura com Nico – eu ia interromper, mas ela continuou – Tem coisas, que aconteceram que você não lembra e isso deixa todo mundo mal e o mais prejudicado nisso tudo é o Nico. E você tem sido tão dura com ele.

- Porque ninguém me conta? Eu comecei a lembrar de algumas coisas, mas agora não me lembro de mais nada e vocês ficam comentando sobre isso, não é mais fácil simplesmente me contar?

- Não podemos, Alie. Você precisa lembrar – ela disse séria, mas depois um sorriso apareceu em seu rosto – você está linda!

Roupa Alicia:

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- Obrigada, cunhadinha – ela riu.

Olhei-me no espelho pela ultima vez. A blusa – um presente de Becca – ia até um pouco acima do umbigo. O short jeans um pouco curto demais para o meu gosto e uma sapatilha.

Peguei a bolsa, o óculos de sol e a mala e fui para a sala. Nico já estava lá, lindo como sempre.

- Vamos? – falei ao entrar na sala.

- Vamos – ele sorriu e pegou a mala da minha mão.

Me despedi dos meus pais, prometendo tomar cuidado e segui para o carro. Entrei e Nico já arrancou o carro.

- Temos que manter os rolos de papel higiênico longe de Travis e Connor – falei, quebrando o silêncio.

- Assim como as pastas de dente – ele concordou rindo.

- E o chantilly e creme de barbear – completei.

- Porque eles estão indo mesmo? – brincou e rimos juntos - Nós precisamos conversar – ele disse me olhando.

- Agora não. Olha para frente, Nico!

- Não quero, você é mais bonita.

- Nico!

- Me da um beijo que eu viro.

Como se ele precisasse pedir para ganhar um beijo. Revirei os olhos e lhe deu um selinho. Ele sorriu e finalmente olhou para a estrada.

- Obrigada – disse.

- De nada – respondi segurando uma risada.

Logo ele parou no supermercado. Descemos e ele pegou um carrinho.

- Becca queria que nós comprássemos o mercado inteiro – afirmou ele.

- Isso é a cara dela – murmurei.

Passamos por cada corredor pegando comida, besteiras e outras coisas que iriamos precisar. Nico foi escolher algumas bebidas e eu fui pegar os doces. Estava com cinco barras de chocolate na mão, mas não seria o suficiente.

- Alicia? – ouvi alguém me chamar e me virei.

- Dexter? – perguntei surpresa.

Não havia visto Dexter desde o dia em que tínhamos terminado na frente da escola e pelo que eu sabia ele tinha voltado para Vancouver para ficar ao lado do avô, que estava doente.

- Você está linda! – ele diz sorrindo.

- Obrigada – sorri – você também está bem bonito. Desculpe se soar um pouco grossa, mas o que faz aqui?

- Meu avô morreu e meus pais resolveram voltar para a cidade – Dexter diz um pouco triste, sem saber o que fazer eu o abraço.

- Sinto muito – digo e sinto seus braços ao meu redor.

Ouço alguém pigarrear e vejo Nico nos olhando de uma maneira nada agradável. Rapidamente me soltei de Dexter e Nico veio caminhando até ficar do meu lado.

- E aí – Dexter o cumprimenta.

- Oi – responde apenas.

- Então... – eu digo tentando amenizar o clima.

- Vocês vão dar uma festa? – Dexter pergunta ao ver as bebidas na mão de Nico.

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- Ah, não! Vamos alugar um chalé em Montauk e passar as férias lá – expliquei.

- Sério? Nós também estamos indo para lá – comentou.

- Isso é ótimo – sorri e ele retribuiu.

- Então, a gente se vê – disse e beijou – demoradamente – a minha bochecha.

- Até mais – sorri.

(...)

Doze barras de chocolate. Três latas de chantilly. Cinco de leite condensado. Seis potes de sorvete. Quinze pacotes de cookies. Isso foi apenas o que eu contei, pois depois percebi o olhar que a moça lançava para Nico.

Ok, eu não podia negar que estava quase voando no pescoço dela e Nico estava alheio a tudo aquilo com a cara fechada. Ele não havia falado nada desde que Dex havia ido embora.

- Mais alguma coisa, senhor? – a garota perguntou.

- Não – Nico respondeu rude.

Eu queria saber qual o problema dele e tirar aquele sorriso malicioso que a garota lançava para ele. Aproximei-me dele e passei o braço por sua cintura, ele estranhou, mas passou o braço pelo meu ombro e eu me aconcheguei nele.

O cheiro de Nico era diferente, não era cheiro de perfume, mas sim dele. Era uma fragrância que eu não sabia qual era, mas para mim, era ótima.

- Qual o problema? – perguntei.

- Nenhum – respondeu sem me olhar.

- Me fala – pedi.

- Não é nada... – eu o calei com um beijo.

- Vai falar ou não? – perguntei em seus lábios.

- Eu tenho medo que você decida voltar com Dexter – ele admitiu fechando os olhos.

Eu realmente não entendia Nico, ele tinha uma namorada e continuava a me tratar como se eu fosse ela. E meu namoro com Dexter havia durado o que? Um dia? Menos que isso. Eu realmente gostei dele, mas depois da minha péssima experiência com o “namoro” eu realmente não iria voltar com ele.

- Eu não quero voltar com ele, Nico – ele se virou para mim surpreso.

- Não quer?

- Não, porque eu te amo.