Estórias De Horror

Capítulo XVIII


A noite de sexta-feira chegou rápida. Liam saiu da delegacia para ir embora. No entanto desviou o caminho e foi para outro lugar.

Carl decidiu armar uma emboscada para o maior criminoso da década. Aproveitou que a forte neblina pairava sobre a região e o fato do bairro estar ermo para colocar em prática o que vinha planejando a semana toda. Nada poderia dar errado ao seu plano.

Eram 22:00. As ruas estavam desertas. Nenhum sinal de vida a não ser dos mendigos que ficavam na porta da igreja ou as meretrizes que insistiam em andar de um lado para outro atrás dos seus clientes. Para elas a ameaça do estripador foi cessada pelos policiais. Agora, para tais, o meretrício estava seguro.

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22:30 era o horário em que Natasha saiu às ruas trajada de meretriz para servir de isca ao assassino em questão. Muitos homens da alta sociedade frequentava os subúrbios da capital a fim de terem uma noite de prazer extraconjugal.

Natasha estava acompanhada de uma meretriz. Um homem saiu do seu automóvel para um programa. Com a recusa da agente ele não teve escolha a não ser ficar com a verdadeira prostituta deixando a outra só.

Whitehall realmente dava medo. Copolla Green dava medo. Natasha começou a ter medo. Sentia que alguém lhe observava na rua deserta da cidade. Ela caminhou no meio fio de cabeça baixa até dar de cara com um bêbado.

– Aí gracinha quer ter prazer comigo? - disse tentando agarrá-la.

– Sai fora! - disse dando uns tabefes no cara que saiu correndo.

Enquanto isso Carl observava de longe a ação da donzela em busca do assassino. Harrison Lane voltava do seu trabalho na mesma rua quando observou o tenente do outro lado da rua. Ele atravessou e foi falar com o outro.

– Senhor Tenente de polícia o que faz por essas bandas?

Quando Carl escutou essa voz ficou muito sério, mas não demonstrou: - Senhor Lane. Fique quieto pois estou num plano para espionar meretrizes traficantes de ópio. E o senhor?

– Estou saindo do jornal agora. É aqui pertinho. Foi o meu primeiro dia depois de anos. Se não for incomodar eu posso fazer companhia com o senhor? É que a rua está esquisita e a neblina não facilita pro cidadão. Sabe que neste subúrbio a gente pode ser vítima de assalto.

– Claro que pode. Mas fique atrás de mim para não chamar atenção.

Natasha sentiu um frio no estômago. Alguém caminhou para perto dela. Alguém trajado de casaco e chapéu. Poderia ser o assassino. A policial quase infarta quando uma mão puxa o seu braço. Provavelmente a mão do estripador.