Estórias De Horror
Capítulo XV
– Senhor Willame Ford qual era a sua intenção quando matou as duas meretrizes? E qual foi o motivo do assassinato do dono da pensão? - iniciou Carl com suas perguntas.
– O senhor está enganado se pensa que sou eu o assassino. Eu nunca dei motivo algum para fazer com que os outros pensassem em mim como o estripador.
– Todas as provas estão contra você. Foi visto no jardim momentos antes do assassinato do Barker, tentou atacar a senhorita Minerv. O que há de engano nisso?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Na noite em que o velho morreu eu estava no jardim sim, porém não fui eu quem o matou. Naquele dia, pela manhã, eu vi um telegrama na porta da pensão, eu o peguei para ler. A pessoa que havia escrevido estava ameaçando a senhora Barker de algo muito grave. Eu a chantageei naquele dia.
– A senhora Doroteia? O que dizia no telegrama?
– Antes de falar sobre isso falarei sobre a minha relação com Minerv. Eu tenho raiva de meretrizes, porque minha ex mulher foi uma. Nos separamos, mas a minha mágoa em descobrir que a minha ex-esposa era uma maldita prostituta ficou. Foi aí que, pra me fazer justiça, resolvi ser cafetão em Whitechapel e gerenciei algumas garotas. Durante meses eu as explorava e juntamente com Minerv sonegava impostos. O imposto, três mil libras, ficou com aquela vadia. Não era isso que você queria? A barbearia era só fachada.
Natasha e Liam ficaram perplexos. Logo o senhor Ford que tinha fama de homem direito.
– Sim, mas qual foi o motivo de ter matado as meretrizes? Elas te deviam?
– Não fui eu.
– Sobre Manfield Barker. Diga-me o que fazia no jardim da pensão.
– Eu tomava um ar no jardim, foi tudo meio por acaso. O velho tava procurando alguém e decidi seguir. Ele chegou perto do porão que já estava aberto. Eu não entrei ali primeiro, outra pessoa se antecipou.
Carl ficou confuso com o depoimento. Apesar de ser diferente do que esperava não era contraditório em relação aos demais. Tudo ficou estranho a partir daí. O tenente respirou fundo e continuou.
– O senhor deseja chá ou água?
– Chá por favor.
Carl pegou a chaleira e duas xícaras. Colocou para si próprio e para o outro. Pediu a Liam que tirasse as algemas.
– Bom senhor Ford, conte-me sobre essa história do telegrama - Carl foi beber o chá, mas desistiu e decidiu ouvir primeiro.
Willame bebeu o chá primeiro para depois falar. Quando ia abrir a boca para continuar o depoimento começou a passar mal e ter convulsão. O tenente se levantou para ajudar, Natasha e Liam também. O homem se contorcia como um animal agonizante. Até que depois de segundos espuma pela boca e morre em sequência. Tudo isso depois de beber o chá.
Carl olhou para a chaleira e percebeu que Ford foi vítima e que ele poderia também ter sido.
– Chamem os peritos para ver isso. Caramba eu quase bebi também.
– Com certeza chefe isso foi direcionado ao senhor - falou Natasha.
– Isso mesmo - respondeu Carl olhando pra Liam.
O tenente segurou a xícara que Will bebia. Uma fumaça saía do recipiente. Com certeza colocaram veneno no chá. Tanto para matar Ford como também ao tenente Cunnings.
Fale com o autor