Estórias De Horror

Capítulo VII


Dias se passaram até o último assassinato e o caso ainda não foi concluído. Para Carl esse é o caso mais difícil, pois o bandido nunca deixava rastro algum. Liam e Natasha trabalharam juntos coletando informações no cabaré e na pensão da senhora Barker.

Por falar em pensão as coisas ali estavam tensas demais. Manfield desconfiava de tudo e todos e isso preocupava a sua esposa. O velho todas as noites ficava acordado com insônia. Lembrou-se daquele dia em que viu sangue no banheiro e no outro em que viu uma marca de terra deixada por um sapato ou bota no corredor da pensão.

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Vinte e duas horas...

As luzes estavam apagadas e todos já em seus quartos. O velho observou a sua esposa dormir e decidiu sair do quarto. Calçou o chinelo, pegou a bengala e saiu. Desceu as escadas e ficou escondido atrás da porta de uma armário que ficava quase de frente a porta de entrada. Achou-se idiota de ficar ali. Pensou em desistir e ir ao seu quarto, porém teve uma grande surpresa.

– É você desgraçado. O assassino das meretrizes - falou baixo.

Sir Willame Ford acabava de entrar trajando uma capa preta e chapéu da mesma cor. Além da capa ele calçava botas sujas de lama. Choviscava lá fora, o que explicava suas vestes molhadas. O homem olhou de um lado para outro e subiu as escadas. Manfield saiu do armário e voltou para o seu quarto.

– O que houve meu filho? - Perguntou a senhora Barker acordando.

– Nada não. Vai dormir - disse ríspido. Ele se sentou em frente a escrivaninha, acendeu a luz, pegou um papel e caneta.

– O que há de fazer agora Manfield?

– Para de perturbar mulher. Estou a escrever um telegrama para o detetive Carl Cunnings. Acho que descobri algo sobre o estripador de meretrizes.

– Que? - falou atônita - descobriu o que especificamente?

– Tudo. O assassino das prostitutas mora aqui. Ele vai pagar pelos crimes nojentos que cometeu - a mulher ficou curiosa, mas ele não quis se aprofundar no assunto.

Ela se deitou ainda confusa com o que seu marido havia acabado de falar. Sim, era fato que o assassino estava naquela casa.

Willame Ford guardou suas roupas, estava bastante alterado. O barbeiro odiava meretrizes, mas nunca escondeu o fato de ter saído com algumas. Deitou-se na cama ainda com os olhos abertos e começou a rir. Retirou do bolso da capa cerca de duzentas libras e cheirou o dinheiro. Olhou para a cômoda cor tabaco e guardou as notas dentro da gaveta.

...

Scotland Yard, dia seguinte

– Senhor este telegrama foi enviado ao senhor - disse um policial entregando a carta.

– Obrigado oficial - ele olha o corpo do envelope e vê o nome do senhor Barker - que estranho. O que o dono da pensão tem para me mandar telegramas.

Olhou o conteúdo externo atê rasgar e retirar o bilhete. Começou a ler atentamente.