Cartas Ao Mar

Terceira Carta - O Vazio


Querido Finnick,

Hoje acordei com o chilrear dos pássaros que se abrigam na árvore junto da nossa casa. Foi como estar a sonhar. O calor da manhã, os pequenos raios de sol a penetrar nas cortinas do nosso quarto… E depois tateei o outro lado da cama. Vazio. Carente da tua presença. E então a saudade voltou a escorrer-me pelos olhos desejando que através das minhas lágrimas pudesse encontrar-te novamente. E assim fiquei. Esperando o impossível como sempre espero.

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Fui à janela e toquei a minha barriga. Onde o nosso bebé se desenvolve tão saudavelmente. E já passaram 7 meses. Estou cada vez mais perto de o segurar no colo e tenho a ligeira sensação que ele será lindo como o pai. Será um corajoso homem, um grande nadador, um herói.

E hoje me deixei ficar com esses pensamentos. Do que ensinar para o nosso filho, como lhe contar a nossa história de vida, ensina-lo a andar, a nadar. Finnick, ele será o bebé mais feliz. Vou faze-lo feliz, por nós dois.

A Madge me entregou algumas sugestões de nomes mas eu ainda não verifiquei. Queria dar-lhe um nome autêntico, que me relembrasse do seu maravilhoso pai. Não sei, estou confusa, Finnick…

Creio que se não fosse essa criança eu tinha partido no mesmo dia em que soube que não iria mais partilhar a vida contigo. Mas tudo acontece por um motivo, não é?

E aqui te deixo todo o meu amor,
A tua eterna,

Annie