Os Homens De Nossas Vidas

Um bicho de sete cabeças chamado carência


São Paulo, 15 de março de 2013

Caras leitoras,

Alguma de vocês sabem quem disse que matemática era um bicho de sete cabeças? Se sim, avisem-no que ele errou. Monstruosidade mesmo é um detalhe do dia-a-dia chamado carência, e provavelmente não deve ter nenhuma cabeça, já que vive impedindo que sofre dela de raciocinar, escolhendo o ideal.

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Entretanto, não sou uma pessoa com a moral elevada nesse quesito, na verdade, acho que ninguém tem, alguns só tem maior controle do que outros. Quantas vezes ficamos com algum garoto que nem era bonito, nem inteligente, nem engraçado, nem nada, só por carência? Só porque estamos sentindo-nos abandonadas, ignoradas e tristes?

E quando se vai numa festa e todo o lugar tem um casal? Parece que é de propósito, ficam por perto com todo aquele mimimi - O que eu odeio. - se abraçando, trocando beijinhos apaixonados e juras de amor. Pergunto-me se é algo natural, feito inconscientemente, ou pura exibição de felicidade, algo comum no mundo capitalista, nada mais normal que exibir tudo de positivo que sentimos.

O pior momento é quando a carência faz você olhar de forma arrependida para aquele moleque sem graça que você deu um fora, e pensar, por carência, que deveria ter ficado com ele, tentado algo. E quando estamos nesse mar de complicações e o ex-namorado resolve aparecer? Meu Deus, é horrível! Parece que o erro - ou acerto - fica mais possível de ocorrer.

Até as mais duronas passam por esses momentos, indo desde as mais santas até as mais safadas, porque no fim todas as mulheres, de todas as idades, sempre precisam de um pouco de amor, carinho e abraços. Na medida certa, é claro! Sei como é difícil para o mundo masculino entender quando uma mulher quer mais carinho, ou quando quer praticidade, porém uma dica: Vão tentando, uma hora vocês acertarão.

Para concluir, sabemos que sentir-se carente é péssimo. Digo isso por que é como estou me sentindo agora, e como perceberam nas últimas cartas, qualquer garoto que eu ache suficientemente bonito já acaba por me encantar, criando um pouco de ilusão para minha cabeça. Todavia, acredito que esses momentos de solidão, de ouvir músicas tragicamente infelizes fazem a cada mulher mais forte, mais engraçada e poderosa, criando cada vez mais uma potencialidade em nós para lidar com o amor.

Acho que é isso por hoje, um desabafo, de todos os sentimentos que estão dentro de mim e não conseguem mais se controlar. Só espero que não haja uma acumulação máxima, fazendo-me explodir, porque quando isso acontece, as melhores histórias, contendo as maiores loucuras, nascem.

Beijos carentes,

Nina