Os Homens De Nossas Vidas

Reencontrando o passado


São Paulo, 07 de março de 2013

Caras leitoras,

Estou tão chateada, tão chateada. Odeio quando a minha vida desvia do caminho que deveria seguir. Vocês podem pensar "Ah, mas é desse jeito, não podemos controlar a vida, tudo acontece por um motivo.." e blábláblá. Como sempre, eu fico reclamando de modo sem-sentido e acabo por não explicar o que me deixa aos nervos.

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Estava feliz, na faculdade, ajeitando os tais documentos, que me geraram dois encontros inusitados. Infelizmente não encontrei o cara do jaleco. Entretanto, essa não foi a parte do dia que estragou o meu bom-humor.

Eu precisava esperar alguns documentos serem carimbados, então me dirigi à cantina para tomar algum suco. Sentei-me sobre um muro, quando um cara esbarrou em mim. Já estava um tanto irritada por ter que esperar, não resisti e xinguei:

- Ei, seu babaca, cuidado por onde anda! Deixe de ser desatento!

Eis que o tal cara vira para minha direção e surpresa! Era meu ex-namorado. Aquele, que disse que tenho falhas emocionais. Mas a situação era que ele não ligava pra mim, preferia sempre estar com outras pessoas. E não, eu não sou grudenta, mesmo tendo todos esses ideais emocionais que possuo.

- Olá, gatinha. - ele riu.

Puta merda - com perdão da expressão - quis matá-lo. Já devo ter mencionado que odeio que me chamem de gata, gatinha. Sinto-me como um animal. Respondi:

- Sai, Bernardo. O que você está fazendo aqui.

- Estudando, faculdade, como você.

- Como sabe que eu estou na faculdade para estudar?

- Facebook, amorzinho.

Droga! Eu deveria ter bloqueado esse... esse viado! Voltei a tomar meu suco, dando um tchau, com objetivo de empurrá-lo para longe dali. Não funcionou. Ele se aproximou ainda mais, dizendo:

- Olha, eu sei que você tá solteira, eu também estou. Que tal curtir a vida?

Senti tanta raiva que meti uma tapa na cara dele, e sai rebolando, como uma patricinha. Joguei o queixo pra cima, todavia, quando dei por mim, ele havia agarrado meu braço, puxando-me para um beijo. Foi algo tão rápido que nem pude pensar, o que deixou-me completamente furiosa.

Como ele foi capaz de fazer isso? O maior problema foi a pertubação que eu fiquei. É muito difícil olhar para alguém que você já esteve junto, compartilhou diversas emoções e viveu bons momentos. Se eu dia eu estive com ele, é porque realmente gostava dele, e isso me mata, porque depois daquele beijo, me lembrei como tudo era, como sinto falta.

Isso só ferrou com o meu cérebro, meu coração, meu pâncreas! Quero estar com alguém que me ame, e que eu ame também, mas no momento isso parece impossível.

Beijos quebrantados,

Nina