Os Homens De Nossas Vidas

Exercendo um pouco de paciência


São Paulo, 14 de junho de 2012

Minhas caras leitoras,

Estou aqui, mais uma vez, para lhes contar como anda minha vida - um tanto medíocre, se posso julgá-la assim. Ansiosamente aguardo a última prova do semestre para que eu possa dormir o dia inteiro. Nem acredito que o primeiro semestre da faculdade já está acabando. O tempo está passando muito rápido.

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Pensando durante essa semana, sobre a decisão que tomei na última carta, de desistir, e só posso fazer uma consideração sobre isso: é estranho. Muito estranho. Parece que agora eu não tenho mais um foco interessante e que, bem, nada realmente animador acontecerá. Talvez não aconteça. Melhor parar com esse pessimismo.

Acho que vocês perceberam que estou falando frases desconexas e meio confusas, no entanto, acho que é porque estou meio sem conexão com o mundo. Nada diferente, nada especial, nada paranormal acontecendo.

Não acho que estou incompleta e que algo está faltando, só que nada mais tem graça. Porém, isso não significa que vou voltar atrás na minha decisão, estou me sentido livre, desimpedida, mas não solta. Acho que só tenho que encontrar um novo foco, que não envolva meu ex-namorado, é claro!

Precisamente, acredito que seja uma questão de ter paciência. Isso mesmo, de sentar e esperar. Não acho que "Ah, se você fizer isso, as coisas não vão vir na sua mão, porque a vida não é assim.". Mas eu vou correr atrás do quê? Me diz? Não existe nada, nenhum amor pra eu lutar, nenhum cara pra gostar. Não acho isso ruim, só é estranho.

Desculpem-me por produzir essas ideias loucas na minha cabeça e querer que vocês entendam. Fico aqui, escrevendo, remoendo cada palavra como se isso fosse ajudar. Quer dizer, ajuda, porém não produz nada suficientemente bom para que eu possa me entender. Certa vez, Mário de Andrade escreveu: “Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois: não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi”.

Talvez eu não entenda essa carta agora, nem vocês, afinal se mal eu sei o que quero dizer, você não têm a obrigação de compreender, mas se alguma de vocês sabe como é ansiar por algo que não tem a mínima ideia do que é, se vocês não têm paciência para ver a vida passar e nada acontecer, deixe sua réplica, me avise, gritem comigo, e vamos todas juntas fazer uma revolução para que o inesperado nos atinja, hoje e sempre.

Até logo!

Nina