Os Homens De Nossas Vidas

Levando um fora


São Paulo, 10 de maio de 2013

Leitoras,

Nem acredito que já estamos em maio. Não acho que vou conhecer meu príncipe este ano. As coisas andam meio sem-graça. Estou me sentido feia, nem um pouco interessante, e bem... Nenhum garoto decente está interessado em mim. Para piorar, a faculdade me impede de sair porque tenho que estudar, e acabo nem conhecendo uma galera diferente. Isso é, definitivamente, deprimente. E com tudo isso na minha vida, não tenho nada interessante que possa lhes contar. Entretanto, ocorreu algo ontem com uma amiga de faculdade que me deu o que pensar. Ela se chama Maria Julia.

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Maria Julia tinha um amigo, na verdade, ele era seu melhor amigo: Luiz. Foram cerca de quatro anos de amizade, e durante esse tempo, os comentários do círculo de amigos deles era que eles tinham algo mais, que um gostava do outro, porque aquela amizade não era normal, era muito íntima. Nos últimos seis meses, ela achou estar gostando dele, porém nem pensou em contar para ele, afinal, eles eram melhores amigos, não teria cabimento. Ela pedia opiniões, e as pessoas somente diziam: "Deixa acontecer", "Uma hora dá certo". O grande problema é que isso não era o suficiente, ela vivia com uma eterna dúvida: Se iludir ou não?

Certo dia, um amigo de Maria Julia lhe disse: "Ju, o que as pessoas falam geram algum resultado positivo?". Ela não disse nada, pois sabia que não gerava. "Vai, fala com ele, se livra desse peso, afinal, se você não fizer isso, viverá eternamente na dúvida. Nunca descobrirá o que poderia ter acontecido. Melhor levar um fora, do que se iludir". Após isso, num ato de coragem, ela conversou com Luiz. Este, boquiaberto, disse que gostava dela, mas como irmã.

Essa situação nos dá o que refletir, enfim... Ela ficou extremamente triste, chateada. Mas seria melhor se ela alimentasse mais, criasse um castelo de ilusões enorme, para que tudo isso desmoronasse?

É difícil dizer o que é certo ou errado, porque cada situação é diferente. A minha opinião é de que devemos tentar. Nunca tive a coragem que ela teve, e a admiro por isso. Talvez a partir de hoje, eu aprenda que é melhor se arrepender sabendo algo, e mude minhas atitudes, em relação a tudo, e não somente ao amor.

Se pensarmos bem, ainda que soframos e sintamos dor, um dia tudo passa. Talvez, no momento, nos arrependamos de ter saído da cama, e por Deus, só queremos esquecer tudo que aconteceu no dia em que deu tudo errado porque arriscamos, no entanto, os dias se tornarão semanas, que virarão meses, que juntos então, serão anos, e o tempo vai ter passado, mas o mais importante é que saberemos que nós vivemos aquele momento, que um dia nós fomos fortes, corajosas.

Beijos para refletir,

Nina