Estávamos os seis sentados na sala de estar do chalé de Alec. A lareira crepitava, mantendo o local quente, e eu usava um dos casacos da guarda para a mesma finalidade. Sentia-me queimar de febre, mas não queria me retirar e dormir. Eu nem poderia, pra falar a verdade. Julieta me serviu um chá verde. Disse que seria bom para me manter tranquila, e talvez fazer minha temperatura abaixar.

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- Então o que exatamente aconteceu? - Céline perguntou, sentada bem à frente minha e de Alec, que tinha os braçosme envolvendo – E por que Aro não pode saber do casamento?

- Ele pode saber do casamento – Jane respondeu por nós. Estava encolhida no peito de Demetri, em choque. - Mas não pode saber o que a Cullen foi capaz de fazer.

- Ela conseguiu projetar um escudo de proteção – Alec pigarreou – Exatamente igual ao da mãe dela. Creio que talvez ela seja capaz de fazer isso com outros poderes também. Aro daria a alma, ou o que quer for que ele tenha, para mantê-la aqui.

- Nessie – a voz de Julieta era calma – Como o fez?

- Não tenho certeza – tomei mais um gole da bebida e deixei a xícara sobre a mesa de centro, aninhando-me mais no moreno – Eu só me lembrei da sensação de estar sob o escudo, e desejei que Alec estivesse protegido também.

- Faz sentido – foi Céline quem falou – Quero dizer, se você consegue reproduzir imagens, talvez seja por isso que tenha reproduzido os poderes de sua mãe. Não exatamente a essência do poder, mas a sensação que ele trás. Veja bem, Alec teve a sensação de estar protegido, e talvez por isso não tenha sido atingido por Jane.

- Vamos tentar uma coisa – Demetri se ajoelhou a meus pés – Tente comigo. Não o bloqueio, tente outro poder. Talvez o de Jane.

- Ela não pode projetar algo que não sentiu. - Alec revirou os olhos, encarando-me. Mordi o lábio e sua irmã virou o rosto. - Eu não acredito que você foi capaz disso! - ele gritou, fitando a irmã. Coloquei a mão em seu ombro, num longo suspiro, o que reduziu sua ira. - Tem razão, primeiro isso.

- Não sou capaz de fazer isso com você, Demetri. Vai te machucar. - estremeci. A loira concordou comigo.

- Eu já estou acostumado – ele começou a rir. Seria cômico se não fosse trágico. - Apenas dê seu melhor.

Suspirei, derrotada. Todavia eu sabia que as chances de conseguir repetir o feito seriam mínimas. Fechei os olhos e procurei me lembrar do baile em meu aniversário, da dor que Jane havia feito com que eu passasse. Coloquei minhas mãos das bochechas de Demetri, sentindo sua pele fria. E então projetei. Queria que ele recebesse toda a dor. Queria que ele gritasse. Não queria, na verdade. Mas precisava querer. Senti o cansaço tomar conta de meu corpo e me afastei. Eu não queria desmaiar.

- Como foi? - Jane perguntou, já ao lado do namorado. Ele demorou mais do que eu para abrir os olhos.

- Não tão doloroso quanto Jane, mas... - ele estalou o pescoço, voltando para o sofá – Bem doloroso.

- Talvez a prática... - Céline começou, mas foi interrompida por Alec.

- Não. Ela não vai praticar, pode chamar a atenção de Aro. - o vampiro puxou-me para si, e eu apoie minha cabeça em seu colo. - Aro não pode saber.

- Por mim tudo bem. - Julieta foi a primeira se pronunciar – Não sou subordinada a ele, assim como Céline e a própria Nessie.

- Por mim ele não saberá – a ruiva acrescentou – E posso tentar afetar a mente dele, caso ele descubra.

- Muito obrigada – o moreno suspirou, aliviado.

- Pode contar comigo, irmão. - Jane sorriu – E com Demetri também, ou eu frito o cérebro dele. - a loira riu, de mãos dadas com o rastreador. - Mas não sei o que serei capaz de fazer caso ele me obrigue a... Você sabe... Mostrar.

- Não se preocupem com isso. - Céline falou – Posso fazer uma muralha nessa lembrança de vocês. Aro não conseguiria derrubá-la. Foi assim que eu e Julieta fugimos.

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- Isso é incrível. - Alec comentou – Quando poderá fazê-la?

- Já está feita – a ruiva deu de ombros e se levantou. Foi seguida por Julieta, Jane e Demetri.

- Melhor irmos agora, Alexander – a irmã de Shakespeare lhe deu um sorriso triste. O vampiro se levantou e a abraçou.

- Obrigado – ele sorriu, abraçando a as outras duas também, e apertando a mão de Demetri – Retiro o que disse sobre você ser um cunhado ruim, GPS.

- Nossa, sinto-me honrado – ele riu, e depois se virou pra mim. - Durma bem, Renesmee. E bem vinda à família.

A loira deu-lhe um soco no ombro e os quatro saíram em disparada. Aproveitei para tomar o resto do chá, que agora estava numa temperatura mais agradável. Meu estômago roncou e o moreno ouviu, dando risadas. Foi até a cozinha e voltou com um forma de cupcakes. Haviam acabado de sair do forno. Peguei o primeiro e dei uma grande mordida, sentindo o chocolate derretido no interior do bolinho escorrer em meus lábios.

- Isso está muito bom. - disse, assim que consegui engolir o primeiro pedaço. Rapidamente, dei mais uma mordida.

- Cuidado pra não engasgar – o vampiro riu, limpando o creme de chocolate com um guardanapo. Eu estava toda lambuzada. - Já que não pudemos ter nosso jantar, vou te entupir de doces.

- Nossa, realmente uma pena – comentei assim que terminei o primeiro cupcake – E não faça essa cara. Eu sei que você não queria simplesmente jantar. - sorri.

- Você realmente me conhece – ele deu de ombros, derrubando-me no sofá e beijando todo meu rosto. - Mas eu já disse para parar de usar decotes provocantes. Hoje você fugiu dessa regra, então terá consequências.

O moreno pegou-me nos braços e subiu as escadas em uma velocidade meramente humana. Assim que chegamos ao quarto ele fechou a porta e as cortinas, que revelavam um dia já por nascer. Apagou a luz e acendeu a lareira digital. Eu gostava da escuridão, era acolhedora. Jogou-se na cama, sentando-se e puxando-me para seu colo. O vestido rasgou em minhas coxas.

- Alec, é de Julieta. - mordi o lábio. - Ela vai me matar.

- Depois eu mando fazer outro – ele riu, rasgando as duas laterais do tecido azul até a altura de minha cintura.

Seus lábios de demoraram em meu pescoço, mordendo-o, chupando-o e o beijando. Sentia pequenos gemidos escaparem de meus lábios, e risadas, dos dele. O vampiro tirou o casaco de meus ombros, bem como o resto do vestido, deixando-me apenas de lingerie. Deitou-me na cama e debruçou-se sobre mim, beijando meus lábios vorazmente. Puxei-o pela gola se sua camisa polo e percorri minhas mãos por dentro da mesma, sentindo os músculos firmes em seu abdômen. Tentei retirar sua camiseta, mas ele começou a rir e me impediu.

- Não. - ele falou, recompondo-se e se levantando da cama.

- O que quer dizer com isso? - franzi o cenho. - O que aconteceu com o “terá consequências”?

- Bom, essa é a consequência. - ele riu, tirando a roupa que usava e colocando a calça do moletom.

- Não gostei dessa consequência – bufei, indo em direção ao guarda-roupas e colocando uma camiseta de Alec.

- Não gostei de ter usado decote.

- Por que? - cruzei os braços.

- Porque não usou para mim. Usou para outras pessoas.

- Se fosse pra você, eu não usaria nada, certo?

- Tem razão – ele riu, beijando-me – Mas é melhor que você descanse, Nessie. Teve um longo dia. É bom que esteja recuperada para contar a seus pais.

- Eu vou? - estremeci – Achei que talvez devesse contar comigo.

- Não precisa nem pedir duas vezes. - ele me puxou para a cama, enfiando-nos sob as cobertas. Deitei-me em seu peito, aninhando-me ali. - Agora durma.

- Obrigada. Por estar ao meu lado, sabe?

- E não é isso o que eu deveria fazer? - seus dedos brincaram com meus cabelos. Meus olhos ficaram pesados e eu entre num estado de semiconsciência. - Eu te amo, minha pequena.

- Eu também te amo, meu vampirão italiano.

E, ouvindo sua risada, dormi.