Capítulo 14: O privilégio de amar

Pov. Renesmee

–Vovó Esme, o jantar estava maravilhoso. Eu amei – disse e ela sorriu.

– Ai que bom, meu bem. Fiz especialmente para você e o Jake – disse ela e sorrimos.

– Obrigada, senhora Cullen. Saiba que é um enorme prazer estar aqui junto com a sua família e agradeço por me receberem aqui – disse ele feliz e entrelacei nossas mãos.

– Bem, quero apresentar a vocês todo o Jacob, meu namorado e grande amor – disse e ele me beijou na bochecha.

– Jake, fico imensamente feliz que você e minha filha estejam juntos – disse meu pai e fiquei emocionada.

– Ooh papai, é bom que você e a mamãe tenham aceitando o Jake na família – disse.

– E como não aceitar? Billy é o melhor amigo da família e o Jake é um ótimo garoto – disse vovô Carlisle.

Continuamos entre conversas na mesa de jantar, de repente comecei a me sentir mal e uma tontura fora do normal. O que será que estava acontecendo comigo? Já era a segunda vez que isso acontecia, mas não tinha ido a nenhum médico por achar que fosse normal por conta da minha ansiedade.

– Está tudo bem, amor? – perguntou Jake preocupado, percebendo minha quietude.

– Não, estou sentindo um mal estar estranho. É a segunda vez que isso acontece – disse e quando fui me levantar tudo ficou escuro, só consegui sentir braços me pegando.

Pov. Edward

Como médico e pai, tinha o dever de cuidar da minha filha. Estava tudo bem durante o jantar, mas de repente vi Nessie desmaiando nos braços de Jacob. Céus! Depois de 16 anos de muitas saudades, finalmente minha filha voltou para os nossos braços e todo aquele vazio ficou para trás. Pelo que Nessie nos contou Georgina se arrependeu do que nos fez passar e contou sobre o que aconteceu no seu passado. O que ela não imagina é que seu filho a ama e foi criado pela minha mãe, por causa das reprovações de meu avô e ele a espera para conhecê-la.

Pedi para Jake deitar Nessie em minha antiga cama e a examinei, sua pressão estava um pouco baixa. Eu conhecia esses sintomas, pois foi assim que Bella ficou na descoberta das duas gravidezes. Minha filha está grávida, eu sei e agora me sinto culpado por não ter acompanhado muita coisa em sua vida.

– O que aconteceu? – perguntou Nessie assim que acordou.

– Você desmaiou, filha.- disse acariciando os cabelos dela.

– Não é a primeira vez que acontece isso comigo – disse ela e fiquei apreensivo.

– Filha, me responde algumas perguntas – pedi e ela assentiu – Você e o Jacob tiveram relações sexuais?

– Papai, assim me deixa envergonhada – disse ela vermelha feito pimentinha, igual a mãe – Mas sim, eu e o Jake fizemos amor. Como todo casal.

– Vocês não se preveniram né? – perguntei e ela me olhou com cara de choro.

– Me perdoe, papai. Fomos irresponsáveis, eu decepcionei vocês dois e não merecem uma filha mal – disse ela chorando e me cortou o coração ao vê-la daquela maneira. Não iria acusa-la e nem brigar com ninguém, pelo contrário irei ajuda-los no que precisar.

– Filha, não chore meu amor – disse secando suas lágrimas – Você está grávida, porque conheço esses sintomas. Vamos ficar do seu lado, eu e sua mãe tínhamos a sua idade quando descobrimos que você estava a caminho e recebemos o apoio de nossos pais.

– Obrigada papai. Eu amo todos vocês – disse ela e a abracei, deixando sua cabeça encostada em meu peito.

– Sempre minha princesinha. Agora você e o Jake precisam conversar, com certeza ele vai ficar feliz assim como eu também fiquei – disse – Sua mãe foi dar de mamar ao Thonny e qualquer coisa me chame.

– Tudo bem, papai – disse ela e sai do quarto. Encontrei Jacob encostado na parede de olhos fechados, preocupado com a Nessie.

– Jake, pode entrar. Vocês precisam conversar e posso dizer que contem comigo para o que precisarem – disse e ele assentiu.

– Pode deixar, Edward. Obrigado – disse ele e dei um tapinha em seu ombro. Fui até a sala ver como estavam Bella e o meu garotão, provavelmente se fartando do leite da mãe como sempre. A segunda gravidez da minha mulher foi uma surpresa e tanto, pois não havíamos comentando nada sobre termos um segundo filho após a dura separação de nossa filha.

– Oi amor, como estão? – perguntou e lhe dei um selinho. Beijei o pezinho do meu filho e ele se agitou no colo da mãe.

– Estamos bem, esse seu filho tem uma fome grande. Pelo jeito vai esvaziar meu seio – disse ela e rimos – E a nossa filha, como está?

– Um pouco assustada, mas está bem. Ela e o Jake estão conversando agora – disse abraçando minha esposa de lado e segurando a mãozinha do meu filho.

– Vamos apoiá-la, meu amor. Ela precisa de nós nesse momento lindo, apesar de ser cedo para isso acontecer – disse ela e sorri.

– Eu disse isso a ela e acho certo também. Porque tivemos o apoio da nossa família quando aconteceu conosco – disse e beijei sua testa. Ficamos observando nosso filho mamar e conversando um pouco sobre toda essa felicidade.

Pov. Jacob

Quando entrei no quarto, Nessie estava deitada de lado e seus olhos fechados. Fui para o seu lado, acariciando seus cabelos e beijei seu ombro.

– Meu amor, estou aqui – disse e ela se sentou. Eu a acompanhei.

– Nós precisamos conversar, amor. Só preciso que fique ao meu lado independente do que acontecer – disse ela e a olhei.

– Sempre, meu anjo – disse e ela sorriu.

– Jake, meu pai esteve conversando comigo. Meus sintomas não são nada graves, mas sim uma divindade que Deus nos deu – disse ela e franzi a testa – Eu estou grávida, Jake. Você vai ser papai.

Meus olhos se arregalaram e fiquei estático. Nessie e eu vamos ser pais, nosso filho estava a caminho e éramos tão jovens para que isso pudesse acontecer, ela com 16 e eu com 18 anos.

– Jake, fale alguma coisa por favor. Está me deixando assustada – disse ela me tirando do mundo paralelo – Você não gostou da notícia?

– Hey, claro que sim – disse e segurei seu rosto entre minhas mãos – Um filho seu, um filho nosso. É tudo que eu mais quero na vida – Nessie estancou um sorriso e trocamos um singelo beijo.

Era isso mesmo, não importava o que os outros iriam pensar, vamos ficar juntos e cuidar do nosso filho. Estava feliz, pois iria ser pai e Deus me deu esse lindo presente, e o privilégio de amar.