Era a terceira noite de Rony no apartamento de Mione e como nas noites anteriores ele dormia pesadamente no sofá. O relógio trouxa pendurado na parede marcava exatamente 02:27 quando ele foi desperto por um ruído baixo e constante, passos. Abriu os olhos rápido e pegou a varinha. Esfregou os olhos com a mão livre tentando afastar o sono.

- Lumus! – a ponta de sua varinha se iluminou imediatamente.

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E através daquela única luz ele pode perceber uma presença com ele na sala. Ele deu um passo determinado a frente em buscar de ver melhor o tal invasor e se surpreendeu ao ver Mione o olhando tão surpresa quanto ele, seus olhos tão sonolentos quanto os dele.

Eles se encararam por alguns instantes antes de compreenderem completamente a situação, Mione então deu um sorriso curto.

- Eu estava indo ao banheiro...

Ela parou no meio da fala ao ver o modo como Rony a olhava. Então ela percebeu que durante o período em que se encaravam Rony havia abaixado a mão e junto com ela a luz que sua varinha emanava, iluminando suas vestes.

Mione vestia apenas uma camisa sua longa o suficiente para cobrir as ‘áreas principais’, mas que também revelavam muito de seu colo através do colarinho e suas pernas por completo.

Ela corou instantaneamente e Rony pensou que se existia perfeição devia se parecer com aquilo. Naquele momento algo se confirmou na mente do ruivo. Ela não era mais aquela garota implicante, ela já era uma jovem e muito bonita por sinal. E por mais que eles ainda implicassem, ela também era a garota que ele amava e pela qual ele sabia que faria tudo.

- Acho melhor ir para meu quarto – ela ainda estava envergonhada.

Mesmo depois de tudo que havia acontecido entre eles ela ainda conseguia sentir vergonha dele. Não seja tola, pensou ela, ele é um amigo. Não há de que se envergonhar.

Mas a vontade de se trancar em seu quarto permaneceu e ela se virou na direção da porta quando ouviu Rony dizer.

- Fica – ele falara inconsciente.

O que está fazendo Ron?,eleperguntou pra si mesmo.Falando o que penso, mostrando o que eu quero, respondeu ele também para si mesmo.

Ela se virou confusa, o que era perceptível por suas sobrancelhas muito juntas.

- Só um pouco – ele falou como se isso explicasse algo.

Ele a pegou pelos braços que estavam caídos ao lado do corpo e a levou até o sofá. Ela corou de novo. Apenas pelo toque.

Pare com isso!,ela ordenou a si mesma, não seja idiota, não de novo.

Depois de senta-la como se ela fosse uma boneca grande demais ele também se acomodou. Sua boca ficou seca, mas ele sabia que devia falar, devia soltar o que estava preso dentro dele.

- Obrigado.

Mione ficou intrigada.

- Pelo que?

- Bom... por você ser você. Quero dizer... você salvou a minha vida e a do Harry muitas vezes, até quando não merecíamos – ele parou um segundo engolindo a vergonha de ter abandonado o acampamento, de tê-la abandonado – Você sempre implicou e brigou comigo, mas no final você sempre estava certa. Enfim...por ser minha amiga.

Mione olhou pra baixo evitando o olhar que ele lhe lançava. – Como ele dizer que eram amigos podia magoa-la tanto? – ela se perguntou – Desde quando amizade era algo ruim?

Desde quando você se apaixonou por ele,a mente de Mione lhe respondeu e nesse momento ela odiou ser a garota que tinha as respostas.

Ele continuou.

- Também por me aceitar aqui. Tem sido... – ele não sabia que palavra usar – maravilhoso – esta não era uma palavra comum no vocabulário dele, mas não haveria uma que se encaixasse melhor.

Ela finalmente voltou a olha-lo. Ele ainda a fitava. Não havia parado de olha-la desde que começara o agradecimento.

- Eu. Senti. Muito. A. Sua. Falta – ele pronunciava cada palavra lentamente destacando a mensagem.

- Você já disse isso - ela sorriu ao falar.

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- Eu sei – ele respondeu.

Ele permanecia a olha-la e Mione concluiu que logo voltaria a corar se ele não parasse de olha-la daquela forma. O que havia com ele?

- Está tudo bem? – ela perguntou enquanto se levantava e fugia do olhar dele.

Mione quebrou o encanto ao se distanciar e Rony sentiu a frase presa em sua garganta.

- Está – a frase continuava a engasga-lo.

- Então boa noite – ela disse se encaminhando para o quarto.

- Boa noite – ele pensou se morreria daquele engasgo.

Quando chegou a sua porta Mione se virou para ele.

- Obrigado também.

- Por? – ele ergueu a sobrancelha direita.

- Por ser um chato cabeça-dura – ela deu seu maior sorriso desde que ele acordara e entrou no quarto fechando a porta.

O engasgo permanecia, mas Rony pressionou o bolo pra baixo, sabendo que um dia ela sairia e se dependesse dele não iria demorar.