Ela aparatou na soleira da porta e foi logo a abrindo. Usava um lindo vestido negro com alças finas e delicadas, busto bem marcado e saia rodada após a cintura, o que a fazia, vez ou outra, usar as mãos para que ele não subisse a mercê do vento.

Diferente da maioria dos vestidos que possuía, aquele acabava antes da altura de seu joelho, revelando mais do que quase todas as roupas que possuía. O charme dele, porém, consistia nas pequenas pedrinhas que desciam a parte superior ao centro, simulando botões e a uma faixa na barra inferior, deum tom creme.

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Ela puxou mais uma vez a saia do vestido para seu devido lugar, atravessou o corredor e foi para a sala.

– Ron! Harry! – chamou.

Ninguém respondeu. Deu alguns passos pelo cômodo e admirou o ambiente, totalmente mudado de meses atrás, pela primeira vez ela acreditava que aquele era um lugar que podia ser habitado e o era.

Foi quando ouviu um ruído atrás do sofá, buscou a fonte e encontrou Monstro concentrado em uma mancha enquanto sussurrava impropérios para ninguém em particular. Continuava com a velha roupa surrada e a carranca de sempre. Ele, como muitos outros de sua espécie, optara por se manter servindo sem qualquer gratificação. Diziam ser tolice aquela história de receber por fazer o que deviam fazer.

Ela ainda se sentia um pouco chateada com aquilo, Harry e Ron, pouco se importavam, mas ela fizera parte daquela conquista e esperava que ela fosse completa.

A morena então saiu de seus pensamentos quando ouviu ruídos vindos da escada, se virou e fitou o amigo com seu belo traje de gala negro, os cabelos desgrenhados e um sorriso no rosto.

– Já estou pronto!

Hermione sorriu para ele.

– E onde está o Ron?

– Seu namorado? – Harry arqueou uma das sobrancelhas e abriu um riso divertido.

Ainda era estranho, para ela, ouvir chamarem Ron assim, ‘seunamorado’.

– Ele ainda está se vestindo. Pode subir e ir vê-lo – ele continuou passando por ela e se encaminhando para a porta – Ah, aproveita e avisa que já fui. Ainda vou buscar Gina.

– Você vai nos deixar a sós aqui? – ela perguntou rápido.

– Vou – Harry franziu o cenho enquanto girava a maçaneta – Porquê? Algum problema?

– Hãn... não... não... problema nenhum.

– Ok, nos vemos mais tarde! – disse ele antes de sumir pela porta aberta e deixa-la bater com mais intensidade que o necessário.

Assim que a porta se fechou, ela respirou fundo e subiu as escadas. Sabia exatamente qual era o quarto de Ron. O quarto que ele ocupava desde que decidira morar com Harry havia poucos dias. Havia sido uma escolha difícil. Sair de casa. A senhora Weasley chegou perto de petrificar o filho 5 vezes antes de permitir, mas no fim, ele conseguira.

Ela parou no corredor do andar superior e encontrou a porta aberta. Pôde ver Ron antes que ele percebesse sua presença. A roupa de gala caindo perfeitamente sobre seu corpo e apesar de ele usar a mesma roupa que Harry e ainda não haver colocado osobretudo, ficando apenas com a camisa branca de pregas frontais e calça negra, ela o achou lindo.

O corpo do ruivo era maior que o do amigo, a altura que ele ganhara na adolescência agora era acompanhada de massa muscular, lhe dando contornos extremamente atrativos.

A morena sentiu o rosto queimar ao pensar nisso e olhou para os lados como em busca de alguma outra presença, mas estavam realmente a sós. Harry partira e Monstro estava ocupado demais com sua mancha ultrarresistente.

Ela pensou em sair dali e daquela situação, afinal passara os últimos dias evitando ficar só com ele, temendo o que poderia ocorrer, mas não teve tempo.

– Mione? – a voz dele a fez tremer.

– Ah, oi Ron – ela se aproximou e lhe deu um beijo rápido – Pensei que já estivesse pronto.

Ele sorriu envergonhado antes de confessar.

– Eu ainda não consigo amarrar esta maldita gravata –olhou para o próprio pescoço e depois concluiu exasperado – E o Harry, ao invés de me ajudar, some!

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– Ele já foi. Disse que iria buscar a Gina e nos encontrava lá – respondeu ela, justificando o amigo.

– Ah tá. Então você me ajuda? – ele perguntou com seriedade.

Sua cabeça se focou na presença dele, por mais que ela tentasse evitar. Cada pequeno gesto daquele corpo fazia algo nela se agitar, mandando sinais de fogo para todo seu corpo. Ampliando os sentimentos e sensações.

Ela se sentiu tola por estar daquela forma enquanto ele se mantinha firme. A sensação de que algo estava fora do lugar veio tímida, como sempre e a fez demorar a responder.

– Hermione?

– Ah, sim, sim, claro.

Ela se aproximou e começou a ajeitar a gravata. Ele lançou o olhar sobre o corpo dela e depois voltou a se focar no rosto.

– Você está linda.

Ele falara tão direto e sincero que ela agradeceu mentalmente a Ginny que a maquiara e a si mesma, devido à coragem de usar aquele sapato, que tinha o mesmo tom da barra em seu vestido, mas também uns bons centímetros de salto.

Era provável que ao final daquela noite seus pés estivessem um caco, mas ela concluiu que já havia valido a pena. Ela recebera um elogio, e não um elogio qualquer, um elogio de Ronald, SEU Ronald.

– Obrigada – ela abriu um pequeno sorriso e corou enquanto o fitava.

Era impossível ignorar o azul intenso de seus olhos, como se quisessem lhe falar tantas coisas, mas Ronald permaneceu calado. Com a boca estática. Tão perto.

Ela terminava de ajeitar a gravata,quandoele levantou as mãos e pegou as dela, a impedindo de continuar e ela soube pelo olhar ainda mais intenso que ele lhe lançou: Ele pensara o mesmo que ela. Ele finalmente percebera que estavam ali sozinhos.

Por isso ela não se surpreendeu ao vê-lo baixar a cabeça e aproximar os rostos para beija-la. E ainda ao puxa-la para si, retirando seus pés do chão.

O beijo começou lento e sensual. O calor se espalhava pelos corpos, ligeiro, e num gesto natural, ela abraçou os quadris dele com as pernas, prendendo seus corpos. Ambos estavam nervosos, confusos, mas acima de tudo, cheios de expectativas.

As mãos dele se adiantaram e começaram a explorar o corpo dela, como já fizera antes. Ela buscava ter algum controle, mas não conseguia. Havia muito desejo ali. E assim, suas mãos logo começaram a explora-lo também: peitoral, barriga, braços, costas e, principalmente, cabelos. Ela enfiava os dedos entre os fios e os agarrava.

Ron cobriu um dos seios da garota com a mão e começou a massageá-lo por cima do tecido. Ela soltou um gemido leve que o fez intensificar os movimentos.

Em seguida, ele fez as mãos deslizarem pelo vestido, passando pela cintura, quadris e coxas. Quando elas finalmente tocaram a barra do vestido, que já estava fora do lugar, ele a subiu ainda mais, embolando-o pouco abaixo do quadril da morena e intensificou a força em suas mãos ao encontrar a pele exposta.

Se houvesse alguém ali provavelmente observaria o tom róseo que marcava a pele da garota onde o ruivo a tocava. Mas como não havia, ninguém se atentou aquilo.

Hermione desferia beijos pelo pescoço e queixo dele, sem se preocupar com até quando ele aguentaria o peso de seu corpo. Foi quando percebeu que o ruivo começou a caminhar. Mais especificamente em direção a cama.

Ela tentou se livrar do torpor quando ele a deitou no colchão levemente macio. Parou de beija-lo e murmurou.

– Não. Nós não podemos.

Ron, que já beijava o pescoço da morena com seu corpo debruçado sobre o dela, respirou fundo e abriu os olhos. Ele a fitou e ela se encolheu, se sentindo a bruxa má. Ele respirou fundo – de novo.

– Porque Hermione? Eu quero, e eu sei que você também quer – o ruivo não demonstrava dúvidas.

Acariciou o rosto dela e a morena não teve respostas. Ele estava certo, ela também queria, queria muito, mas era difícil admitir e ceder. Como sempre. Ainda mais quando se tratava de algo realmente importante.

Ron manteve seu corpo curvado sobre o da morena, mas suas peles já não se tocavam mais. Ele a queria e sabia que ela sentia o mesmo, mas, enquanto Hermione não admitisse, ele não faria nada. Estava cansado de vê-la agindo como se não ficasse tão afetada quanto ele quando estavam juntos.

Ela ficou o fitando sem jeito e ele percebeu sua confusão, mas não cedeu, era a hora de Hermione provar que o amava tanto quanto ele a ela. Sabia que não estava facilitando, mas depois de tudo que fizera, acreditava que estava na hora de ela tomar uma atitude.

A garota suspirou e em um gesto, esticou o braço até a nuca dele, onde pousou a mão e puxou o rosto dele para si, unindo suas bocas em um beijo lento e quente.

Ele esperava que ela dissesse que o queria usando palavras, mas não pode reclamar do beijo que ela lhe dera, já que estava muito ocupado correspondendo-o.

Então colocou novamente o peso de seu corpo sobre o dela e sentiu o colchão embaixo deles ceder alguns centímetros. Temeu prensa-la na cama, mas ela continuava presa ao seu pescoço e o beijando, sem dar margens para ele acreditar que a machucasse de alguma forma.

A boca do ruivo começou a correr o corpo dela. O cheiro de Hermione o invadia, aumentando seu desejo. Logo suas mãos também começaram a agir. Suas palmas deslizavam das coxas de Hermione até sua cintura delgada por debaixo do tecido do vestido, enquanto ela massageava sua costa com dedos ávidos.

Quando a morena deu por si, o ruivo descia lentamente as finas alças de seu vestido e lhe aplicava delicados beijos por onde a tira de tecido passava. Ela não conseguiu conter um suspiro com aquela delicada carícia e Ron sentiu um arrepio percorrer seu corpo ao ouvi-la.

Tudo, com Hermione,era intenso, e se aquele era apenas o começo, ele estava ansioso pelo que viria a seguir. Então, em um gesto rápido e, ao mesmo tempo, delicado, ele moveu o corpo magro dela sobre a cama, levando-a para o centro.

Se beijaram novamente e ela o afastou de si. Ron já se preparava para discutir quando foi paralisado pelo gesto dela. Ela retirava os sapatos de salto, abrindo um pequeno fecho metálico em cada um, suas pernas totalmente expostas, permitindo até um entrever do tecido da peça intima que ela usava.

Depois de retirar o par, ela os jogou ao lado da cama. Eles fizeram um baque surdo ao cair de qualquer jeito e aquele gesto tão natural fez o sangue de Ron correr muito mais rápido por suas veias.

Ele então saiu da cama num salto, retirando a camisa, junto com a gravata que Hermione colocara e os próprios sapatos, o que demorou alguns segundos extras, já que ele se enrolara com os botões da camisa, com os fios do cadarço e até com as meias.

Gestos desengonçados, perto da delicadeza de Mione, e ele já pensava seriamente em um xingamento, quando o riso dela chamou sua atenção.

Ela permanecera no centro da cama e o fitava, e só então o ruivo se deu conta de que ela o observara todo aquele tempo. Sentiu a orelhas começarem a ficar vermelhas, com uma quantidade extra de sangue se alojando ali.

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Mas assim como começoude repente, também paroude repente e ele ficou fitando a garota sentada, descalça e com a parte superior do vestido quase escorregando por seu corpo, o rosto mostrava uma alegria imensa e ela o olhava cheia de carinho.

Aqueles sorriso e olhar que ela lhe lançava eram dele, somente para ele e mais ninguém.O ruivo então passou a mão nos cabelos, bagunçando-os ainda mais do que já estavam, começou a rir também e voltou a se aproximar dela e desta vez, não havia escapatória.