Capítulo 17 - Provarei o contrário.

P.O.V Megan:

– Não, isso não pode ser verdade. - eu disse sem acreditar no que ouvia - Minha avó nunca mataria ninguém.

– Veja bem, Megan. Sua avó era espiã, eventualmente ela matou alguns bandidos. - Britt respondeu

– Ok, bandidos. Mas ela NUNCA mataria o parceiro dela. - falei ficando agitada

– Matar, ela não matou. Mas deixou o parceiro dela lá pra morrer. - ela respondeu fria, como sempre

– E como você sabe tão bem desses detalhes? Você não era chefe, ou sei lá o que, da academia quando minha avó era espiã. - falei

– Verdade, eu não era. Mas há apenas um espião ativo daquela época. - ela respondeu

– E esse espião ativo seria? - eu perguntei ficando interessada

– Richard Tyler. - ela respondeu e apontou para porta - Feche a porta quando sai.

Ela estava me expulsando da sala dela, ok. Richard Tyler, Richard Tyler, Richard Tyler, esse nome ficou na minha mente. Então eu me decidi. Iria encontrar esse homem, provar pra todos e principalmente pro Allan a inocência da minha avó.

P.O.V Allan:

Já sentiu vontade de ficar deitado o dia inteiro? É assim que eu me sinto. Minha cabeça e meus sentimentos estão uma bagunça, não sei mais o que pensar. Você acredita em amor a primeira vista? Eu não acreditava, até ver a Megan. Foi uma coisa instantânea como se tivesse um cupido na sala e no momento que eu vi aquela garota morena de olhos verdes entrar, ele acertou uma flecha bem no meio do meu coração. Eu passei muito tempo negando, mas não posso mais.

– Allan. - fui interrompido de meus pensamentos - Tem alguém querendo falar com você aqui fora. - Kaio me chamou da porta do quarto

– Que saco. - me levantei - Karen, eu já falei para de me encher o saco. - fui andando até a porta

– Eu não sou a Karen. - o motivo de toda a minha confusão estava ali parada, linda como sempre - Mas se você quiser posso chamar ela. - Megan fingiu que ia andando e eu puxei ela

– Oi Megan. - eu dei um meio sorriso pra ela

– Eu sei de tudo. - ela me disse

– De tudo?

– De tudo. O motivo de você ter parado de me beijar.

– Eu precisava respirar? - dei risada

– Não, eu sei sobre minha avó e seu avô. A srta. Williams me contou toda a verdade. - ela disse suspirando

– Então sabe o motivo de não podermos ficar juntos. - eu respondi

– Mas você já pensou que pode ser mentira a história que você ouve? - ela respondeu cruzando os braços

– Você já pensou que realmente pode ser verdade? - rebati

– Allan, eu conheço minha avó. Ela nunca faria isso, ela pode ter tentado salvar seu avô e não conseguiu. - ela respondeu

– Mas Megan... - eu ia falar

– E se ela não salvou? Você não é ele e eu não sou ela. Somos duas pessoas diferentes em épocas diferentes. Porque deixar uma coisa da nossa família, que aconteceu no passado, afetar nosso futuro? - ela chegou perto de mim - Quer dizer que você não sentiu nada quando me beijou?

– C-claro que senti. - eu respondi de cabeça baixa - Mas isso é tudo que eu sei sobre a minha família, essa história e essa inimizade com a sua família. E-eu não sei o que pensar...

– Pensa nisso. - ela disse colocando o braço em volta do meu pescoço e me beijando.

P.O.V Megan:

Eu realmente não sei da onde tirei coragem pra fazer isso. Mas eu o estava beijando. E dessa vez, não foi respiração boca a boca, não foi em um treinamento. Foi bom, muito bom. Eu podia ficar pra sempre beijando ele.

– Megan, não... - ele interrompeu colocando a mão na minha boca e olhando nos meus olhos

– Quer saber? Eu não vou desistir de você. - eu respondi - Eu vou te provar que toda essa história que você ouviu é mentira. E aí sim, você vai poder ficar comigo. Sem "mas", e "se". - eu disse e dei um rápido selinho nele

Eu sabia o que fazer, sabia que atitudes tomar pra provar que essa história é mentira. E ninguém vai me impedir.