Capítulo 02 – Pri

Fiquei totalmente imóvel quando o bandido agarrou meu braço e segurou o revólver na minha cabeça.

“Ai meu Deus”, a Natália sussurrou, e o Leo a segurou quando ela perdeu os sentidos.

“Solte a moça e renda-se”, disse o segurança, apontando a arma para o chefe da quadrilha.

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“Deixe-nos ir embora ou eu atiro nela”, ameaçou o bandido. É claro que, a essa altura, eu já estava chorando de medo. “E você, cale a boca.”

“Deixe-a ir embora”, disse o Rodrigo.

“Rodrigo, fica quieto”, disse o Leo. Meu namorado ignorou o amigo e veio andando a passos pequenos e lentos em minha direção.

“Eu vou com vocês, e vocês deixam ela ficar”.

O ladrão olhou para mim, depois para o Rodrigo, e logo entendeu:

“Vocês são namorados! Que meigo! Um dando a vida pelo outro”.

Eu e Rodrigo já estávamos chorando, a essa altura, embora ele tentasse se manter frio. Absolutamente sem sucesso.

“E porque eu faria isso?”, perguntou o ladrão.

Rodrigo não tinha uma resposta, mas o homem parecia estar disposto a fazer uma troca. Chamou um de seus comparsas, que segurou meu namorado por trás, colocando um pano para cobrir-lhe a boca.

“Reviste-o”.

O ladrão revistou o Rodrigo.

“Limpo, chefe”.

“Ótimo”. O bandido largou o meu braço, e eu corri para perto dos seguranças, que aguardavam do lado de fora da loja.

“Salvem o meu namorado, por favor!”, implorei, enquanto uma funcionária do shopping me abraçava, tentando me acalmar. “Por favor, salvem o Rodrigo”.

“Eles não irão sair daqui, garota. Não se preocupe, seu namorado vai ficar bem”.

O chefe da segurança tentou negociar com o bandido, sem sucesso.

“Vocês vão nos deixar ir embora, ou eu atirou no garoto”.

“Vamos fazer uma troca”, sugeriu o guarda. “Você leva a mim, e deixa o garoto aqui”.

“De jeito nenhum. Está achando que eu sou trouxa? Você é um agente altamente treinado, e esse aqui é só mais um filhinho de papai covarde, que quis dar uma de herói salvando a namorada”.

Não houve negociação. Os seguranças não poderiam impedir os bandidos de irem embora sem começarem um tiroteio, então não tiveram escolha a não ser deixá-los fugirem pelas escadas.

“Rodrigooooooo!!”, gritei, em pânico. Ia correr na direção dele, mas um segurança me deteve. “Rodrigo, volta!!”

Ele, amordaçado, lançou-me um olhar carinhoso, cheio de sentimento. O queixo dele mexeu, tentando dizer alguma coisa, e ele conseguiu soltar a mordaça com a língua e gritar:

“PRI, EU TE AMO!!”

O bandido ouviu – obviamente -, e logo o amordaçou novamente.

Embora os seguranças do piso inferior tivessem tentado fechar as portas, os bandidos começaram a atirar, e, para que inocentes não se machucassem, os seguranças não reagiram e deixaram eles partirem em um carro preto.

Me ajoelhei no chão, chorando, e a Fani, a Natália e o Leo correram para me consolar.

Foi só aí que ouvimos a sirene da polícia. Enquanto um carro saía em perseguição, três policiais subiram para recolher depoimentos. Avancei em cima do primeiro que vi. É claro que ele segurou meus pulsos com muita facilidade, mas mesmo assim eu lutava contra ele, gritando:

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“Vocês deixaram o meu namorado ser sequestrado! Seus incompetentes!! Agora aqueles bandidos vão matar o Rodrigo, e a culpa será de vocês!! Miseráveis, inúteis, burros!! A culpa é toda de vocês!!”

“Ela está fora de controle”, disse uma policial. “Chamem uma ambulância”.

“Rodrigooooooooo!!”, gritei.

A última coisa que vi foi um enfermeiro injetando algo no meu braço, e eu caindo inconsciente em uma maca.