All I Want Is You - Segunda Temporada

Algum dia, quem sabe...


- Não acredito que você já tá indo embora. – Disse fazendo bico. Estávamos no aeroporto esperando a chamada pro voo deles.

- Daqui a menos de dois meses vamos nos ver de novo.

- E no próximo mês você vai pra faculdade. – Disse manhosa e ele me deu um selinho.

- Mas eu vou tá perto. No final de semana vou te visitar.

- Ok, riquinho. – Ele riu fraco. Chamaram o voo. Me agarrei nele. – Não! – Ele riu fraco.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Eu tenho que ir. – Ele disse me dando um beijo na testa.

- Mas eu não quero que você vá.

- Aw. Que meigo. – Bati no braço dele.

- Isso é sério tá! – Disse fazendo bico.

- Nem um beijinho de despedida? – Ele disse e eu sorri dando um beijo nele. Alguém pigarreou atrás de mim. Óbvio que era o babaca do Ryan.

- Que é? – Perguntei.

- Se não quer se despedir de mim é só falar. – Fiz biquinho. – Que meiga. – Ele disse me abraçando.

- Você é um chato!

- E você não vive sem mim.

- Pior que não. – Rimos. Fui abraçar meu pai. – Então... Tchau de novo né. – Ele me abraçou.

- Menos de dois meses, querida.

- Eu sei. Vai passar rápido.

- Vai sim. – Ele me deu um beijo na bochecha e nos separamos. Eles foram entrando pelo portão de embarque e acenando pra mim, que acenava de volta sorrindo. Depois de uns 5 minutos, virei e fui embora.

(...)

Tava sozinha sentada numa mesa numa cafeteria. Tava comendo bolo e tomando chocolate quente, apesar de que nem tava tão frio assim.

- Sozinha? – Alguém falou perto do meu ouvido e eu quase pulei da cadeira. A pessoa se sentou do meu lado e riu. Era o Andrew.

- Porra quase me matou. – Disse rindo junto.

- Mas, tá sozinha?

- To. Acabei de ver os três embarcando.

- Você vai voltar pra lá né?

- To confiante que sim.

- Hm... Você faltou na sexta né? – Assenti. – Te coloquei como dupla comigo pra fazer trabalho, ok?

- Ok. Pra quando é?

- Sexta agora. – Fiz uma careta e ele riu fraco.

- É sobre o que?

- Pesquisa de campo. – Fiz cara de confusa e ele revirou os olhos. - Pra pesquisar fora da internet ou livros, entendeu? – Continuei com a mesma cara e ele riu fraco.

- É melhor você me explicar na hora da gente fazer. – Ele riu fraco de novo e eu ri junto.

- Ok.

- Hm, vai ter uma festa sábado. Eu sei que você não vai mais, só que... sei lá. Não tenho companhia.

- Eu até queria ir, Andrew, mas acho melhor não.

- Tudo bem. – Ficamos conversando por mais um tempo e eu decidi ir pra casa.

(...)

- Você tá gostando dele? – Katy me perguntou quase morrendo pelo Skype.

- Lógico que não, sua ameba. – Disse revirando os olhos. Eu tinha contado pra ela que encontrei o Andrew de novo. E contei também que me sentia mal por saber que ele gosta de mim e ficar tipo... dando foras nele, praticamente esfregando minha aliança na cara do menino.

- Ué, mas você disse que se sente mal...

- Eu amo o Derek, Katy.

- Não é impossível você se apaixonar por outra pessoa. Mesmo que seja o idiota do Andrew.

- Mas eu tenho certeza que amo o Derek. Eu considero o Andrew como meu amigo, só.

- Acho bom! – Eu ri fraco.

(...)

Acordei com o meu celular apitando avisando que era 06h00 da manhã. Bufei e fiquei sentada na cama. Fui em direção ao banheiro e me arrumei. Desci e já tava todo mundo tomando café da manhã. Me sentei a mesa e comecei a comer um pedaço de bolo.

- Achei que não ia mais parar em casa. – Minha mãe disse e eu ignorei. – Já pediu desculpas pra Hanna? – Ri e ignorei de novo. – Acho que ou você ficou surda, ou sua educação evaporou. – Ignorei de novo.

- Margo, tem doce ainda?

- Tem sim, dona Lily. – Odiava o fato dela ser obrigada a me chamar de “dona” só por causa da minha mãe. – Quer agora?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Não, não... Como quando chegar. – Levantei, escovei meus dentes, dei um beijo na bochecha dela. – Tchau, Margo. Tchau, Marcus. – Eles responderam e eu saí.

(...)

Deu a hora do intervalo. Guardei meus livros no armário e fui até o refeitório. Peguei uma bandeja com lanche e suco e olhei em volta. Avistei o Andrew e fui até lá.

- Pensando em mim? – Perguntei me sentando. Ele sorriu torto.

- Convencida. – Ri fraco.

- A gente podia sair hoje né? Não to afim de ficar em casa olhando pro nada e, principalmente, pra minha mãe e pra Hanna.

- Hm... A gente tem o trabalho ainda pra fazer.

- Ah é. Me explica o que é.

- A gente vai ter que visitar um lugar tipo orfanato, asilo, sei lá. E fazer um relatório de como é lá. – Joguei minha cabeça pra trás.

- Aí complica né. Eu pareço uma manteiga derretida só de pensar nesses lugares. Lá então... Vou começar a chorar. – Ele riu fraco.

- Vamos no orfanato. Com crianças é mais legal.

- É... Mas vou ficar com dó. – Fiz bico.

- A gente brinca com elas. Ah, e o relatório a gente vai fazer onde?

- Na sua casa, por favor. – Disse e ele riu fraco.

(...)

- Ai meu Deus, olha que coisa mais linda! – Disse pegando um neném no colo. Aí vem a pergunta, como uma “mãe” consegue abandonar isso? Andrew riu fraco com um menininho grudado na perna dele. Estávamos brincando com as crianças.

- Tio! – O menino chamou por ele e eu gargalhei. “Tio”.

- Oi...

- Vocês são namorados? – O guri perguntou.

- Mas que pergunta é essa, menino? – Perguntei quase tendo um troço. – Eu namoro, mas não o “tio”. – Andrew mandou a língua pra mim e eu sorri.

- Algum dia, quem sabe... – Andrew respondeu pro menino, que sorriu. Olhei pra ele. Preferi não falar nada. Pelo menos não agora. Ele sabe muito bem que eu não to sozinha.